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Boicotar patrocinadores. Cruel fórmula para evitar volta de Bruno

Operário é mais um a desistir da contratação do goleiro e mentor do assassinato de Eliza Samudio. Opinião pública o quer longe do futebol

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Pressionado, Operário desiste de Bruno. O futebol brasileiro não o perdoa
Pressionado, Operário desiste de Bruno. O futebol brasileiro não o perdoa Pressionado, Operário desiste de Bruno. O futebol brasileiro não o perdoa

São Paulo, Brasil

Não há perdão para Bruno.

A opinião pública não o quer de volta ao futebol.

Não aceita o mentor do bárbaro assassinato da mãe do seu filho que, por sinal nunca viu, ser ídolo de crianças, adolescentes.

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Empresa alguma quer ser boicotada.

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Entre apoiar um goleiro que mandou matar e sumir com o corpo, não dando a chance nem de a família enterrar Eliza Samudio e ficar bem com a opinião pública, os patrocinadores dos clubes têm escolhido travar a contratação de Bruno.

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Dirigentes de clubes pequenos, sem representatividade no cenário nacional, tentam seguir a odiosa filosofia: o que interessa é ter espaço na mídia, mesmo se for para contratar um assassino.

Mesmo dotados dessa ambição a qualquer custo, a revolta com o assassinato de Eliza Samudio tem se imposto. 

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A sociedade se organizou e impediu que ele voltasse ao Boa Esporte, em Minas Gerais. Assim como ele não foi jogar no Poços de Caldas, no Barbalha, no Tupi, no Fluminense de Feira de Santana.

E, ontem, foram definitivamente fechadas as portas do Operário do Mato Grosso.

A estratégia tem se repetido.

Enquanto grupos feministas e torcedores fazem barulho, protestam contra a chegada de Bruno, o que importa é feito nas redes sociais.

Milhares de pessoas do Brasil todo pressionam as empresas que patrocinam os clubes. E prometem campanha permanente na Internet contra quem pode assegurar financeiramente a volta de Bruno.

Leia mais: Outro triunfo do Brasil, e agora excelente, no Pré-Olímpico 2020

Os patrocinadores inviabilizam a contratação do goleiro.

A direção do Operário de Várzea Grande, no Mato Grosso, avisava que estava 'pronta para a guerra'.

Não estava.

A pressão nas redes sociais foi tamanha que três patrocinadores avisaram que romperiam seus contratos, caso Bruno fosse contratado.

Sicredi, Eletromóveis Martinello e Locar Gestão foram massacrados pelas redes sociais. E sairiam do clube caso a contração de Bruno fosse efetivada.

Os dirigentes do Operário não tiveram outra saída a não ser recuar. 

E desistir da contratação.

O clube havia até reservado um jatinho para o goleiro. E se preparavam para fazer a apresentação do jogador, provavelmente nesta sexta-feira. Bruno teria um salário de R$ 6 mil.

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Dirigentes acionaram advogados que conseguiram sua liberação para que deixasse Varginha e passasse a morar em Várzea Grande, para jogar no Operário.

Mas foi tudo inútil.

O clube ficou com os patrocinadores e virou as costas para Bruno.

A população da cidade respira aliviada.

O Brasil segue rejeitando Bruno.

E os oportunistas que desejam aproveitar da mídia que ele atrai.

O goleiro tinha certeza de que voltaria a jogar futebol, mesmo condenado a 20 anos e nove meses de pena.

Os boatos de que a Globo vai começar a filmar uma minissérie inspirada no assassinato de Eliza foram pesados demais.

Protesto em frente ao estádio do Operário. A pressão foi forte demais
Protesto em frente ao estádio do Operário. A pressão foi forte demais Protesto em frente ao estádio do Operário. A pressão foi forte demais

Os dirigentes do Operário perceberam o quanto o clube estaria exposto.

E desistiram da contratação.

Bruno vai seguir tentando voltar a jogar futebol.

Mas a rejeição a ele só aumenta.

Quanto mais se aproxima de um clube, mais a morte de Eliza Samuido é relembrada.

Com detalhes.

Envolvendo seu filho Bruninho.

O menino de nove anos diz ter medo, com o pai solto. O garoto teme que o pai o procure para matá-lo.

E até quer mudar seu nome.

De Bruno para Gabriel.

Não quer seguir sendo chamado pelo nome do homem que o rejeitou e mandou matar a sua mãe.

Bruno tem todo o direito de uma segunda chance na vida.

Mas não no futebol.

O que fez foi nefasto demais.

A saída, que ele recusa, por enquanto, é trabalhar em outra área.

Como pedreiro, marceneiro, profissões que aprendeu nos nove anos que ficou preso.

O Brasil não o quer ver no gramado.

Simples assim...

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