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Dinheiro, Azzurra, chantagem emocional. Fla perde Balotelli

O clube carioca fez o seu dever. Mas não conseguiu vencer a concorrência do Brescia. América do Sul tornaria mais difícil a volta à Seleção Italiana

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O medo de jogar na América do Sul e ser esquecido pela Seleção Italiana pesou
O medo de jogar na América do Sul e ser esquecido pela Seleção Italiana pesou O medo de jogar na América do Sul e ser esquecido pela Seleção Italiana pesou

São Paulo, Brasil

"O Clube de Regatas do Flamengo, o atleta Mario Balotelli e seus representantes decidem, de comum acordo e após dois dias de cordiais reuniões em Mônaco, encerrar nesta data (15/8) as negociações envolvendo a possível contratação do atleta."

Foi assim, de maneira sucinta que acabou o sonho de o clube carioca ter o midiático italiano Balotelli.

Jorge Jesus soube do fracasso das negociações ao vivo, estava em programa de tevê, quando foi informado pela produção. Fechou a fisionomia, mas se conteve, usou a vivência de 65 anos e se calou.

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Ele contava com o poder de definição, a explosão muscular, a velocidade e a personalidade forte de Balotelli na luta pelo título da Libertadores.

Mas Jesus foi o primeiro a avisar os dirigentes que a situação ficaria difícil. Por conta do Brescia. O clube italiano se mostrou um rival muito forte. E deverá ficar com o atleta.

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O entusiasmo domina o Brescia por conta de sua volta para a Primeira Divisão da Itália, depois de oito anos. E a contratação de Balotelli virou prioridade.

Balotelli cresceu na cidade. Tem uma ligação afetiva com o clube.

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Só que o que pesou foi o dinheiro e a Seleção Italiana.

A proposta salarial acabou sendo equiparada ao do Flamengo. Assim como o tempo de contrato.

3 milhões de euros, R$ 13,3 milhões, sem impostos, por ano. Compromisso de três temporadas.

Só que os italianos ofereceram mais dinheiro pelas luvas, já que os direitos pertencem ao atleta.

Na reunião definitiva para o Flamengo, feita em Mônaco, o vice-presidente Marcos Braz percebeu que o atacante já havia se decidido. Não adiantaria até um eventual leilão. Situação que o clube não tinha condições de manter, por não estourar o orçamento previsto nos três próximos anos.

Há a Seleção Italiana.

Balotelli não joga pela Squadra Azzurra há um ano. E acredita que, mesmo defendendo um clube pequeno, mas na Itália, terá mais chance de que, jogando pelo grande Flamengo, na América do Sul.

Os europeus têm a visão do futebol disputado neste continente da mesma maneira que enxergamos os torneios na China.

Ou seja, desvalorizam.

Sem dúvida, a frustração domina a Gávea.

Mas pelo menos não houve surpresa, traições.

E nem novela.

Nasceu o interesse, a possibilidade e a aprovação do jogador para as negociações. Infelizmente para o Flamengo, surgiu o Brescia.

Clube grande tem de tentar jogadores importantes.

Muitas vezes dá certo.

Outras, não.

Vida que segue.

O clube já tem um elenco fortíssimo.

E pronto para a disputa das quartas da Libertadores contra o Internacional.

Além de seguir brigando pelo título do Brasileiro.

Com a consciência tranquila.

O clube fez tudo o que poderia por Balotelli.

Mas perdeu para o coração.

Pelo resgate da infância na cidade ao Norte da Itália.

Também pela esperança.

Jogar pela Itália e disputar a Copa de 2022 virou obsessão.

E também para o bolso.

O Brescia pôde garantir mais dinheiro.

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