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Cosme Rímoli - Blogs

Cruzeiro e Internacional. O Brasil desmoraliza o VAR

Pênalti inexistente para o Cruzeiro consegue acabar com a credibilidade da tecnologia. Constrangedor o que aconteceu com o Internacional no Mineirão

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

VAR de Cruzeiro e Internacional. Pênalti absurdo marcado para os mineiros
VAR de Cruzeiro e Internacional. Pênalti absurdo marcado para os mineiros

São Paulo, Brasil

15 minutos do segundo tempo.

Pressão enorme no Mineirão.

O Cruzeiro, na zona do rebaixamento, está perdendo o jogo para o Internacional, gol de Nonato, aos nove minutos do primeiro tempo.


A torcida cruzeirense está impaciente, tensa, irritada.

Abel Braga adianta a marcação.


Mas o time de Odair Hellmann segue consciente, firme.

Até que em uma disputa de bola normal na área, entre Patrick e Orejuela, o lateral direito do Cruzeiro cai na área.


Ele mergulha, depois do leve contato no seu pé esquerdo.

Se levanta rápido, sabe que não houve nada.

A jogada segue, o colombiano nem reclama. Assim como nenhum jogador do Cruzeiro ou qualquer membro da Comissão Técnica de Abel Braga.

Mas os homens que comandam o VAR entram em ação.

Mandam o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães consultar as imagens.

E fica claro que Orejuela se joga na disputa com Patrick.

E, em seguida, se levanta, ciente que nada aconteceu.

Só que absurdamente Wagner do Nascimento marca pênalti.

Revoltante.

Vergonhoso.

Fred empata.

E a partida termina em 1 a 1.

Vagner do Nascimento. Tinha acertado no lance. O VAR o sabotou
Vagner do Nascimento. Tinha acertado no lance. O VAR o sabotou

A tecnologia foi usada para estragar o jogo.

Cometer injustiça.

Foi um golpe na modernidade.

"Tenho certeza que nem ele (árbitro) sabe o que ele viu. Acho que é unânime no país todo. A gente está vendo as manifestações no Brasil todo. E todo mundo usando a palavra vergonha.

"É uma 'VARgonha' do jeito que está", ironizou o vice de futebol do Internacional, Roberto Melo.

"O Inter foi um dos primeiros times a serem favoráveis ao VAR, lá em 2018, fomos minoria. Depois pedimos que o VAR começasse a acontecer, não foi possível. O VAR é para facilitar, ser melhor o futebol.

"Só que ele é administrado e operado por pessoas e, do jeito que as coisas estão acontecendo, estamos mudando de ideia. Ele vai acabar, vai acabar na realidade. Ele está sendo mal operado. Alguém lá em cima, mais de uma pessoa, não se sabe nem quem é, enxerga um pênalti. E o juiz vai lá e dá o pênalti.

"O Gaciba se vangloriou, foi no nosso CT dar palestra, diz que a maioria dos lances em que é chamado o VAR, os juízes confirmam. Então, tenho certeza que os juízes estão pressionados, quando forem chamados, para confirmar o que o VAR chamou. Por isso vão constrangidos.

"Hoje ele estava claramente constrangido. Depois do pênalti começou a tentar ajeitar o jogo, dar umas faltas a nosso favor. Foi um absurdo. Foi um vergonha, dá uma vontade de parar.

"Vai acontecer de um time sair do campo", seguiu desabafando Melo.

"Eu amo o futebol, conquistei muitas coisas com o futebol, mas tem de ter paciência. Ele (árbitro) acertou, o VAR errou e então ele errou também. Nem os jogadores do Cruzeiro acharam que foi pênalti. Por que o VAR se meteu em um lance interpretativo?", perguntava, com razão, Marcelo Lomba.

As regras para o uso do VAR determinam que o árbitro deve ser avisado, parar o jogo e conferir um lance, quando há um erro 'claro'.

O que não aconteceu ontem no Mineirão.

O Cruzeiro foi ajudado de forma indecente.

Não é para isso que a tecnologia entrou no futebol.

O Brasil está conseguindo uma façanha.

Desmoralizar o VAR...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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