Torcida revoltada com Daniel Alves. Diretoria frustrada com Diniz
A angústia domina o ambiente do líder do Brasileiro. Medo de perder o título, que estava encaminhado, atinge Diniz e o capitão
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Barcelona, Juventus, PSG e São Paulo.
Desde que Daniel Alves começou a se envolver nas redes sociais, em 2010, ele jamais foi tão xingado.
Basta entrar no seu Instagram ou Twitter.
As ofensas são pesadas.
E partem da própria torcida do São Paulo.
São palavrões, cobranças, pedidos para ir embora, referências ao seu salário de R$ 1,5 milhão por mês, o maior do Brasil.
Internautas implorando que volte a atuar como lateral.
Outros para que não cobre faltas.
A rejeição ao maior líder do São Paulo, que fará 38 anos em maio, neste momento de decadência do time, na reta final do Brasileiro, é o reflexo da falta de confiança atual do time de Fernando Diniz.
Muricy Ramalho assistiu desolado o clássico ontem contra os reservas Santos.
O tetracampeão brasileiro viu toda a falta de personalidade do time de Diniz na derrota.
O presidente Julio Casares o fez coordenador de futebol. Servir de elo entre os garotos da base e o time profissional. Mas isso não impede que ele participe, converse com Diniz.
Há conselheiros importantes do clube defendendo essa interferência.
Enquanto o São Paulo ainda é líder do Brasileiro.

O medo domina o Morumbi, depois que a distância para o segundo colocado caiu de sete pontos para apenas três, do Internacional, com o time de Diniz jogando cada vez pior.
Faltam nove partidas para o Brasileiro acabar.
Athletico-PR x São Paulo - 30ª rodada
São Paulo x Internacional - 31ª rodada
São Paulo x Coritiba - 32ª rodada
Atlético-GO x São Paulo - 33ª rodada
São Paulo x Palmeiras - 34ª rodada
São Paulo x Ceará - 35ª rodada
Grêmio x São Paulo - 36ª rodada
Botafogo x São Paulo - 37ª rodada
São Paulo x Flamengo - 38ª rodada
Fernando Diniz tem três títulos na carreira como técnico. Duas Copas Paulista, torneio tampão para os clubes de São Paulo que não estão classificados sequer para a Quarta Divisão do Brasileiro.
E ganhou também a Terceira Divisão do Campeonato Paulista.
Títulos com o Paulista, de Jundiaí e com o Votoraty, time de Votorantim.
Ou seja, Diniz jamais teve conquistas relevantes nos 12 anos como treinador.
Daí, mesmo sendo psicólogo, seu descontrole emocional. Os palavrões com que trata seus jogadores.
O treinador reconheceu que teve de pedir desculpas a Tchê Tchê.
Era o mínimo, depois que o desmoralizou contra o Bragantino, com a partida mostrada para o Brasil todo.
"Seu ingrato do cara... seu perninha do c..., seu mascaradinho.
"Vai se fo...!"
Tudo que Diniz ganhou foi a revolta silenciosa dos jogadores, após a goleada para o Red Bull Bragantino por 4 a 2.

E o aconselhamento de Muricy para evitar destratar atletas publicamente.
Se for para dar bronca, que faça nos vestiários.
O medo de não conquistar o Brasileiro, o está consumindo.
Está claro em cada entrevista.
A falta de experiência de Diniz em decisões já eliminou o São Paulo nesta temporada 2020 do Campeonato Paulista, nas quartas, pelo Mirassol, que havia dispensado 21 jogadores, por fim de contrato. Da Copa do Brasil, pelo Grêmio, no Morumbi. Da Libertadores, ainda na fase de grupos. Da Sul-Americana pelo Lanús.
Não é por acaso que o time de Diniz está tenso, nervoso, afobado, irritadiço.
A imagem do treinador.
E que Daniel Alves joga cada vez pior.
O veterano, que assumiu a responsabilidade de organizar o time, está visivelmente desgastado.
Ele atuou em 42 partidas na temporada.
Sempre como titular.
O momento de Daniel Alves é o pior, desde que ele chegou a peso de ouro, em 2019.
Assim como de Diniz.
Muricy e Julio Casares têm acompanhado tudo de perto.
Mas indo muito além do simples apoio.
Observando para determinar que rumo seguir depois do Brasileiro.
A frustração é muito grande.
O São Paulo não vence um título há nove anos.
O último foi a Sul-Americana em 2012.
O clima é de desânimo, tensão no Morumbi.
Nem parece que o time lidera o Brasileiro.
A falta de confiança beira o insuportável...
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