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 O fraco Brasil de Tite fez da Fonte Nova o Morumbi. Vaias e mais vaias

Em uma atuação burocrática, sem criatividade, talento, o Brasil apenas empatou com a Venezuela por 0 a 0. Primeiro vexame na Copa América

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A Seleção Brasileira não teve criatividade, ousadia, talento para escapar do 0 a 0
A Seleção Brasileira não teve criatividade, ousadia, talento para escapar do 0 a 0 A Seleção Brasileira não teve criatividade, ousadia, talento para escapar do 0 a 0

São Paulo, Brasil

Os dois gols irregulares anulados corretamente não servem de desculpa.

A apatia, a falta de coragem para tentar os dribles.

Phillipe Coutinho burocrático, matando toda a esperança de protagonismo.

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Daniel Alves e Filipe Luís sem força para ajudar o ataque.

Arthur sem imaginação na saída de bola.

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A Seleção de Tite transpirava insegurança.

David Neres afobado, tenso.

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Apenas Everton 'Cebolinha' ousou.

O melhor momento do Brasil na partida. A entrada de Everton 'Cebolinha'
O melhor momento do Brasil na partida. A entrada de Everton 'Cebolinha' O melhor momento do Brasil na partida. A entrada de Everton 'Cebolinha'

Só que entrou tarde demais na partida.

O Brasil centralizou demais suas jogadas.

Fez um favor a Rafael Dudamel.

O esperado esquema 4-5-1 da Venezuela conseguiu travar, sem tantas dificuldades, o pentacampeão mundial Brasil, atuando em casa.

E veio o frustrante 0 a 0.

Um vexame histórico.

E se fez o milagre!

Tite e seus jogadores conseguiram transformar a Fonte Nova, cheia de axé, como dizia Daniel Alves, no frio Morumbi.

As vaias foram idênticas.

Com direito a gritos de olé a cada toque de bola dos jogadores venezuelanos nos minutos finais.

Era o protesto dos baianos.

O Brasil ainda lidera o grupo A, com os mesmos quatro pontos que o Peru. Mas com um gol de saldo a mais. No sábado, o confronto entre os dois, no Itaquerão.

Se o time de Tite perder e os venezuelanos vencerem os bolivianos, o Brasil pode ficar no terceiro lugar do grupo. 

Outra vez o vergonhoso mistério do público.

O Comitê Organizador Local da Copa América anunciou que todas as entradas para o jogo haviam sido vendidos. Seriam 48.435. Mas quando surgiu a arrecadação, outra vez, como no Morumbi, milhares de torcedores a menos.

Hoje, em vez de vinte mil como na primeira rodada, a diferença foi de nove mil. 39.622 pagantes.

Situação constrangedora.

Thiago Silva também conseguiu ser constrangedor após a partida. Ele teve a coragem de falar que o Brasil jogou bem.

"Não (foram justas as vaias), ao meu modo de ver. Principalmente porque a Venezuela pouco criou. Toda a segunda bola era nossa, sempre recuperávamos e atacávamos de novo, mas dificilmente dava para acelerar o jogo.

"As vezes nos precipitamos e perdemos a confiança com o erro. Mas a equipe se comportou bem, quando não faz o gol parece tudo errado."

Sim, Thiago Silva disse que a Venezuela pouco criou. Como se o sistema defensivo brasileiro tivesse enfrentado a França, a Alemanha, a Holanda, a Croácia...

Pelo mesmo caminho desnorteado, negar a realidade, foi o seguido por Daniel Alves, o jogador que havia prometido que na Fonte Nova o axé do torcedor baiano contagiaria o time.

"Acredito que, primeiramente, (faltou) um pouco mais de paciência no último passe, mas como um todo, foi um jogo bom da nossa parte.

"Encontramos uma equipe muito fechada, na área deles, e apara encontrar os passes fica difícil. O Everton entrou muito bem no jogo. Por um detalhe não conseguimos sair com a vitória", disse, se mostrando satisfeito com o desempenho do time.

Vividos, os veteranos seguiram pelo caminho de não admitir à imprensa o que eles comentarão apenas entre os atletas. O fraco futebol da Seleção.

Tite tratou de fazer uma mudança apenas no time que já havia mostrado instabilidade na vitória contra a Bolívia.

Trocou Fernandinho por Arthur, para melhorar a saída de bola, dar mais dinamismo à equipe. Mas o jogador esteve em uma jornada ruim, sem inspiração, com dificuldade em aumentar a velocidade do time.

Os laterais Daniel Alves e Filipe Luís não conseguiram ser o desafogo do time. E, outra vez, nada de triangulações pelas laterais.

O Brasil foi uma equipe tensa, afobada e sem ousadia para o fundamento básico do futebol: driblar.

Com insistência nos cruzamentos de qualquer maneira, a Seleção facilitou o trabalho de marcação da Venezuela, que colocava dez jogadores e até mesmo os 11 atletas atrás da linha da bola.

Coutinho não conseguiu escapar da boa marcação venezuela
Coutinho não conseguiu escapar da boa marcação venezuela Coutinho não conseguiu escapar da boa marcação venezuela

O empenho venezuelano teve sucesso também por conta da força física da equipe de Dudamel.

Em dois lances difíceis, o VAR interferiu e muito bem.

Anulou dois gols ilegais brasileiros.

O Brasil não fez por onde escapar do 0 a 0...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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