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O bárbaro assassinato de Daniel choca os jogadores do São Paulo

O meia foi torturado e morto a facadas no Paraná. Ele tinha 24 anos. Estava emprestado ao São Bento, mas pertencia ao São Paulo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Daniel, 24 anos, assassinado em Curitiba. Morte choca o elenco do São Paulo
Daniel, 24 anos, assassinado em Curitiba. Morte choca o elenco do São Paulo Daniel, 24 anos, assassinado em Curitiba. Morte choca o elenco do São Paulo

São Paulo, Brasil

Cena macabra.

Impressionante.

Descrita pelos policiais à imprensa paranaense no último sábado.

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Os investigadores foram alertados que havia sido encontrado um corpo em uma plantação de pinus, tipo de pinheiro.

A localização precisa ficava em um ponto da estrada do Mergulhão, na área rural de São José dos Pinhais, cidade localizada na região metropolitana de Curitiba.

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Veja mais: Para delegado, crime passional é principal tese para morte de Daniel

O homem havia sido assassinado na sexta-feira.

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Foi cruelmente torturado.

Recebeu várias facadas.

Teve o pênis decepado.

E dois golpes de facas mais profundos, no pescoço, provocaram sua morte.

Uma delas quase decepou sua cabeça.

Veja mais: Caso Daniel: depoimentos de amigos serão essenciais, diz delegado

A barbaridade que não teve repercussão ontem, em um país com média de 65 mil assassinatos por ano. Seria só mais um jovem entre 15 e 29 anos, maioria das vítimas neste país.

"Pela aparência do corpo, foi uma situação bastante violenta mesmo, a pessoa matou com muita raiva. O homem tinha dois cortes profundos no pescoço, teve a cabeça quase degolada, e a genitália foi cortada. A princípio, o órgão não foi encontrado no local.

"Essa estrada é um pouco deserta e já conhecida pela desova de cadáveres. No caso de hoje, tudo indica que o rapaz foi executado aqui na rua e arrastado por cerca de 30 metros, dentro de uma plantação de pinus", disse o guarda municipal Célio, que fez parte da equipe que recolheu o corpo, em entrevista ao portal Banda B.

Veja mais: Assassinato de Daniel, ex-São Paulo, teria tido traição como motivo

A suspeita, de acordo com jornalistas policiais do Paraná, é que o assassinato tenha sido passional.

Só que esse crime absurdo ganhou repercussão. Virou manchete de todos os portais de notícias. Já está sendo divulgado incansavelmente nas televisões e rádios.

O motivo é a vítima.

Veja mais: Rivais do São Bento, Ponte e Coritiba prestarão homenagens a Daniel

Daniel Corrêa Freitas, jogador de futebol, 24 anos.

Mineiro, de Juiz de Fora, começou na base do Cruzeiro. Se profissionalizou no Botafogo. Habilidoso e com ótima visão de jogo, foi alvo de uma disputa entre Palmeiras e São Paulo. Chegou a fazer exames clínicos, mas médicos palmeirenses avisaram a diretoria que ele tinha uma lesão no menisco do joelho direito. A contratação foi vetada.

O São Paulor resolveu apostar em Daniel. Ele se submeteu à um intenso tratamento. Mas seu futebol vistoso e objetivo nunca mais foi o mesmo. Disputou 16 partidas, não marcou um gol sequer. Foi emprestado ao Coritiba, mas lá teve uma grave tendinite no mesmo joelho que o impediu de ir para o Palmeiras. Acabou repassado à Ponte Preta. E de lá, ao São Bento.

Veja mais: Daniel era um dos mais tímidos do futebol, diz jogador do São Bento

Daniel tinha ótimo ambiente com os jogadores do São Paulo. Sereno, brincalhão, ficou amigo de muitos que seguem no Morumbi. 

A notícia de sua terrível morte chocou a todos.

O técnico Aguirre terá de acalmar e animar os atletas, porque estarão envolvidos em um jogo decisivo, domingo, contra o Flamengo, no Morumbi. 

O time deverá atuar de luto.

O joelho direito atrapalhou demais Daniel. Estava emprestado ao São Bento
O joelho direito atrapalhou demais Daniel. Estava emprestado ao São Bento O joelho direito atrapalhou demais Daniel. Estava emprestado ao São Bento

Enquanto isso, no Paraná, devido à notoriedade da vítima, as investigações seguem de maneira intensa. Há pressa para resolver o crime.

Daniel, infelizmente, entrou em uma terrível estatística.

Leia mais: Morte do meia Daniel tem sinais de tortura, diz guarda municipal

O Atlas da Violência 2018, publicação do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, já revelava.

Cerca 553 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, nos últimos 11 anos.

Veja mais: Corpo de Daniel é liberado e polícia confirma investigações avançadas

O total de mortos é um pouco maior que o da Síria.

O país árabe está envolvido em uma terrível guerra há sete anos.

E teve 500 mil mortos.

Até junho, já haviam acontecido mais de 28 mil assassinatos neste país.

Veja mais: Ex-técnico sobre jogador morto: 'Tinha boa índole e era tranquilo'

A perspectiva é que passe de 50 mil vítimas.

A atenção das pessoas só é despertada, quando esses mortos têm nome.

Daniel fará parte dessa lamentável lista...

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