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As cruéis e falsas mensagens de Allana à mãe de Daniel

O jogador já havia sido morto pelo pai na sua casa, ela sabia, mesmo assim seguiu mandando mensagens falsas à mãe de Daniel. Muita crueldade

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Allana garante que não houve briga
Allana garante que não houve briga Allana garante que não houve briga

São Paulo, Brasil

O assassinato de Daniel, jogador do São Paulo, completa hoje uma semana. E a Polícia Civil do Paraná tem conseguido a cada dia detalhes mórbidos do brutal crime.

Investigadores tiveram acesso ao celular de Allana, filha de Edison Brittes, que é o suspeito da morte do atleta de 24 anos. Além do advogado que defende a família de Daniel, Claudio Dalledone Júnior.

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O sangue frio de Allana ao trocar mensagens de whatsapp com a mãe do jogador chega a ser revoltante. Eliana Corrêa estava desesperada na manhã seguinte ao crime, sábado passado. Àquela altura, a garota de 18 anos já sabia que Daniel havia sido cruelmente assassinado em sua casa.

Foi espancado por pelo menos quatro homens. Depois torturado, teve o pênis decepado e depois foi morto a facadas. Uma delas quase chegou a cortar sua cabeça. Depois o corpo foi jogado em plantação de pinheiros, em uma estrada afastada de São José dos Pinhais. É importante, infelizmente, detalhar tudo o que Daniel passou. 

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A tese de defesa de Edison Brittes é que ele teria agido 'sob forte emoção'. Por conta que Daniel estaria tentando estuprar sua esposa Cristina.

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Edison já confessou o crime. Além dele, sua mulher e filha estão presas. São acusadas de não tentar evitar o bárbaro crime. A cumplicidade se evidencia quando Allana mente para a mãe do jogador. Além disso, ela e a mãe Cristina teriam tentando convencer testemunhas a combinar a história do estupro ao terem de dar seus depoimentos na polícia.

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Investigadores têm a certeza que Alana agiu combinada com o pai, usou seu celular para tentar disfarçar o assassinato que aconteceu na casa que morava. Quis passar a impressão que não sabia o que havia acontecido com o jogador.

Na primeira mensagem de whatsapp, ela questiona o motivo pelo qual o jogador não mandou para ela a foto que tiraram na festa, comemorando os 18 anos.

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Só que àquela altura, Daniel já estava morto. E ela sabia.

Depois, começa o terrível diálogo entre Allana e a desesperada mãe do jogador.

Eliana, que mora em Minas Gerais, quer ir ao Paraná, para tentar buscar o filho.

Ela pede o endereço. A filha de Edison Brittes chega ao requinte de sugerir os melhores hotéis para Eliana se hospedar.

A situação vai ficando cada vez mais constrangedora.

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A mãe de Daniel diz em áudio que um corpo foi encontrado perto de São José dos Pinhais. E já circulava a notícia que poderia ser do seu filho. E estaria no Instituto Médico Legal de Curitiba. Allana se mostra 'chocada'. Diz que vai até lá para verificar se é ou não o jogador.

Manda emojis chorando e fotos onde já estaria indo com os pais ao IML.

E ainda pede que a mãe tenha fé.

Já na segunda-feira é Allana quem pergunta a mãe de Daniel onde será o velório. A partir daí, uma tia de Daniel assume o celular de Eliana e começa a fazer perguntas à filha de Edison Brittes. Ela quer saber detalhes da garota com que o jogador do São Paulo estava na festa.

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"Evellyn", Allana escreve.

A tia quer saber se "Evellyn" tinha algum ex-namorado e ele estava na festa. Allana diz que não que ela era 'solteira' e até dormiu com ela depois da festa. Garante que Daniel ficou muito tempo no celular e depois foi embora sozinho.

Daniel não foi embora. Allana sabia
Daniel não foi embora. Allana sabia Daniel não foi embora. Allana sabia

A tia do jogador ainda pergunta se houve briga na festa. Daniel foi espancado, torturado, esfaqueado e morto onde a garota mora.

A resposta de Allana é mais do que comprometedora.

"Claro que não, imagina.

"Era minha casa!"

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A tese do advogado da família de Daniel é simples.

Todas essas mensagens falsas de Allana eram para proteger o pai.

A própria Allana, na confissão que fez à Polícia Civil do Paraná, desmentiu todas as mensagens enviadas. Revelou ter acompanhado de perto a morte de Daniel.

Mentiu para a mãe do jogador.

Ela não conseguiu ajudar seu pai. E ainda se comprometeu com o crime.

O cerco se fecha sobre Edison, a mulher Cristina e a filha Alana.

A Polícia Civil está na captura agora dos quatro outros homens que espancaram Daniel.

O depoimento de uma testemunha chave é fundamental. Sua identidade vem sendo mantido sob sigilo. Ela detalhou que foi convocada por Edison e os outros assassinos. Todos que estavam na festa teriam de repetir a história de tentativa de Daniel a Cristina. As provas seriam as fotos que ele tirou ao lado da mulher e publicado no grupo de amigos no whatsapp.

O depoimento da testemunha, divulgado pela Polícia Civil do Paraná, é terrível.

“Nós ficamos lá, bebendo e comemorando mais, fazendo um ‘after’ da festa. Passou um tempo e o jogador sumiu do lugar e eu não sei, por qual motivo, o pai dela (Allana) e outro menino entraram lá onde ele estava. A partir daí não acompanhei mais os fatos. Uns 10, 15 minutos depois, ouvi muita gritaria de alguém pedindo socorro, para que não acontecesse uma tragédia."

A testemunha foi ao quarto ver o que acontecia.

"Eu tive que ir pelo lado de fora, porque a porta estava trancada. Eu saí e fui pela janela, foi aí que avistei o que estava acontecendo. O jogador estava sendo enforcado, apanhando muito, muito, muito. De repente entraram mais dois para ajudar a bater nele. Depois veio mais um e, juntos, eles arrancaram o Daniel do quarto, bem machucado e debilitado. Jogaram o jovem para fora da garagem e continuaram espancando ele, falaram muitas coisas pesadas."

Allana 'descobrindo' o crime
Allana 'descobrindo' o crime Allana 'descobrindo' o crime

Foi quando a testemunha viu tirarem a cueca de Daniel.

"A partir daí, eu não vi mais nada. Entrei na residência desesperado, querendo ir embora e uma amiga estava chorando muito. No momento que eu tentei separar a briga, um rapaz me xingou e disse que, como eu não tinha ajudado, eu seria o próximo. Quando deixei a casa, uma amiga que estava do lado de fora viu o cara [o empresário] com uma faca. A gente só conseguiu ir embora de lá depois que eles pegaram o carro e saíram."

O rapaz que decidiu depor para a Polícia Civil do Paraná está com medo. E veio para São Paulo. Não quis seguir em Curitiba. Para não ter o risco de encontrar os outros quatro envolvidos na morte do jogador.

Edison, Allana e a esposa Cristina estão detidos por 30 dias, até que tudo seja esclarecido.

A família de Daniel chega a Curitiba na segunda-feira.

Vai dar seu testemunho com as conversas com a família Brittes sobre o assassinato do volante do São Paulo.

E mostrar as cruéis mensagens que recebeu de Allana...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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