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Principal testemunha da morte de Daniel quer processar Edison Brittes

Jovem que revelou detalhes do crime à polícia pretende obter indenização por ter deixado família, amigos e estudos para trás devido a ameaças do assassino

Futebol|Cesar Sacheto, do R7

Daniel Corrêa completaria 25 anos no mês passado
Daniel Corrêa completaria 25 anos no mês passado Daniel Corrêa completaria 25 anos no mês passado

O rapaz que revelou detalhes da morte brutal do jogador de futebol Daniel Corrêa à polícia pretende processar o assassino confesso, Edison Brittes, para cobrar indenização por danos materiais e morais. A revelação foi feita pelo advogado Jacob Filho, que representa a principal testemunha do crime, ocorrido no dia 27 de outubro do ano passado, durante uma festa de aniversário, em São José dos Pinhais (PR).

Atualmente inserido no programa de proteção à testemunha da polícia do Paraná, o jovem, de 23 anos, foi obrigado a deixar para trás o local onde vivia com a família, os amigos e a faculdade devido a ameaças de morte. Alguns recados dos criminosos foram enviados para a mãe do rapaz.

Veja mais:Testemunha do caso Daniel pede à Justiça para não ver assassino

Jacob Filho cobrou apoio do governo paranaense à testemunha e enfatizou as perdas sofridas pelo rapaz, que foi diagnosticado com estresse pós-traumático e depressão profunda desde que presenciou as agressões a Daniel durante uma festa na residência dos Brittes.

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"Ele não tem escolta ou outra assistência policial. Não tem saído na rua e parou a faculdade. Não tem vida. Fica dentro de casa e tem medo de ser reconhecido. Como não tem um aparato policial, não vai à padaria comprar um pão. Ele vive uma prisão domiciliar", contou Jacob Filho.

Outra vida

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De acordo com o advogado, o jovem mora em outra região do país e todos os custos são financiados por ele e familiares: habitação, alimentação, transportes, etc. Por isso, Jacob Filho estuda mover uma ação indenizatória contra Edison Brittes, considerado o real culpado pela mudança radical na vida do estudante.

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"É um dever do Estado, mas quem o submete a toda essa tortura psicológica, ter de abandonar a faculdade e tudo mais, foram os Brittes. O que se busca é reparação do dano. Se você é submetido a uma situação como essa, tem que ter o nome reparado", frisou o advogado.

No entanto, o advogado ainda estuda a melhor estratégia para ajuizar a ação para não prejudicar o andamento do processo criminal no qual Edison Brittes é réu junto com a mulher, a filha e outros cinco acusados.

A ação civil ex delicto, que requer reparação por danos reconhecidos juridicamente em infração penal, deverá ser impetrada na Justiça paulista. A data para a entrega do documento ainda não foi definida.

"Se a testemunha processa o réu, se torna impedida, suspeita por ter outros interesses. O [Edison] Brittes pode se utilizar disso. Assim, podemos ajuizar a ação e suspendê-la. Isso ainda está sendo avaliado tecnicamente", explicou o advogado.

Primeiros depoimentos na Justiça

O advogado da testemunha também anexou, na última quinta-feira, um pedido no processo judicial para que o jovem não seja obrigado a ficar cara a cara com o assassino na primeira audiência do caso.

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Os depoimentos dos oito réus e da testemunha foram marcados pela juíza Luciani Regina Martins de Paula para o dia 27 de fevereiro e serão realizados na 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, município onde o crime foi cometido.

Relembre quem são os réus e quais as condutas de cada um deles na denúncia do MP paranaense que foi aceita pela Justiça:

Edison Brittes — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo;

Cristiana Brittes — homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;

Allana Brittes — coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;

Eduardo da Silva — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;

Ygor King — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;

David Willian da Silva — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;

Evellyn Brisola Perusso — denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.

Situação dos réus

Dos envolvidos no crime, apenas Evellyn Brisola aguarda os trâmites do processo em liberdade. Os demais continuam presos.

Relembre fatos sobre o assassinato do jogador Daniel em 20 imagens:

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