Sem “fins lucrativos”, Fifa tem R$ 3 bilhões em caixa
Entidade diz que não “faz” dinheiro, mas dobrou suas receitas desde a confirmação da Copa no Brasil, em 2007
Mesmo com o grande gasto brasileiro para fazer a Copa do Mundo, quem está rindo à toa é a Fifa. A entidade máxima do futebol tem em caixa mais de R$ 3 bilhões e chegou a este patamar dobrando os lucros desde 2007, quando foi anunciada a vitória do Brasil para sediar a competição em 2014, segundo informações do jornal Extra.
Apesar da grana guardada, Jérome Valcke, secretário geral a Fifa afirmou recentemente, em entrevista coletiva, que a organização não tem a intenção de lucrar com os grandes eventos e campeonatos que organiza:
— A Fifa é a uma instituição não lucrativa e "faz bem" ao País. O governo não deu dinheiro para a Copa. Estamos fazendo muitas coisas boas para o Brasil. Somos uma entidade não-lucrativa. Não estamos ganhando dinheiro para circular em grandes Mercedes.
Isenta de pagar R$ 1 bilhão em impostos, Fifa garante lucro recorde na Copa de 2014
Câmara veta repasse de R$ 43 milhões do governo para Copa
Em 2012, os cofres da Fifa guardaram no final do ano R$ 200 milhões. Outro fato marcante é a folha salarial dos cerca de 400 funcionários. A Fifa desembolsa cerca de R$ 200 milhões por ano com os pagamentos. Se dividido igualmente, cada um dos empregados receberia R$ 40 mil por mês.
Governo gasta quase R$ 50 milhões com armas para Copa do Mundo e Confederações
Os lucros da principal entidade do futebol não param por aí. A entidade estima que o Mundial renderá cerca de R$ 8,8 bilhões, com R$ 448 milhões sendo disponibilizados para o Brasil. Com a Copa, no ano passado, a entidade injetou R$ 1 bilhão.
Brasil vence Uruguai por 2 a 1 no sufoco e está na final da Copa das Confederações
Além das centenas de contratos comerciais, a Fifa já fechou 19 cotas de patrocínios, sendo 13 com empresas internacionais. Juntas, elas pagam à entidade R$ 4,2 bilhões que, somados aos direitos de transmissão, darão o rendimento de aproximadamente R$ 8,8 bilhões com o Mundial.
Em abril, o governo brasileiro afirmou ter aberto mão de R$ 1 bilhão em impostos por causa das isenções fiscais que concedeu para a realização da Copa, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.