Governo gasta quase R$ 50 milhões com armas para Copa do Mundo e Confederações
Kits contêm balas de borracha, spray de pimenta, granadas e armas elétricas
O governo federal gastou a quantia de R$ 49,5 milhões com armamento não letal para a segurança da Copa das Confederações, em andamento, e a Copa do Mundo, que será realizada em junho de 2014 no País.
Comprado da mesma empresa que forneceu o material usado contra manifestantes na Turquia e nas capitais brasileiras, o material é composto por 2,2 mil kits não letais de curta distância (sprays de pimenta, granadas lacrimogêneas com chip de rastreabilidade, granadas de efeito moral para uso externo e indoors e granadas explosivas de luz e som); 449 kits não letais de curta distância com cartuchos de balas de borracha e cartuchos de impacto expansível (balas que se expandem em contato com a pele, evitando a perfuração); 1,8 mil armas elétricas para lançamentos dardos energizados (as pistolas “taser”), e mais 8,3 mil granadas de efeito moral, 8,3 mil granadas de luz e som, 8,3 mil granadas de gás lacrimogêneo fumígena tríplice e 50 mil sprays de pimenta.
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O orçamento para a segurança destes eventos prevê investimentos de R$ 1,8 bilhão do governo brasileiro. O Ministério da Justiça afirma ter gasto R$ 562 milhões até agora e o Ministério da Defesa, R$ 630 milhões com o evento, segundo informações da Agência Pública.
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A quantidade de material usado nas recentes manifestações no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, já chamou a atenção e faz parte deste pacote financiado pelo governo federal.
Outro dever do governo é arcar com a segurança dentro dos estádios que sediam os jogos, que é feita por empresas privadas escolhidas e orientadas pela Fifa.
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A legislação de exceção, que permite o manuseio dos kits, inclui a tipificação de novos crimes para proteger marcas e exclusividade dos parceiros da entidade máxima do futebol. Além destas ocasiões, os armamentos devem ser usados em casos de crime de terrorismo, que incluem os que causam pânico generalizado — nesse caso, estariam enquadradas as manifestações públicas.