Visitante, o Palmeiras faz 1 X 0 no Santos e agora lhe basta um empate
Na primeira das semifinais do Campeonato Paulista de 2018, o "Peixe" demora muito para se acender e então esbarra na elasticidade de Jaílson
Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti
Desde que sucumbiu ao Palmeiras numa das semifinais do Campeonato Paulista de 1999, o Santos disputou quatro mata-matas de pré-decisão e venceu todos. Três, aliás, precisamente sobre o “Verdão”. Na antologia do cotejo, porém, era risonha e franca a folga do Palmeiras sobre o “Peixe”. Desde o amistoso de estreia da série, Santos 7 X 0 em 3 de Outubro de 1915, até o seu duelo mais recente, “Verdão 2 X 1 em 4 de Fevereiro, houve 320 jogos, Palmeiras 134 triunfos a 103, registrados 547 tentos a 464. Sem dizer que na classificação deste Estadual o “Verdão” ostentava 32 pontos a 20.
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Obviamente ansiosa pelo volume da renda, a diretoria do Santos optou por mandar o prélio no Pacaembu, 40.199 lugares, ao invés da Vila Belmiro, só 16.068. Mas, ironia, acumulou meros 16.916 pagantes, ao menos de torcida única, naquela que é, de certa maneira, sua segunda casa. Curiosidade paralela: nos dez minutos iniciais, em coro, a torcida do “Peixe” se deliciou em vaiar Lucas Lima, um-ex que se mudou de domicílio em circunstâncias azedas. Logo aos 11’, todavia, com o seu afinado toque de bola e as viradas de flanco sempre bem ensaiadas pelo treinador Roger Machado, da esquerda Bruno Henrique lançou até Dudu que cruzou da direita e Willian aparou, 1 X 0.
Silêncio coletivo no estádio, e os fãs do Santos, mudos, mal entenderam de que forma absurda tinha se distraído a sua retaguarda, três zagueiros e o arqueiro Vanderlei. No banco de reservas, devidamente acomodado, de rosto franzido, Jair Ventura Filho sequer se moveu. Precisaria, sim, durante o intervalo, reacender o seu elenco, abalado pelo resultado e, principalmente, nos arredores dos 45’, por dois milagres do arqueiro Jaílson, num arremate de Gabigol e numa testada potente do veterano Renato.
Obviamente, impossível conhecer a real intensidade do papo de Jair com os seus pupilos nos vestiários. Inclusive porque o “Peixe” retornou igualzinho, as investidas raras que esbarravam na elasticidade de Jaílson ou morriam na impressionante falta de pontaria dos seus avantes. Roger, seguro da sua estratégia, mantinha o Palmeiras atrelado à eficácia eventual das suas descidas junto às duas laterais. Enquanto isso, o Santos melhorava bastante e, por volta dos 75’, já merecia um empate. Não conseguiu. De todo modo, com uma vitória simples, no Allianz do “Verdão”, terça, levará o duelo aos penais.
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