Favorito a superar a Atalanta de Bérgamo, uma semana atrás, no seu Diego Armando Maradona, no duelo de ida das semifinais da Copa Itália de 2019/2020, nesta quarta-feira, dia 10 de Fevereiro, no Gewiss Stadium da rival, o Napoli, apelidado de “Ciuccio”, ou “Burro, se defrontou com três circunstâncias curiosas que beneficiavam a sua anfitriã.”,
Havia empacado em 0 X 0 nos seus domínios mas, desde 2010, não mantinha a sua meta intacta, contra a chamada “Deusa”, em duas pugnas consecutivas. Conquistador da Copa na edição anterior, seu campeão em cinco ocasiões, jamais conseguira chegar a duas decisões seguidas. Além disso, a Atalanta, nas últimas 16 porfias como mandante, ostentava a média de 2,4 gols por peleja e só uma vez, nesse percurso, tinha permanecido no zero.
Com um foguetaço de 20 metros, aos 10’, o colombiano Duván Zapata, artilheiro da “Deusa”, fulminou Ospina, o seu compatriota e amigo da meta do “Burro”, tirou a sua equipe do zero e manteve ativadas a primeira e a terceira partes do tabu. Pior para o Napoli, um prenúncio de que a segunda também perduraria, aos 16’ Zapata escorou um chute de Gosens para o belo arremate de Pessina, a Atalanta com 2 X 0 e rumo à final.
Pragmática a atuação da equipe de Gian Piero Gasperini diante do time irreconhecível de Gennaro Gattuso. Ficou monótona a porfia, o Napoli incapaz de penetrar no muro que a Atalanta levantou na sua intermediária. No entanto, aos 53’, um lance absurdamente ocasional permitiu que o “Burro” diminuísse. Bate-rebate à frente da meta da “Deusa”, a espanada de Palomino e a espalmada chocha de Gollini no pé de Lozano, 1 X 2.
Ironia: por causa do critério do “gol qualifificado”, que conta em dobro no caso de uma igualdade em pontos, ao “Burro” bastaria fazer 2 X 2 para ultrapassar a “Deusa”. Gollini, porém, se regeneraria aos 75’ ao evitar o gol de empate do nigeriano Osimhen. E a Atalanta, melhor, se aliviaria aos 78’, graças a outro toque sutil de Zapata a Pessina, que se desvencilhou espetacularmente de dois rivais e encobriu o excelente Ospina, a “Deusa” com 3 X 1. Desalentado, Gennaro Gattuso parou de gritar e o Napoli não teve mais como reagir.
Presentemente na edição 74, esta Copa Italia principiou em 22 de Setembro com 78 clubes: os 20 da Série A, os 20 da B, 29 da C e 9 da D. Sempre no sistema dos mata-matas, as semis representaram a sua sétima etapa de eliminatórias. As únicas, todavia, com desafios de ida e volta. Até aqui foram 78 partidas e 230 tentos anotados, média muto boa de 2,95.
Agora, transcorrerá um interregno enorme até a decisão, marcada para o dia 19 de Maio, no Stadio di San Siro de Milão, definido com muita antecedência, quando o novo campeão levantará o troféu e ainda abiscoitará o direito de costurar, nos fardamentos, a “coccarda”, uma auréola tricolor, evidentemente em verde-branco-vermelho, as cores da Itália
A Atalanta alcançou a sua quinta final, à cata do segundo título – arrebatou o seu único em 1963. A Juventus, que havia assegurado a sua vaga na terça-feira diante da Inter de Milão, atingiu a sua 21ª decisão – abiscoitou 13 vezes a Copa, inclusive um tetra de 2015 até 2018. Um detalhe: será absolutamente inédita a porfia de 19 de Maio. As duas agremiações, a "Senhora" e a "Deusa", nunca, antes, se defrontaram diretamente pelo troféu.
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