Os protestos à frente do Stadio San Paolo de Nápoles
@calcionapoli1926Na tabela formal de partidas do Campeonato Italiano de 2020/2021 consta como “rinviato”, ou “postergado”, o resultado do desafio Juventus X Napoli, programado para o dia 4 de Outubro, domingo, mas não acontecido porque o “Burro” da Terra da Pizza, acuado pela Covid-19, nem viajou à Turim da “Velha Senhora”. Sabe-se que, apesar de todas as explicações, todas as justificativas do ADL, o Aurelio De Laurentiis, o presidente do Napoli, o seu clube será inexoravelmente punido com o marcador de 0 X 3 e, pior ainda, além dos três pontos de regra, talvez acabe detonado em mais um quarto ponto, pelo seu não comparecimento. Diz Vincenzo Spadafora, o ministro da Saúde: “Que se respeite o Protocolo. Por isso foi criado." E complementa Gabriele Gravina, o presidente da Federalcio: “Aquele que errou, e que é culpado, que pague”.
Spadafora e Gravina, em foto de seis meses atrási
Reprodução Anteprima24No habitual do “Calcio”, o Futebol da Velha Bota, cabe a um único “giudice sportivo”, no caso o magistrado Gerardo Mastrandrea, formalizar as penalizações. A delicadeza do episódio e a gravidade das suas conseqüências, todavia, levaram Mastrandrea a primeiramente coletar o máximo possível de documentos. O Napoli assegura que a ASI da sua região, a ramificação local da entidade sanitária da Itália, proibiu a sua delegação de viajar, circunstância que lhe serviria de álibi. Mas, a Procuradoria da Federcalcio investiga a possibilidade de ter sido exatamente o ADL quem notificou a ASI. Ou seja, constatado que os atletas Zieliski e Elmas já estariam infectados pelo Novo Coronavirus, o Napoli teria, digamos, maliciosamente, forçado a situação.
O "giudice sportivo" Mastrandrea
FIGCCom o perdão de quem me lê pela ridicularia do óbvio, só o tempo ditará onde reside a verdade deste episódio triste. Principalmente porque, repito o que eu escrevi nos dois textos imediatamente anteriores, embora a Juventus seja a agremiação mais amada da Itália, com 35% de toda a “tifoseria”, embora seja a segunda equipe nos corações de muita gente, também se tornou a mais detestada, tanto pela sua história de sucesso como pela sua riqueza, leia-se o poder da Fiat. Seguidores mais radicais do Napoli, por exemplo, já cobriram muros nos arredores do Stadio San Paolo da sua cidade com xingamentos impiedosos, de “cancro/câncer” a “Virus Juventus” e “contra você não existe vacina”. A “Signora” seguramente não merece o título de santa majestosa do “Calcio”. Neste cenário turvo, porém, parece muito, muito mais pura do que a água benta das lágrimas de San Gennaro, o padroeiro de Nápoles.
Outro ângulo dos protestos dos "tifosi" do Napoli
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