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No Taekwondo, Ícaro Soares agora é o primeiro do ranking mundial

Pela primeira vez na História desse esporte, que tem apenas 50 anos de Brasil, um atleta do País assume a liderança na sua categoria, até 87kg

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Ícaro Soares
Ícaro Soares Ícaro Soares

Ninguém sabe precisamente quantos são os praticantes do Taekwondo no Brasil. Um bom “Ap Tchagui”, ou um chute direto, acerta na casa aproximada dos 500.000. Não importa. Vale mais afirmar que, desde Julho de 1970 no País, aqui trazido por um mestre Mestre coreano de nome Sang-Min Cho, enfim esse belo esporte marcial colocou um atleta verde-amarelo no topo do planeta, no primeiro lugar do ranking mundial, categoria até 87kg. Trata-se de Ícaro Miguel Martins Soares, mineiro de Betim, nascido em 1995. Divulgou-se a informação em 1º de Abril, o “Dia da Mentira”. Mas, uma linda verdade.

Natália Falavigna
Natália Falavigna Natália Falavigna

Elabora o ranking a International Taekwondo Federation que, exato meio século atrás, exportou o Sang-Min que, no Brasil, implantou um esporte que os seus disputantes consideram a arte mais pura das lutas. Predileções desse jaez não se discutem. Interessa saber que, nesse espaço de tempo, o Taekwondo se transformou num sucesso capaz de orgulhar o Brasil. Depois da medalha pioneira, bronze, do brasiliense Jorge Gonçalves, em Atenas, na Grécia, no Mundial de 1991, os pódios se sucederam. Para citar apenas o ouro entre os adultos, Natália Falavigna, -72kg, em Madrid, Espanha, 2005.

Maicon de Andrade Siqueira
Maicon de Andrade Siqueira Maicon de Andrade Siqueira

Natália também enriqueceu o País com o seu bronze na turma de +67kg nos Jogos de Pequim/2008, na China. E Maicon de Andrade Siqueira levou o bronze na classe de +80kg no Rio/2016. E agora, mais recentemente, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, Peru, em 2019, foram sete os lauréis. Três, com as garotas: o ouro de Milena Titonelli (até 67kg), a prata de Talisca Reis (até 49kg) e o bronze de Rayane Fidélis (+67kg). Quatro, dos rapazes: o ouro de Edival Pontes (até 68kg), a prata de Ícaro Soares (até 80kg), os bronzes de Paulo Ricardo Melo (até 58kg) e Maicon de Andrade Siqueira (+80kg). Entre 13 nações, apenas os EUA (seis lauréis, 2/1/3) ameaçaram o Brasil.

Netinho, Ícaro e Milena, os três classificados para os Jogos de Tóquio
Netinho, Ícaro e Milena, os três classificados para os Jogos de Tóquio Netinho, Ícaro e Milena, os três classificados para os Jogos de Tóquio

Numa entrevista ao portal “Olimpíada Todo Dia”, Ícaro celebrou com euforia: “O Brasil é o país do Taekwondo”. O exagero se justifica pois a sua façanha é muito mais do que antológica. Ele ostentava somente seis anos de idade quando, num acidente doméstico, perdeu praticamente 90% da visão do olho direito. Poderia ter tentado, meses atrás, uma cirurgia de transplante de córnea. Mas, decidiu se dedicar exclusivamente ao objetivo de obter uma vaga para Tóquio, missão cumprida no Pré-Olímpico da Costa Rica, em Março. Com Ícaro, também irão aos Jogos, em 2021, Milena, 8ª do ranking, e Edival, apelidado Netinho, o 6º. Todos sonham com um lugar no pódio. Merecem.

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