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No "Derby da Capital", sem platéia, a Lazio humilha a Roma por 3 X 0

Partida unilateral no início da rodada 18 do Campeonato Italiano de 2020/2021. Como se dizia antigamente, a "Águia" de Simone Inzaghi não deixou que a "Loba" de Paulo Fonseca visse a cor da bola.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Ciro Immobile
Ciro Immobile Ciro Immobile

Impressionante, não se descansa no “Calcio”, o Futebol da Velha Bota. Mal se definiram, no meio da semana, seis das oito agremiações que disputarão as quartas de final da Copa Itália, nesta sexta, dia 15 de Janeiro, já se iniciou a rodada 18 do “Nazionale” de 2020/2021. E principiou com um clássico de antologia, o “Derby della Capitale”. A Roma, a “Loba”, 34 pontos em 61 possíveis, batalharia para não se afastar da Internazionale, 37, do líder Milan, 40, e se manter na zona de classificação à próxima Liga dos Campeões da Europa. A Lazio, a “Águia”, 28, lutaria para manter viva a sua caça a uma vaga na Liga Europa.

A rivalidade, num jornal fascista de 1934, "uma conta aberta que jamais se pagará"
A rivalidade, num jornal fascista de 1934, "uma conta aberta que jamais se pagará" A rivalidade, num jornal fascista de 1934, "uma conta aberta que jamais se pagará"

Neste seu 153º confronto de Série A, desde o primeiro, 1 X 0 pró Roma, no dia 8 de Dezembro de 1929, aconteceu o resultado de “Águia” 3 X 0 “Loba”. Na contagem das vitórias, a Lazio subiu às 39, a Roma ficou nas 54. E, no placar dos gols, o desafio passou a exibir 151 contra 191. Enorme ironia: nunca, antes, um “Derby della Capitale” se desenrolou sem platéia. E a rivalidade entre os seus “tifosi” é uma das mais agressivas do universo.

A faixa nazista da torcida da Lazio, no "Derby" de 1999
A faixa nazista da torcida da Lazio, no "Derby" de 1999 A faixa nazista da torcida da Lazio, no "Derby" de 1999

Datada de 1900, nas suas origens a “Águia” representava a parcela opulenta da classe média da região. E a Roma, de 1927, nasceu da fantasia de um fascista, Italo Foschi, que tentou agregar os quatro clubes do “Calcio” de então, Alba, Fortitudo, Roman e Lazio. A diretoria da “Águia” de então se recusou a aderir. Com o tempo, entretanto, a parcela mais radical da “tifoseria” da Lazio inverteu o seu comportamento e passou a pregar conceitos infames, até mesmo racistas. O absurdo brotou em 1999 quando, num “Derby”, cobriu vasta área da Curva Norte, a sua habitual no Stadio Olìmpico, com uma vergonhosa bandeirona em defesa dos fornos de Auschwitz para o sacrifício de presos judeus.

O Olímpico, tristíssimo, vazio por causa da Covid-19
O Olímpico, tristíssimo, vazio por causa da Covid-19 O Olímpico, tristíssimo, vazio por causa da Covid-19

Tristíssimo, de todo modo, que a impiedade da Covid-19 tenha transformado o Olímpico num anfiteatro monótono e sem as cores contrastantes do clássico. Somente os seus próprios companheiros e os colegas do banco de reservas puderam festejar o gol de Ciro Immobile aos 14’, depois de uma barbeiragem do zagueiro brasileiro Raul Ibañez, ex-Fluminense. O seu 12º na tabela de artilheiros, 3 atrás do juventino Cristiano Ronaldo. Ibañez, aliás, fraquejou, também, no lance dos 2 X 0 aos 23’, quando esbarrou em Lazzari, dentro da área, mas a bola, na vantagem, sobrou para Luís Alberto. A euforia-bis dos rapazes da “Águia” de Simone Inzaghi, de predomínio absolutamente integral até os 45’.

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Immobile e Lazzari, na celebração do 1 X 0
Immobile e Lazzari, na celebração do 1 X 0 Immobile e Lazzari, na celebração do 1 X 0

Tarefa ingente, inglória, de Paulo Fonseca, o treinador da Roma, gastar o intervalo na reanimação de seus pupilos, desmoralizados por uma inépcia inesperada. Complicado, olhar a lista de suplentes e não encontrar um salvador. E o “mister” lusitano recorreu ao espanhol Pedro, um meia ofensivo, no lugar do francês Veretout, um volante mais aplicado à marcação. Resolveu basicamente nada. E, aos 67’, a “Águia” praticamente perpetrou a sua bicada fatal na “Loba”. Com um arremate ultra-consciente, além da meia-lua, Luís Alberto duplicou o seu tesouro, Lázio 3 X 0, literalmente dono do prélio o ponta-de-lança ibérico.

Luís Alberto, logo depois do arremate dos 3 X 0
Luís Alberto, logo depois do arremate dos 3 X 0 Luís Alberto, logo depois do arremate dos 3 X 0

Empacada nos 34 pontos, a Roma, no dia 24, o domingo subseqüente, terá a chance talvez preciosa de se recuperar diante do Spezia, que perambula junto à zona de queda à Série B. O mesmo Spezia, ironia, que lhe caberá desafiar na próxima terça, dia 19, na Copa Itália. A Lazio também atua na Copa, dia 21, contra o Parma. Mas, será um tanto mais complexo o seu duelo pelo “Nazionale”. Embora no Olímpico, pegará o imprevisível Sassuolo de quem furtou a posição na tabela. Detalhe: a “giornata”, a 19ª, marcará o desfecho do primeiro turno de um campeonato até aqui infelizmente recheado de problemas – e sem público.

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Todos os jogos da rodada 18

Sexta-feira, 15 de Janeiro

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LAZIO (31 pontos/7º lugar) 3 X 0 ROMA (34/3)

Sábado, 16 de Janeiro

BOLOGNA (17/13) X VERONA (27/9)

TORINO (12/18) X SPEZIA (17/14)

SAMPDORIA (20/11) X UDINESE (16/15)

Inter X Juve, o super-clássico do domingo
Inter X Juve, o super-clássico do domingo Inter X Juve, o super-clássico do domingo

Domingo, 17 de Janeiro

NAPOLI (31/6) X FIORENTINA (18/12)

CROTONE (9/20) X BENEVENTO (21/10)

SASSUOLO (29/8) X PARMA (12/19)

ATALANTA (31/5) X GENOA (14/17)

INTERNAZIONALE (37/2) X JUVENTUS (33/4)

Segunda-feira, 18 de Janeiro

CAGLIARI (14/16) X MILAN (40/1)

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