No Calcio, vitórias de Juve e Inter, mas o Napoli apenas empata
A Bota à espera da penúltima rodada da fase de grupos da Champions. Bons auspícios para Turim e Milão. E muita oreocupação na Terra da Pizza.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Na teoria, pareciam bem acessíveis os desafios à espera, neste final de semana, pela 13ª giornata do campeonato nacional, dos quatro clubes que representam o Calcio na Champions League da Europa. Houve três combates no sábado, 24 de Novembro. A Roma, 19 pontos, a única a viajar, em Ùdine desafiou a claudicante Udinese, 9 e no limiar da zona de queda à Série B. A líder Juventus, 34, recepcionou a recém promovida Spal de Ferrara, 13. E a Internazionale, 3ª colocada, 25, hospedou o fraquíssimo Frosinone, meros 7. No domingo 25, o Napoli, vice-líder com 28, abrigou o precário Chievo Verona, que fora punido em 3 pontos por falcatruas financeiras, obtivera 3 empates até aqui e, por isso, estava zerado na tabela de classificação.
Embora obviamente preocupado com o Real Madrid, o seu terrível adversário do dia 27, Eusebio Di Francesco, o treinador da Roma, se limitou a poupar apenas o bósnio Edin Dzeko, artilheiro da Champions ao lado de Lionel Messi, do Barcelona, 5 gols cada. Não deveria. Apesar da ausência do seu ponto de referência no ataque, a “Loba” da capital pressionou a dona da casa, desconjuntada por causa da estreia de Dàvide Nicola como o seu orientador. Aos 54’, porém, um calcanhar inesperado de Pussetto colocou De Paul frente-a-frente com o arqueiro Mirante, Udinese 1 X 0. Dzeko entrou aos 71’. Sem chance. Trabalhão de Di Francesco, reacender a sua Roma para o Real. Em Madrid, na ida, sapecada dos “Merengues”, 3 X 0.
Massimiliano Allegri, treinador da Juventus, que buscará a sua passagem à fase seguinte da CL, em casa, também no dia 27, diante do Valencia da Espanha, preservou no banco o já veterano Chiellini e o ponta-de-lança Dybala. Não hesitou, todavia em escalar os seus dois cannonieri, Cristiano Ronaldo, que acumulava 8 tentos no torneio da Bota, e Mario Mandzukic, que somava 5. Aos 29’, Pjanic cobrou uma infração e, de canhota e de sem-pulo, o CR7 levou o seu tesouro, deliciosamente, à cota de 9 gols, com Piatek, do Genoa, no topo da relação dos marcatori.
Nesta Série A, ele passou a ostentar 109 participações em arremates da Juve – 89 conclusões e 20 assistências, mais do que qualquer outro supercraque dos cinco principais torneios da Europa. E o CR7 também iniciaria o lance em que a “Senhora” dobraria o placar. Aos 61’, velocíssimo, puxou um contra-ataque e entregou a Douglas Costa, que desferiu um petardo. O arqueiro Gomis rebateu e o atento Mandzukic empurrou à meta vazia. A sexta rete do croata em 10 pelejas neste campeonato. No certame de 2017/18, havia realizado exclusivamente 5 tentos em 32 porfias.
A Juve nos 37 pontos. Agora, provisoriamente, 9 à frente do Napoli, excelente amostra do que poderá acontecer no dia 27. Na Espanha, na ida, ambos os tentos de Dybala, a “Senhora” cravara os mesmos 2 X 0 no Valência. Aliás, detalhe charmoso sobre a jornada na Itália: os atletas, os árbitros e os auxiliares atuaram com manchas vermelhas numa das bochechas, manifestação de apoio à campanha que repudia a violência contra a mulher. E Allegri ainda homenageou o capitão Chiellini. Ao enviá-lo ao campo, aos 87’, permitiu que o zagueiro atingisse a partida 483 com a camisa alvinegra, desbancasse o ídolo Bettega e se tornasse o quinto na lista de presenças.
Às vésperas de um desafio perigosíssimo, em Wembley, dia 28, contra o Tottenham, que não pode sequer pensar em uma igualdade, a Internazionale de Luciano Spalletti realizou, no seu Giuseppe Meazza, quase um jogo-treino. Manteve a posse da pelota por cerca de 70% do tempo e no entanto, depois de inaugurar o placar com o senegalês Keita, emprestado pelo Monaco, aos 10’, só aos 68’ um cruzamento de Keita encontraria a testada de Lautaro e a Inter anotaria os 2 X 0. Então, o Frosinone sucumbiu de vez, novamente Keita aos 82. Um ótimo augúrio para a viagem até Londres. Na ida, Inter, 2 X 1.
Menos do que pensar no seu prélio do dia 28, no seu San Paolo da Terra da Pizza, quando a vitória contra o Estrela Vermelha da Sérvia poderá representar a sua continuação na competição continental, Carlo Ancelotti, o responsável pelo Napoli, se irritou com duas questões extra-campo. O bate-boca via mídia no qual o prefeito Luigi De Magistris acusou de “tacanho” a Aurelio de Laurentiis, o presidente do clube. E a péssima repercussão que causou a aquisição de uma máquina de valor correspondente a R$ 3 milhões, uma Ferrari 488 Pista, pelo capitão Marek Hamsik. Ironia de Paolo Cannavaro, um ex-colega de time eslovaco: “É, nada mal pra quem só precisa dirigir 500 metros, de casa ao campo e vice-versa”. A torcida aplaudiu Cannavaro. E daí vaiou o time, que exagerou nos tiros à trave e empacou no Chievo, 0 X 0.
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