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Mesmo sem CR7, mas com Paulo Dybala, a Juve bate o Milan por 1 X 0

Por causa de uma lesão, o treinador Maurizio Sarri substituiu o português pelo argentino. E deu certo. Embora pressionada, a "Zebra" continua líder.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Paulo Dybala, que substituiu o CR7 e manteve a "Zebra" no topo da tabela
Paulo Dybala, que substituiu o CR7 e manteve a "Zebra" no topo da tabela Paulo Dybala, que substituiu o CR7 e manteve a "Zebra" no topo da tabela

Durante 31 anos, entre 1986 e 2017, o Milan se submeteu ao poder de Silvio Berlusconi, um magnata petulante, ou de seus prepostos invariavelmente subservientes. Abiscoitou o seu último “scudetto”, aquele de número 18, na temporada de 2010/11. Desde então, meramente testemunhou uma rival de antologia, a Juventus de Turim, arrebatar um inusitado octocampeonato e subir ao degrau absurdo dos 35 títulos da Série A da Itália. Pior, enquanto a Juve permanece sob a guarida de uma mesma “Famiglia”, a dos Agnelli/Fiat, que assumiram o seu controle acionário no já longínquo 1924, depois de Berlusconi, um conservador direitista, o Milan caiu nas mãos de Li Yonghong, um estelionário da China Comunista, enfim derrubado pelos seus credores.

Berlusconi e Yonghong
Berlusconi e Yonghong Berlusconi e Yonghong

Juve e Milan têm basicamente a mesma idade. A “Velha Senhora” do Piemonte, também conhecida por “Zebra”, em função do seu fardamento clássico em listras brancas e pretas na vertical, nasceu em 1897. E o “Diavolo” da Lombardia surgiu em 1897. Até porque ostentam as duas maiores “tifoserie” da Bota, costumam realizar um duelo de protagonistas. Nesta “stagione”, todavia, são absurdas as disparidades que os antepõem. Pela 12ª “giornata” do certame peninsular de 2019/20, neste domingo, dia 10 de Novembro, se digladiaram no Allianz Stadium de Turim, vendidos todos os seus 41.597 ingressos. A Juve com 29 pontos, dois menos do que a Internazionale de Milão, que já tinha se exibido, no sábado, 2 X 1 sobre o Verona. E o Milan nos meros 13, arredores da zona de rebaixamento. E a Juve ganhou, 1 X 0.

Lucas Paquetá e Gonzalo Higuaín
Lucas Paquetá e Gonzalo Higuaín Lucas Paquetá e Gonzalo Higuaín

Mostrou bastante dignidade, porém, o elenco “rossonero” dirigido por Stefano Pioli, um antigo volante utilitário da Juve entre 1984 e 1987, no cargo desde a sétima rodada. Obviamente desgastados pela visita à Rússia, no meio da semana, 2 X 1 sobre o Lokomotiv Moscou na pugna que propiciou a sua classificação antecipada à fase das oitavas da Champions League da Europa, os pupilos de Maurizio Sarri sofreram para suplantar a movimentação intensa do meio-campo do Milan, liderado pelo excelente brasileiro Lucas Paquetá, ex-Flamengo do Rio. E o “Diavolo” pôde manter o placar de 0 X 0, airosamente, até o intervalo. Na verdade, se provou muito mais perigoso que a “Zebra”.

O CR7, ao constatar que se lesionara, aos 55'
O CR7, ao constatar que se lesionara, aos 55' O CR7, ao constatar que se lesionara, aos 55'

E então, depois do repouso, das instruções, se desenrolou o inacreditável, o quase impossível. Como se esperava, logo aos 55' Sarri colocou na batalha o argentino Dybala, o melhor da “Senhora” no certame. Mas, ao invés de tirar o uruguaio Bentancurt, apenas no corre-corre, sacou um intocável, o astro Cristiano Ronaldo. Abertamente furioso, o CR7 sumiu direto no rumo dos “spogliatoi”. No momento, ninguém entendeu. Sarri optou por sacá-lo por causa de um renitente incômodo de joelho. Perplexo, desinformado do que sucedera, Andrea Agnelli, o presidente da Juve, se levantou da poltrona. E não mais se acomodou até que, aos 77’, afortunadamente, “La Joya”, o apelido justo de Dybala, num lance espetacular, individual, hipnotizasse a defesa do “Diavolo”, invadisse a sua área e fulminasse o atônito Donnarumma.

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Dybala, na versão francesa do Twitter da Juve - "but" significa "gol"
Dybala, na versão francesa do Twitter da Juve - "but" significa "gol" Dybala, na versão francesa do Twitter da Juve - "but" significa "gol"

Determinado a evitar a sua nona derrota seguida, no novo estádio da inimiga, o Milan se inflamou, pressionou, e a “Zebra” apenas abocanhou os três pontos e preservou a liderança na tabela graças às acrobacias do seu arqueiro, o polonês Szczesny. Agora, a Juve tem 32 e a Inter tem 31. Aliás, modificações radicais nas outras posições. Não mais o Napoli e a Roma na caça direta da “Senhora”. No patamar dos 24 pontos se situam a Lazio (que ganhou do Lecce por 4 X 2) e o Cagliari (que arrasou a Fiorentina, 5 X 2). A Atalanta, que chegou a flertar com o topo, apenas empatou em Gênova, 0 X 0 com a Sampdoria, e acumula 22 pontos, como a Roma. O Napoli se lastima nos 19. E, a propósito, por causa das eliminatórias da Eurocopa/2020 de seleções, o campeonato só retorna no próximo dia 23 deste mês: Atalanta X Juve e Torino X Inter.

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