E terminou a invencibilidade do Palmeiras na Libertadores/2019
Com um golaço de Marcelo Herrera, o San Lorenzo de Almagro supera o "Verdão" por 1 X 0 e toma a liderança do Grupo B da Copa do continente
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Dois clubes à procura do seu segundo título na história da Libertadores de América. Com 16 participações, o San Lorenzo de Almagro, Argentina, o único troféu em 2014. Com 19 aparições, o Palmeiras, o laurel solitário de 1999. Nesta noite de 2 de Abril de 2019, pela edição de número 60 da contenda, no Nuevo Gasómetro de Buenos Aires, capacidade para 47.964 espectadores, o “Azulgrana” e o “Verdão” disputaram diretamente a liderança do Grupo B que também ostenta, mas em condições bem inferiores, quase sem chances de progresso, o Melgar do Peru e o Júnior Barranquilla da Colômbia.

O Palmeiras desembarcou na capital platina com 6 pontos em 6 disponíveis, provenientes de triunfos sobre o Júnior em viagem, 2 X 0, e sobre o Melgar, no Allianz Parque, 3 X 0. O San Lorenzo tinha 4, o empate de 0 X 0 no Peru e o triunfo de 1 X 0, no Gasómetro, sobre o Júnior. Melgar e Júnior, que se digladiariam duas horas depois em Lima, respectivamente exibiam um pontinho e nenhum. Lógico que a Luiz Felipe Scolari, o treinador do “Verdão” em 99 e agora novamente, seria preciosíssima a igualdade como visitante. Não conseguiu. Numa pugna equilibrada, sobreviveu o “Azulgrana”, 1 X 0.

Estatisticamente, foi o sexto duelo entre os dois rivais. No global, o Palmeiras agora acumula 2 vitórias e 2 derrotas. Nos dois combates mais significativos do passado, então pelas semifinais da já extinta Copa Mercosul, no mesmo 1999 o Palmeiras suplantou o San Lorenzo por 3 X 0, em casa, depois de tombar em Buenos Aires, 0 X 1. Acabaria por perder a taça numa decisão dupla contra o Flamengo, 3 X 4 no Maracanã, 3 X 3 no antigo Palestra Itália.

A “hinchada” do “Ciclón”, ou o Ciclone/Furacão, um dos apelidos que regalou ao seu clube, encheu praticamente todos os espaços do Gasómetro. Não se importava com o fato de o San Lorenzo atravessar uma crise brutal, meras duas vitórias nesta temporada de 2019, em risco o cargo de Jorge Almirón, o seu treinador desde Novembro. Pois o elenco “Azulgrana” correspondeu às expectativas e não se encolheu diante da superioridade técnica do “Verdão”. No primeiro tempo, os dois times dividiram as situações de risco, uma bola na trave cada qual. De todo modo, não conseguiram sair do placar nulo.

Superioridade técnica? Não apenas. Também uma vasta diferença na profundidade de cada escalação. Tanto que, para o segundo tempo, Felipão remeteu ao campo Felipe Melo e Lucas Lima como os substitutos de Thiago Santos e de Bruno Henrique. Só que caberia ao San Lorenzo, aos 51’, inaugurar o marcador. Marcelo Herrera, um lateral-direito, dominou a pelota na sua intermediária e avançou cerca de 40 metros, sem que Lucas Lima, Felipe Melo e, principalmente, Antonio Carlos, tentassem impedir a sua investida e o seu arremate impiedoso, além da meia-lua, 1 X 0.

Um momento de letargia puniu o “Verdão”. Que, daí, se obrigou a ligar o sinal de alerta e despertar. Em especial o habitualmente irrequieto Deyverson, inútil na jornada. O Felipão, no entanto, optou por sacar um outro paradão, Felipe Pires, e colocar no gramado Raphael Veiga. Só que estava dificílimo penetrar na retranca que Almirón, evidentemente, edificou à frente da sua área. E a tensão fermentou, na medida em que o cronômetro se adiantava, inexorável. O árbitro chileno Júlio Bascuñan concedeu 5’ de acréscimos. E o arqueiro Fernando Monetti garantiu os três pontos do “Azulgrana”, que ultrapassou os 6 do Palmeiras e assumiu o topo da tabela com 7.
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