E seguem na Champions o City e o Lyon, os dois vencedores na ida
Em casa, o Manchester bisou os 2 X 1 que já tinha anotado no Real Madrid. O Lyon perdeu da Juventus, 1 X 2, mas se valeu do critério do gol em viagem.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Mesmo sem platéia, mas dentro de seus domínios, nesta sexta-feira, 7 de Agosto, também o Lyon da França e o Manchester City da Inglaterra se promoveram à fase das quartas-de-final da compacta Champions League da Europa, temporada de 2019/20. O Lyon, que havia feito 1 X 0 na Juventus, no longínquo 26 de Fevereiro, visitou o Allianz Stadium, perdeu de 1 X 2 mas ficou com a vaga graças ao gol solitário que pôde perpetrar em viagem.
O City que, igualmente naquele dia 26, havia emboscado o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, 2 X 1, visou o seu passaporte com um resultado de 2 X 1 no seu Etihad. Neste sábado, agora, pela complementação da etapa das oitavas, ainda se digladiarão Barcelona X Napoli, Bayern X Chelsea.
Os dois ganhadores das pugnas de ida saíram à frente, quase ao mesmo tempo, ambos em barbeiragens. Aos 9’, pateticamente, o Real ousou uma troca de passes laterais a um metro da meta de seu perplexo arqueiro Courtois, de um flanco ao outro da grande área. Esperto, Gabriel Jesus roubou a pelota de Varane e tocou a Sterling, livre, 1 X 0 em favor do City.
Aos 12’, com a incrível ajuda do VAR, o alemão Felix Swayer apontou um penal duvidosíssimo de Bentancour em Anoar. Coube ao nerlandês Memphis Dapay converter, de cavadinha, 1 X 0 em favor do Lyon. Real e Juventus necessitariam de três tentos cada qual para reverter as suas humilhações.
Depois de um lance precioso de Rodrigo, ex-Santos, os “Merengues” de Madrid, uniformizados de rosa-choque, conseguiram perpetrar o 1 X 1, cabeçada seca de Benzema. Em Turim, paralelamente, as câmeras de TV mostravam o desalento de Paulo Dybala, relegado à reserva por mais uma idiossincrasia do treinador Maurizio Sarri: “Poupado para o segundo tempo”.
Rudi Garcia, o “mister” do Lyon, obviamente recuou todos os seus pupilos e construiu uma muralha de proteção diante da área do lusitano Anthony Lopes. Só que o patético Swayer, de consciência pesada, aos 43’ apontou um outro penal duvidosíssimo, agora pró Juve, toque suposto de Depay numa infração cobrada por Pjanic. Coube a Cristiano Ronaldo aliviar a Juve, 1 X 1.
Drama duplo nas etapas derradeiras. Atingissem, ambos, os 2 X 1, o Real levaria a briga à prorrogação mas a Juve se despediria, grotescamente, mesmo com uma vitória, da possibilidade de título na CL. Zizou Zidane, o treinador do Real, claro, colocou o seu time na ofensiva. Do outro lado, Pep Guardiola, do City, continuou tranqüilo, no seu banco da lateral, seguro de que o seu elenco resistiria ao assédio dos “Merengues”. A Juve de Sarri, logicamente, também se mostrou mais agressiva. Precisava, porém, de um milagre. E aos 60’ ocorreu, na verdade, o fenômeno: um tiro do CR7, de canhota, de 25 metros, no ângulo esquerdo da meta de Lopes. Subitamente as chances se clarificavam.
No Etihad, não um milagre, mas uma nova barbeiragem, imperdoável, de Varane, propiciaria o 2 X 1 do City. Um chutão à frente de Laporta, a tentativa estabanadérrima de testada do zagueiro do Real, que espanou a bola, a sobra que Gabriel Jesus saboreou, agradecido. Em Manchester se desanuviava o cenário. Em Turim, a tensão fermentava a um ponto insuportável, literalmente agoniado o CR7, à beira de uma “stagione” arruinada, ele que se encaminha para os 36 de idade. Responsabilidade integral de Fabio Paràtici, o cartola que desmontou, com as suas transações mal-feitas e com a contratação de Sarri, a “Senhora” dos nove “scudetto” consecutivos. E não adianta chorar.
Suspensa, pela pandemia, em 11 de Março, a Champions, enfim, depois de cinco meses de interrupção, recuperou as energias. Trata-se, porém, de uma ressurreição bizarra e emergencial, num formato inusitado. Atalanta da Itália, Atlético de Madrid, PSG e Red Bull Leipzig conseguiram as suas promoções antes do hiato e já foram devidamente emparceirados nas quartas.
Dia 12 se baterão a Atalanta e o PSG. No dia 13, o RB Leipzig e o Atlético. City e Lyon brigarão no dia 15. Resta conhecer os rivais do dia 14. No Nou Camp, o Barça, que arrancou uma igualdade de 1 X 1 na Terra da Pizza, seguirá adiante com um seu bastante previsível sucesso caseiro sobre o Napoli. O Bayern de Munique, que pespegou surpreendentes 3 X 0 no Chelsea, em Londres, claro, não deverá sofrer para visar o seu passaporte praticamente já selado.
Detalhe significativo: os quatro desafios das quartas, os dois das semifinais e, daí, a decisão do título, de 12 a 23 de Agosto, ocorrerão em jogos únicos e em estádios de Lisboa, em Portugal: o da Luz, do Benfica, e o José Alvalade, do Sporting. Hoje na sua edição de número 65, ou a 28ª desde que, em 1992/93, mudou de sobrenome, de Champions Cup para Champions League, esta competição se iniciou, com 79 clubes de 54 afiliadas da UEFA, a entidade que administra o futebol na Europa, dia 25 de Junho de 2019. Já se realizaram 110 jogos, com 350 tentos, a excelente média de 3,18. Como era, aliás, a sua média de público, 44.059, um volume que já não tem mais qualquer sentido.
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