De novo a Covid-19 atrapalha o Campeonato Italiano de 2020/2021
A Lazio de Claudio Lotito se emaranha numa confusão de exames, e pode perder os pontos do jogo com a Juve. O Milan empata e continua líder.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
E mais uma vez o absurdo da Covid-19 ameaçou colocar um asterisco infame nas explicações de pé-de-página da classificação do Campeonato Italiano de 2020/2021. Até este domingo, dia 7 de Novembro, a tabela apresentava a Juventus de Turim com 12 pontos em 18 possíveis. Mas, três desses pontos provinham da decisão monocrática do “Giudice Sportivo” do Futebol da Bota, que lá pode punir sozinho os clubes que desrespeitem as normas legais. No caso, o magistrado Gerardo Mastrandrea concedeu à Juventus uma vitória, “in tavolino”, 3 X 0, sobre um Napoli com o seu time dizimado pela pandemia, em 4 de Outubro, por não comparecimento à partida entre ambos logo na terceira rodada da competição. E os rigores de Mastrandrea agora acossam outra equipe de cor celeste, a Lazio, sob a presidência de Claudio Lotito.
De novo a “Senhora” como a adversária, e mesmo na sua cidade, Roma, a “Águia” de Lotito se emaranhou em um complicador assemelhado. Tem três atletas cujos exames protocolares registraram resultados positivos para o vírus da pandemia: Immobile, Leiva e Strahoska. Testes com o aval de um respeitado laboratório, do Campus Biomédico da capital. Porém, a diretoria de Lotito tentou liberar os três com atestados emitidos por um laboratório menor, da cidade de Avellino. O jogo aconteceu, sem os atletas, e o placar estacionou numa igualdade, 1 X 1. De todo modo, a FIGC, ou Federazione Italiana Giuoco Calcio, abriu um procedimento investigativo de desacato às regras básicas de isolamento compulsório, que poderá se encerrar numa mera advertência ou até com o dramático rebaixamento da Lazio.
Menos mal que a “Senhora” tenha subido aos 13 pontos sem a necessidade do asterisco. E que na lista dos tentos anotados o seu ataque esteja com 15, e que, ao examinar os marcados por seus “cannonieri”, a soma surpreenda – seres humanos só aparecem com 12, pois três acabaram designados para uma abstração, o tal do resultado de 3 X 0 que Mastrandrea decretou num papel. A Juventus, aliás, muito bem poderia ter escalado o patamar dos 15 pontos. Vencia, graças a Cristiano Ronaldo, até os 96’, quando a Lazio obteve o empate numa distração abominável da retaguarda da “Alvinegra”, toda vestida de azulão. Correa chegou a enfiar a bola entre as pernas de Demiral antes de armar a bela virada de Caicedo. Azar da “Senhora” que outros resultados a tenham limitado ao quinto posto na tabela e fora da “Zona Champions”.
No sábado, o dia 6, mesmo com o placar nulo, de 0 X 0, diante da Udinese, o Sassuolo havia subido ao degrau dos 15 pontos. Daí, no domingo, ao bater o Bologna, 1 X 0, na casa do inimigo, o Napoli havia subido aos 14. E a Roma, ao suplantar o Genoa, na Ligúria, 3 X 1, os três do armênio Mkhitaryan, havia subido aos mesmos 14, mas com uma vantagem sobre a “Loba” nos vários critérios de “spareggio”. Restava saber como se comportariam o líder Milan, que ostentava 16 pontos, e o visitante Verona, que acumulava 11. Depressa a equipe “gialloblù” impactou o “Diavolo” ao escancarar 2 X 0 antes mesmo dos 20’, com Barak e Zaccagni. O Milan apenas diminuiu, aos 27’, um auto-gol de Magnani. Ibrahimovic mandou um penal ao espaço, aos 66’. Cravou, porém, a “rete” do alívio, os 2 X 2, bem nos acréscimos, com uma testada indefensável. Artilheiríssimo, 8 tentos em 8 pugnas. Milan com 17 pontos. Verona, 12.
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