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Silvio Lancellotti - Blogs

Cristiano Ronaldo acorda e a Juve bate a Inter, 2 X 1, na Copa Italia

No duelo tenso e amarrado de ida, mesmo em Milão, a "Senhora" manteve o tabu que vinha desde 2010, não perder da "Biscione" duas vezes em seguida. Agora, o jogo da volta, em Turim, no dia 9.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Cristiano Ronaldo, enfim uma atuação digna do CR7
Cristiano Ronaldo, enfim uma atuação digna do CR7

Dos nove combates que já havia disputado neste ano de 2021, a Juventus de Turim apenas perdera um, dia 17 de Janeiro, a Internazionale 2 X 0, no Giuseppe Meazza de Milão, pelo Campeonato da Série A da Velha Bota. Tal cambaleada, então, evitou que a “Senhora” ultrapassasse a “Biscione”, a serpente mitológica da Lombardia, na classificação do certame. E mais ainda: o cotejo também representou a primeira vez em que Antonio Conte, atual treinador da Inter, venceu a Juve, equipe que defendera de 1991 a 2004 e que depois, como “mister”, de 2011 a 2014, levara aos três primeiros títulos do enea. Naqueles idos, Conte usou um certo Andrea Pirlo, hoje o treinador da “Senhora”, como líder do elenco.

Pirlo e Conte, atleta e treinador, na Juventus, dez anos atrás
Pirlo e Conte, atleta e treinador, na Juventus, dez anos atrás

Desde 1967 o desafio entre a Inter e a Juve é conhecido por “Derby d’Italia”, apelido que lhe concedeu Gianni Brera (1919-1992), um antológico jornalista da Bota. O “Derby” que, nesta terça-feira, dia 2 de Fevereiro, valeu pela ida das semifinais da Copa Itália de 2020/2021, na sua edição de número 74. Até então, as duas agremiações tinham se digladiado 253 vezes. Graças à vitória por 2 X 1, no geral das estatísticas a “Senhora” ampliou a sua vantagem sobre a “Biscione”, agora 113 a 78, nos tentos 360 a 326. Foi o duelo do melhor ataque do “Nazionale”, aquele da Inter, 49 gols em 20 rodadas, enquanto a Juve realizou 39, contra a melhor defesa, aquela da Juve, que apenas concedeu 18 tentos enquanto a Inter sofreu 23. E no entanto faltou à porfia um evento paralelo, a batalha dos artilheiros: o CR7, Cristiano Ronaldo, o astro da “Senhora”, 15 gols, versus Romelu Lukaku, da Inter, 14, suspenso.

Lautaro, no momento do seu tento, Inter 1 X 0
Lautaro, no momento do seu tento, Inter 1 X 0

Conte replicou, duas semanas depois, a mesma armadilha que propusera ao amigo Pirlo na peleja do Campeonato. Uma radical, implacável marcação na saída de bola, já na grande área de Gigi Buffon. A Juve ainda tentou escapar do ardil com uma clássica precisão nos passes, uma lenta progressão na conquista de espaços. Uma tática de risco, porém. Na sua primeira roubada de bola do prélio, aos 9’, o excelente Barella avançou pelo flanco direito e tocou a Lautaro Martinez que atirou, embora pressionado por De Ligt. Incrível, Buffon falhou e deixou a pelota escorregar abaixo do seu braço direito, Internazionale 1 X 0. Ajudou a “Senhora”, de todo modo, uma bobagem de Young, aos 26’, um puxão de braço em Cuadrado, na grande área da “Biscione”. Gianpaolo Calvaresi, o árbitro, não viu. Mas o VAR o notificou. Penal. Que o CR7 converteu, ao desferir um torpedo no alto, 1 X 1.

Cristiano Ronaldo, no momento da cobrança do penal. Juve 1 X 1
Cristiano Ronaldo, no momento da cobrança do penal. Juve 1 X 1

Menos de dez minutos depois, aos 35, aconteceria outra tolice abominável da Inter, e na ala oposta do gramado. Uma bola mal atrasada por Skriniar, indecisos Bastoni e o arqueiro Handanovic, que abandonou a meta, estabanado. Bastaria que Bastoni mandasse a bola às nuvens. O CR7 se locupletou e lhe roubou a bola e avançou e chutou em diagonal e ainda torceu para que a sua direção estivesse correta. A pelota pererecou sobre o relvado, com efeito, e alcançou a base do poste, antes de se transformar no gol dos 2 X 1. O impacto desajustou a “Biscione”. Conte, no intervalo, trabalhou bastante para reanimar os pupilos. E de fato, na etapa derradeira, numa pressão brutal, a Inter predominou. Aos 57’, por um triz não ocorreu o empate. Uma outra trapalhada de Buffon, a meta escancarada, Sánchez arremata mas Demiral salva sobre a linha. Transcorreria nervoso o tempo que restava.


A festa do CR7 e da Juve, 2 X 1 em Milão
A festa do CR7 e da Juve, 2 X 1 em Milão

Aos 69’ Buffon se resgatou das duas falhas anteriores e, numa intervenção belíssima, uma cobertura perfeita aos pés do livre e solto Darmian, impediu os 2 X 2. E sem o seu “panzer” Lukaku o aturdido Conte apostou nos tiros de bola parada. Aos 73’, sacou Vidal e colocou Eriksen, na esperança de uma cobrança mágica. Em torno dos 85’ a “Biscione” detinha mais de 85% de posse de bola. E na “Senhora” fulgurava o central De Ligt, capaz de rebater inclusive de coxa e de nuca. Acréscimos de 4’. A tensão de se perceber na pele das imagens virtuais de ex-astros com que a Inter decorou parte das tribunas. Daí, depois de exibir nove amarelos, seis para a anfitriã, e depois de agregar mais 30” aos acréscimos, Calvaresi apitou, finito, Juve 2 X 1. Mantido um tabu. Desde 2009/2010 a Inter não derrotava a rival duas vezes em seguida. E agora, no retorno do dia 9, em Turim, necessitará ganhar com dois tentos de vantagem. Ficou complicada a sua missão. Nesta quarta, dia 3, no Diego Armando Maradona da Terra da Pizza, na outra semi, Napoli X Atalanta de Bérgamo.

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