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A República Tcheca e a Bélgica eliminam a Neerlândia e Portugal

Respectivamente, resultados de 2 X 0 e 1 X 0. Na ex-"Laranja Mecânica", atuação medíocre do astro Depay mas Patrick Schick sobe entre os artilheiros. Nos lusos, patética a presença do CR7.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Thorgan e Eden Hazard, os dois manos da Bélgica que subrepujou Portugal
Thorgan e Eden Hazard, os dois manos da Bélgica que subrepujou Portugal Thorgan e Eden Hazard, os dois manos da Bélgica que subrepujou Portugal

Uma goleada inesperadíssima e um combate de desfecho dramático, apenas decidido na prorrogação. Depois dos cotejos espetaculares do sábado, seria lógico esperar que, neste domingo, dia 27 de Junho de 2021, transcorressem perto na normalidade, bem mais cautela do que aventura, duas outras pelejas das oitavas de final da Euro2020. Mas houve emoções suficientes para enriquecer a competição. Embora meramente uma das seleções repescadas entre as terceiras colocadas na fase de grupos, a República Tcheca soube suplantar a tola petulância da Neerlândia, 2 X 0. E, diante de um Portugal ultra-carente do brilho de Cristiano Ronaldo, à Bélgica, líder do ranking mundial, bastou fazer 1 X 0.

Seguem as fichas e as sínteses das duas partidas

A justa vibração dos rapazes da República Tcheca
A justa vibração dos rapazes da República Tcheca A justa vibração dos rapazes da República Tcheca

NEERLÂNDIA 0 X 2 REPÚBLICA TCHECA

Budapest, Hungria, Puskàs Arena

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Público: 52.834 presentes/60.493 ingressos à venda

Árbitro: Sergei Karasev (Rússia)

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Gols: Holes, Schick

Numa Puskàs lindamente repleta, quase perfeitamente dividida entre o laranja da Neerlândia e o magenta da República Tcheca, atletas das duas seleções correram o suficiente para agradecer à UEFA pela possibilidade, aos 23’, da chamada pausa para a reidratação. Temperatura de 31 graus numa peleja em alta velocidade, na qual só faltava o gol que coroasse o encantamento da jornada. E o tento não saiu, no primeiro tempo, apesar das chances, uma boa de cada elenco, construídas antes do intervalo.

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O momento em que Vaclik evita o gol de Malen
O momento em que Vaclik evita o gol de Malen O momento em que Vaclik evita o gol de Malen

Na etapa seguinte, depressa, tudo se modificou. Logo aos 51’, mistura de inexperiência com pedantismo, Donyell Malen, da Neerlâandia, recebeu um passe primoroso de Memphis Depay e desperdiçou o 1 X 0 ao tentar o drible absurdo em Tomás Vaclik quando lhe bastava colocar a bola, por cima do arqueiro, na meta vazia. Vaclik, em profundidade, armou o contra-ataque ao seu artilheiro Patrick Schick e, ao tentar impedir a investida, na entrada da sua área, o becão De Ligt puxou a pelota com a mão. Karasev nem necessitaria recorrer ao VAR para decretar a expulsão de De Ligt, a Neerlândia com dez homens.

A testada de Holes, 1 X 0 em favor da República Tcheca
A testada de Holes, 1 X 0 em favor da República Tcheca A testada de Holes, 1 X 0 em favor da República Tcheca

Depois de algum tempo de perplexidade pela inesperada vantagem numérica, a República Tcheca se assentou na pugna e passou a desfrutar a folga. Receberia seu prêmio aos 66’, num corner batido por Barák. A bola voou até o lado oposto da área pequena, o arqueiro Stekelenburg só olhou, Kálas testou na direção do outro poste e o volante Tomás Holes escorou de cocuruto, 1 X 0. E a Neerlândia mais se estilhaçaria aos 80 quando Holes salvou uma bola quase perdida na lateral canhota e entregou a Schick, que arrematou no cantinho de Stekelenburg, 2 X 0, seu quarto gol nesta Euro. Finita a favorita ex-“Laranja Mecânica”. E sobra uma insólita pugna de quartas de final entre a Dinamarca e a República Tcheca.

A alegria dos "Rouges" pela passagem às quartas de final
A alegria dos "Rouges" pela passagem às quartas de final A alegria dos "Rouges" pela passagem às quartas de final

BÉLGICA 1 X 0 PORTUGAL

Sevilha, Espanha, Estadio La Cartuja

Público: 11.504 presentes/15.000 ingressos à venda

Árbitro: Felix Brych (Alemanha)

Gol: Thorgan Hazard

Ficou ululantemente ostensivo todo o clima de tensão, de nervosismo, que envolveu o combate, nas duas primeiras oportunidades de arremate. Aos 6’, depois de receber um passe delicioso de Renato Sanches, dois metros dentro da área da rival, Diogo Jota chutou longe a chance do 1 X 0 em favor das “Cinco Quinas”. Aos 10, depois de receber um passe delicioso de Lukaku, quase na linha de entrada da área do inimigo, Eden Hazard enviou ao distante Mar Mediterrâneo a possibilidade do 1 X 0 em favor dos “Diables Rouges”.

O momento do petardo de Thorgan Hazard
O momento do petardo de Thorgan Hazard O momento do petardo de Thorgan Hazard

Crucialmente ansioso, dividido entre os seus recordes e a imperiosidade de ganhar o jogo, Cristiano Ronaldo nada apareceu além da cobrança de uma falta, aos 25’, quando exigiu uma intervenção admirável de Thibaut Courtois. A defesa que Rui Patrício não conseguiu fazer, aos 42’, no foguete fenomenal que Thorgan Hazard, o irmão caçula de Eden, lançou de 22 metros. Impressionante o efeito da pelota no seu vôo. E Rui Patrício quase desviou com as pontinhas dos dedos da sua mão esquerda. Pulou à frente a Bélgica, 1 X 0.

Outro àngulo do foguete lançado por Thorgan Hazard
Outro àngulo do foguete lançado por Thorgan Hazard Outro àngulo do foguete lançado por Thorgan Hazard

No intervalo, caberia a Fernando Santos, o treinador das “Quinas”, rearmar o seu time, tática e psicologicamente. E caberia a Roberto Martínez, o congênere dos “Rouges”, controlar os seus pupilos e segurar o resultado. Portugal ajudou, mais do que atrapalhou. Enquanto o CR7, sem a compostura de um capitão, marchava rumo ao banco de reservas para reclamar dos colegas, Diogo Jota exagerava na falta de pontaria e Renato Sanches se empenhava por vários dos seus companheiros de meio de campo, a Bélgica especulava nas contra-ofensivas. Ironia: nem parecia que o tanque Lukaku estava naquele gramado.

CR7, uma despedida lastimável, apesar dos recordes
CR7, uma despedida lastimável, apesar dos recordes CR7, uma despedida lastimável, apesar dos recordes

Portugal acordou tarde. Aos 82’ Courtois, magicamente, evitou o empate numa testada à queima-roupa de Rúben Dias. Aos 83 o ala Raphael Guerreiro fuzilou um poste. Aos 88 o arqueiro impediu com o corpo um arremate de André Silva. Mais cinco minutos de acréscimos. Inúteis acréscimos para o jogo mais sofrível, mais medíocre, das oitavas até então. E no entanto um jogo eletrizante até os instantes derradeiros. Despediu-se da Euro2020 o dono do troféu desde a Euro2016. No dia 2 de Julho, sexta-feira, em Munique, Alemanha, os “Rouges” se defrontarão contra os “Azzurri” da Itália.

Seguem os combates que restam nestas oitavas:

Detalhe do Parken de Copenhague
Detalhe do Parken de Copenhague Detalhe do Parken de Copenhague

Dia 28

CROÁCIA X ESPANHA

Copenhague, Dinamarca, Parken Stadium

Público: 16.000 ingressos à venda

Árbitro: Cuneyt Çaqir (Turquia)

FRANÇA X SUÍÇA

Bucarest, Romênia, Arena Nationalà

Público: 13.908 ingressos à venda

Árbitro: Fernando Rapallini (Argentina)

Dia 29

INGLATERRA X ALEMANHA

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Público: 21.750 ingressos à venda

Árbitro: Danny Makkelie (Neerlândia)

SUÉCIA X UCRÂNIA

Glasgow, Escócia, Hampdem Park

Público: 14.000 ingressos à venda

Árbitro: Daniele Orsato (Itália)

Combates já realizados nestas oitavas:

Dinamarca
Dinamarca Dinamarca

GALES 0 X 4 DINAMARCA

Amsterdam, Neerlândia, Johan Cruijff

Público: 14.647 presentes/24.495 ingressos à venda

Árbitro: Daniel Siebert (Alemanha)

Gols: Dolberg/2, Maehle, Braithwaite

ITÁLIA 2 X 1 ÁUSTRIA

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Público: 18.910/21.750 ingressos à venda

Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra)

Gols: Chiesa, Pessina X Kalajdcic

Itália
Itália Itália

Como fica, de agora em diante, a competição:

QUARTAS DE FINAL

Dia 2 de Julho

FRANÇA/SUÍÇA X CROÁCIA/ESPANHA

São Petersburgo, Rússia, Krestovsky Stadium

BÉLGICA X ITÁLIA

Munique, Alemanha, Allianz Arena

Dia 3 de Julho

REPÚBLICA TCHECA X DINAMARCA

Baku, Azerbaidjão, Olimpiya Stadionu

SUÉCIA/UCRÂNIA X INGLATERRA/ALEMANHA

Roma, Itália, Stadio Olìmpico

Detalhe do estádio de Wembley de Londres
Detalhe do estádio de Wembley de Londres Detalhe do estádio de Wembley de Londres

SEMIFINAIS

Dia 6 de Julho

BEL/ITA X FRA/SUÍ/CRO/ESP

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Dia 7 de Julho

TCH/DIN X SUÉ/UCR/ING/ALE

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

FINAL

Dia 11 de Julho

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Determinada a festejar condignamente os 60 anos da sua preciosa competição inter-seleções, a UEFA, a entidade que administra o Futebol no Velho Continente, projetou para 2020 uma Eurocopa absolutamente fora do habitual. À parte as eliminatórias de praxe, obviamente espalhadas, não mais a competição de fato em um único país-sede, no máximo em duas nações, como já sucedeu em três datas: 2000 na Bélgica e na então Holanda, hoje Neerlândia; em 2008 na Áustria e na Suíça; enfim, em 2012, na Polônia e na Ucrânia.

Esta seria a Eurocopa da Europa inteirinha.

Um cartaz da Euro2008
Um cartaz da Euro2008 Um cartaz da Euro2008

A idéia de tal Copa surgiu em 1960, planejada como uma batalha quadrienal. E a então União Soviética arrebatou a sua primeira taça. Esta edição, a sua 16ª, carinhosamente apelidada de Euro2020, se inaugurou em 21 de Março de 2019, com todas as 55 afiliadas da UEFA. Na sua fase de eliminatórias, dividiu as 55 equipes em dez chaves, cinco de cinco e cinco de seis, e classificou vinte, as campeãs e as vices. Das outras 35, se descartaram as dezenove pior cotadas de acordo com um ranking elaborado a partir da Liga das Nações, outra copa da UEFA. As poupadas se bateram em mata-matas até sobreviverem quatro.

Enfim, 24 seleções, de novo ranqueadas e daí divididas, em quatro potes de seis, para a realização de um sorteio. Haveria seis grupos de quatro. Peculiaridade inédita da celebração dos sessenta anos: cada um dos seis grupos se alojaria em duas cidades diferentes, desde Glasgow, na Escócia, até Baku, no Azerbaidjão. A Covid-19, todavia, atrasou o folguedo. A competição apenas ressuscitaria no dia 11 de Junho de 2021. Questão de justiça, a Euro pôde manter o 2020 como sobrenome. E enfim definidas, em cada um dos grupos, a sua campeã e a sua vice, para se completarem as dezesseis seleções das oitavas de final também se promoveram as quatro melhores das terceiras.

O "Skillzy", mascote da Euro2020
O "Skillzy", mascote da Euro2020 O "Skillzy", mascote da Euro2020

Seus confrontos, previamente designados de acordo com as respectivas colocações nas chaves, transcorrerão até o dia 30 de Junho e ainda viajarão por Bucarest, Glasgow, Copenhague e Londres, outra vez. Em 3 e 4 de Julho, São Petersburgo, Munique, Baku e Roma alojarão as quartas de final. As semis e a final se realizarão em Wembley, Londres, Inglaterra, nos dias 7, 8 e 12. No global desta Euro2020, acumuladas as eliminatórias e as chaves, já houve um total de 302 jogos e 930 gols, média de 3,08. Apesar de toda a complicação que a Covid-19 instaurou, 5.972.208 pessoas, protegidas por protocolos de segurança, desfrutaram o prazer de comparecer aos estádios, a média de 19.775.

Patrick Schick, da República Tcheca
Patrick Schick, da República Tcheca Patrick Schick, da República Tcheca

Artilheiros:

5 gols – Cristiano Ronaldo (Portugal)

4 gols – Patrick Schick (República Tcheca)

3 gols – Romelu Lukaku (Bélgica), Emil Forsberg (Suécia), Gorginio Wynaldum (Neerlândia) e Robert Lewandowski (Polônia)

Árbitros que mais apitaram:

3 jogos – Antonio Mateu Lahoz (Espanha), Daniel Siebert (Alemanha), Anthony Taylor (Inglaterra), Sergei Karasev (Rússia), Felix Brich (Alemanha)

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