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Cosme Rímoli - Blogs

Igor Gomes e Jandrei sabotam o São Paulo de Rogério Ceni. 3 a 1 para o Atlético Goianiense na semifinal da Copa Sul-Americana

Expulsão infantil se juntou a mais uma falha grotesca do inseguro goleiro são-paulino. Derrota por 3 a 1 para o Atlético Goianiense. No Morumbi, o time precisa vencer por três gols de vantagem para chegar à final

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Rogério Ceni teve todo seu trabalho tático estragado por Igor Gomes e Jandrei
Rogério Ceni teve todo seu trabalho tático estragado por Igor Gomes e Jandrei

São Paulo, Brasil

Igor Gomes e Jandrei sabotaram o São Paulo, no Planalto Central. 

E o time de Rogério Ceni perdeu a primeira partida da semifinal da Copa Sul-Americana, para o Atlético Goianiense, por 3 a 1.

Cada um tem enorme responsabilidade na frustrante derrota.


A começar pelo meia, que tanto a diretoria tentou vender nesta janela de transferência.

Aos 39 minutos do primeiro tempo, quando a partida estava empatada em 1 a 1, Igor Gomes, no meio-campo, deu um carrinho tão violento quanto desnecessário em Edson Fernando. E foi corretamente expulso pelo venezuelano Jesús Valenzuela.


A atitude lastimável deixou o São Paulo com um jogador a menos, o que facilitou a partida para o competitivo, mas limitado elenco de Eduardo Baptista.

Aí foi a vez do inseguro, tenso, sem confiança Jandrei.


Aos 10 minutos do segundo tempo, Marlon Freitas cruzou rasteiro e Jandrei deixou a bola passar, de forma inacreditável. Diego Costa ainda tentou salvar, mas Shaylon empurrou para o fundo do gol são paulino.

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Rogério Ceni, mesmo com um a menos, apostando na fragilidade do time goiano, adiantou seu time, tentando marcar sob pressão.

O resultado, óbvio, foi de muito espaço para contragolpes. E foi assim que Léo Pereira, jogador de grande velocidade, deixou Diego Costa bem atrás para bater cruzado, sem chance para o goleiro Jandrei.

3 a 1 para o Atlético Goianiense.

Igor Gomes. Uma das expulsões mais tolas, infantis de 2022. Carrinho violento no meio-campo
Igor Gomes. Uma das expulsões mais tolas, infantis de 2022. Carrinho violento no meio-campo

"Vamos deixar a expulsão de lado. Aconteceu, mas até então estava 1 a 1, a gente tinha que ter segurado o placar, não era tão ruim. Mas tomamos mais dois gols. Temos que na semana que vem ter o apoio da torcida. Temos que sair classificados, não tem outra opção.

Fizemos coisas boas, infelizmente teve a expulsão.

"Isso atrapalha um pouco", disse, incoerente, mas no final sincero, Luciano. 

A Copa Sul-Americana é o torneio mais fácil, e o único, que o São Paulo tem para conquistar em 2022. Conseguiu chegar à semifinal, tendo pela frente uma equipe mergulhada em crise.

Seriamente ameaçada pelo rebaixamento e com novo treinador, Eduardo Baptista, que chegou apenas há quatro dias. 

O que se esperava do entrosado time de Rogério Ceni era o domínio do jogo, atitude, postura vencedora diante de um adversário inferior. Mesmo com a partida sendo no Serra Dourada, em Goiânia. Até porque havia grande parte de torcedores são-paulinos acompanhando o jogo.

Só que não foi o que aconteceu. O Atlético Goianiense, com seu seu novo treinador, impressionou por comprar a briga, encarar, atacar o São Paulo. O time voluntarioso oferecia o que podia: luta pela posse de bola, contragolpes em velocidade e muita vibração. Entrou para jogar uma semifinal.

Já o São Paulo se mostrava pouco competitivo para jogo de tanta responsabilidade.

Rogério Ceni decidiu apostar no 3-5-2 para ter superioriade nas intermediárias, contra o 4-4-2 de Eduardo Baptista. Mesmo sem a gana necessária, o São Paulo conseguia encarar, travar o ímpeto dos jogadores adversários na estreia de um novo técnico.

Mas o ponto forte do Atlético Goianiense era o fraco do São Paulo. A ordem era forçar pela direita, explorando as costas do lateral Reinaldo. E foi assim que Dudu cruzou, aos 10 minutos, e Jorginho chegou antes que Jandrei para marcar 1 a 0.

O São Paulo não se afobou. Trocava bolas, fazia boas inversões. Sentia o espaço que tinha. E foi assim que Reinaldo ganhou dividida no meio-campo. Rodrigo Nestor capricha no cruzamento que encontra Luciano para empatar o jogo. 1 a 1.

A partida estava controlada. Com o time paulista começando a se impor. Passando a atuar com mais consciência, compacto, fechando os espaços. Até que Igor Gomes, que já tinha cartão amarelo, resolveu dar uma entrada violenta, sem justificativa, porque Edson Fernando estava no meio-campo. Com cobertura da defesa.

Shaylon comemora o gol contra o seu ex-clube. Liberdade pelo Atlético ter um jogador a mais
Shaylon comemora o gol contra o seu ex-clube. Liberdade pelo Atlético ter um jogador a mais

Expulsão irresponsável aos 39 minutos do primeiro tempo, vale a pena repetir. 

O jogador tem de ser cobrado pela total falta de noção.

Ele sabotou o time.

O São Paulo passava a ter inferioridade numérica.

Eduardo Baptista mandou seu time atuar aberto pelas laterais, para enfrentar a possível retranca. Mas Ceni apostou alto e perdeu. Ele tentou deixar seu time jogando como se tivesse os mesmos 11 do Atlético.

Só que não tinha e abria espaço para contragolpes em velocidade, com prioridade pelo setor direito. Foi assim que, aos 10 minutos, o Atlético marcou 2 a 1.

Na falha bizarra de Jandrei. O cruzamento de Marlon Freitas passou pelo goleiro, que parecia um juvenil, e Shaylon não perdoou o ex-clube. 2 a 1.

Com um jogador a menos e perdendo o jogo, Ceni seguiu pedindo a seu time que atacasse. E adiantou as linhas. 

Em um contragolpe previsível, Léo Pereira marcou 3 a 1, aos 32 minutos.

Sorte do São Paulo que o Atlético Goianiense não forçou.

Porque poderia ter sofrido uma goleada que acabaria com a semifinal.

Mas, apesar dos dois gols de vantagem, o São Paulo ainda pode sonhar em reverter o placar, na próxima quinta-feira, no Maracanã.

O elenco de Eduardo Baptista é muito inferior.

Basta que jogadores de Ceni não sabotem o time.

Como fizeram Igor Gomes e Jandrei...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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