Fracassos do Corinthians espantam patrocinadores. Loss ameaçado
A proteção oferecida por Andrés não tem sido suficiente. A rejeição ao substituto de Carille só aumenta. Como a insegurança dos jogadores
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
As vaias, os palavrões, os olhares atravessado de conselheiros.
O clima não está nada bom para Osmar Loss.
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A derrota para os reservas do Grêmio, no Itaquerão, sábado à noite, segue tendo consequências no Parque São Jorge. O presidente Andrés Sanchez e seu diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg, estão buscando de maneira insana um patrocinador master para a camisa corintiana.
Já são 16 meses sem, desde que a Caixa Econômica Federal não quis pagar mais R$ 30 milhões. Buscou a redução para R$ 25 milhões por anos. A proposta foi rejeitada. O Corinthians desperdiçou no mínimo R$ 50 milhões, se tivesse aceito a oferta, em abril de 2017. Os contatos do seu departamento de marketing fracassaram.
O fraquíssimo desempenho do time tem assustado Andrés e Rosenberg. O desmanche do time campeão brasileiro de 2017, não tem servido de desculpas. Nas conversas com possíveis investidores, não bastasse o imbróglio do Itaquerão, há a falta de uma equipe competitiva.
E que corre sérios riscos de novos fracassos.
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Precisa vencer o Colo Colo para sobreviver na Libertadores.
Terá pela frente o Flamengo na semifinal da Copa do Brasil.
E não passa do sétimo colocado no Brasileiro.
Ao final do primeiro turno, está a 15 pontos de distância do líder e rival São Paulo. A 'sorte' de Osmar Loss é que o Corinthians tem dois jogos fracos em seguida, e a obrigação de vitórias é assumida. O Fluminense no Rio e o Paraná no Itaquerão.
Loss sabe que estas partidas devem servir de trampolim para a decisão contra o Colo Colo, no dia 29. O treinador precisa reverter o clima de pessimismo, de insegurança que domina os vestiários corintianos.
"Ruim, perna de pau, estou me sentindo assim. Estou p... comigo mesmo, mas tenho que ter paciência, quando eu cheguei eu sabia que seria assim. "Se não ganhar do Flamengo estamos f... mesmo. No jogo de ontem (contra o Grêmio) errei um passe lá que p... que pariu. É coisa que quando a fase está ruim, aumenta muito.
"Não estou no meu peso ideal não, mas vou chegar. Em um ou dois jogos eu chego."
Estes desabafos de Jonathas nas suas redes sociais só demonstraram a insegurança que domina os jogadores corintianos. Inexperiente, Loss não está conseguindo conter a falta de confiança que se espalha nos vestiários corintianos.
E já chegou aos ouvidos dos dirigentes, dos conselheiros.
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Para Andrés Sanchez, que não se esforçou para segurar Fábio Carille, havia a certeza de que Loss poderia assumir a equipe sem prejuízo. Sem obrigação de conquistas porque o Brasileiro do ano passado ainda é muito recente.
E que o novo técnico poderia trabalhar mesmo com o desmanche, a saída de Balbuena, Rodriguinho, Maycon, Sidcley e agora Marquinhos Gabriel.
Formar uma equpe para 2019.
Só que a pressão está enorme.
Não há paciência.
Andrés não domina as organizadas como no passado.
Nem os conselheiros.
Já há um movimento de insatisfação.
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Todos sabem que as contas do Itaquerão sabotam o trabalho.
Andrés quer que Loss repita Carille.
Mas muito mais pressionado, sem tanta vivência.
A personalidade do novo treinador é menos sutil do que o ex-treinador.
As conversas reservadas são raras.
Losso prefere falar em grupo.
O resultado não tem sido bom.
As comparações são inevitáveis.
Com o prejuízo para o atual técnico, que tem um time pior que o antecessor.
Andrés segue prometendo dar guarida a Loss.
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De maneira prática, o que exige é uma vaga na Libertadores de 2019.
Mas se o time fracassar na Libertadores e na Copa do Brasil, não será fácil.
Há muito descontentamento com o trabalho de Loss.
Conselheiros e dirigentes não querem saber se o time é fraco.
O desempenho corintiano está cada vez mais fraco.
E os jogadores, mostrando sua insegurança, a cada jogo.
Lógico, eventuais patrocinadores ficam desestimulados.
Por que colocar milhões em uma equipe com tantos problemas?
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