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Cosme Rímoli - Blogs

Estêvão, o ‘novo rei’. ‘Melhor jogador do Brasil desde Neymar.’ Espanha elogia e pressiona. Vendido ‘barato’ ao Chelsea. Por pressão do empresário

Os elogios são cada vez maiores na Europa. Chelsea pagou ‘apenas’ R$ 364 milhões, R$ 36 milhões a menos do que por Endrick. Empresários acreditam que a venda foi ‘muito baixa’. Mas o empresário André Cury exigiu multa reduzida ao Palmeiras

Cosme Rímoli|Do R7

Estêvão ganha cada vez mais elogios na Europa. Muito mais do que Endrick em 2023 Cesar Greco/Palmeiras

“O Brasil se prepara para coroar seu novo ‘Rei’.

“Estêvão Willian Almeida de Oliveira Gonçalves (Franca, 2007) .

“O ‘Messinho’, como é apelidado pela devoção a Messi, superou todos os recordes de precocidade de Neymar, Vinicius, Rodrygo, Ronaldo, Endrick.”

O jornal esportivo de Madrid, Marca, fez uma matéria mais do que elogiosa a Estêvão.


Fez questão de classificá-lo como ‘novo Rei’, sim, com letra maiúscula.

Tirando todo o exagero, há não só na Espanha, como na Europa, enorme expectativa pelo jogador de 17 anos.


Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, ele precisa ser considerado adolescente.

Muito maior do que foi, em 2023, com Endrick.


Por um motivo muito simples, além do talento, Estêvão é muito mais versátil do que seu ex-companheiro do Palmeiras.

Capaz de dribles e arrancadas por todos os lados do campo.

Dá muito mais espetáculo e tem se mostrado mais decisivo.

Como foi destacado pelo jornal, foi o primeiro atleta sub-18 a participar de 20 gols do seu time, na mesma temporada do Brasileiro.

Sua venda é criticada por empresários especialistas em negociações com o exterior.

A negociação com o Chelsea chegou a R$ 364 milhões.

A de Endrick envolve o montante de R$ 400 milhões.

A explicação é simples e está ligada ao empresário André Cury.

Ao tirar o jogador do Cruzeiro, onde já se mostrava diferenciado, a ponto de ter o apelido de Messinho, ele fez uma exigência ao Palmeiras.

Que ele tivesse uma multa ‘baixa’.

Cury não queria perder tempo em vender o atleta à Europa, por direito à sua porcentagem na negociação.

E também é costume o empresário receber parte dos salários do atleta.

Tudo foi acertado no primeiro contrato profissional, quando o atacante completou 16 anos.

Daí a venda fechada rapidamente com o Chelsea.

O que, outra vez, é considerado outro erro na gerência da carreira do atacante.

O Barcelona e o PSG estavam muito interessados.

Mas ofereciam menos do que os R$ 364 milhões do clube inglês.

Tudo foi acertado em maio e anunciado em junho.

Bastava esperar alguns meses e — há a certeza, desses observadores — o dinheiro seria ‘muito maior’.

Com a possibilidade de atuar em um futebol muito mais fácil para adaptação na Europa.

O espanhol ou o francês.

Endrick e Estêvão seguem sendo parceiros, trocando mensagens. Mas a comparação, por parte da imprensa, é inevitável Cesar Greco/Palmeiras

Daí os agentes apontarem precipitação de Cury e do Palmeiras.

O plano de Abel Ferreira era repetir o que fez com Endrick, segurá-lo.

Colocá-lo entre os profissionais ‘bem aos poucos’.

Até por ser muito mais franzino do que o atacante agora do Real Madrid.

Só que foi impossível.

Estêvão se impôs.

Se tornou não só titular, mas imprescindível ao Palmeiras.

Situação que passou longe de Endrick.

O assédio ficou à beira do insuportável.

E o clube só libera o atleta para raríssimas exclusivas.

Abel já disse que teve muita facilidade para acalmar o ego de Estêvão.

Encontrou um garoto de 17 anos de gênio muito mais obediente, dócil.

Aberto, de verdade, a ouvir conselhos sobre a carreira.

E que deu a resposta não em palavras, postagens, mas dentro do campo.

Nos treinos e nos jogos.

O português tem conversado muito só com Estêvão.

Para que ele não se deslumbre com tantos elogios.

A receptividade para os conselhos, orientações tem sido excelente.

Dorival Júnior também está impressionado com o enorme talento do palmeirense.

O técnico se mostra disposto a dar sequência nas convocações do jogador.

Também ao contrário de Endrick, ele não se mostra tenso, afobado, nos treinos, nos jogos.

Pelo contrário, a confiança está chegando muito rapidamente.

As conversas particulares também já aconteceram.

E o treinador da Seleção se encantou com a postura serena, humilde, do atacante.

Tem a convicção que não se deixará levar pelos elogios.

A tradicional revista Placar fez questão de colocar o atacante como destaque. Na capa da publicação Reprodução/Placar

Tanto Abel como Dorival têm certeza de que têm nas mãos um jogador muito acima do normal.

A direção do Chelsea queria que Estêvão fosse para a Inglaterra logo em abril de 2025, quando completará 18 anos.

Só que o Palmeiras exigiu.

Ele ficará no Brasil e disputará o Mundial de Clubes, entre junho e julho.

Depois, seguirá para a Inglaterra.

Buscando seguir a profecia do jornal Marca.

Que será o mais talentoso jogador brasileiro depois de Neymar.

Sem o exagero de ‘novo Rei’.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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