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Consciente, vibrante e sem risco: Brasil na semifinal da Olimpíada

A seleção precisou conter a ansiedade para derrotar o Egito. Muito organizada e forte fisicamente. Matheus Cunha marcou o único gol. A semifinal é contra o México

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O Brasil celebra. Ganhou do bem montado Egito. Está na semifinal da Olimpíada
O Brasil celebra. Ganhou do bem montado Egito. Está na semifinal da Olimpíada O Brasil celebra. Ganhou do bem montado Egito. Está na semifinal da Olimpíada

São Paulo, Brasil

Foi a mais consciente partida da seleção brasileira na Olimpíada. Não deu a menor chance para o muito bem organizado Egito. André Jardine colocou seu time para pressionar, com muita intensidade, mas sem espaço para contragolpes.

E conseguiu sua vaga à semifinal.

Terá pela frente o perigoso México, que derrotou a Coréia do Sul por 6 a 3.

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"Podíamos ter feito mais um gol. Mas não existe jogo fácil. As equipes evoluíram muito, criam dificuldades, mas em nenhum momento perdemos o controle.

"Tivemos chances para fazer mais gols e o placar acabou sendo injusto pelas chances que criamos", disse, tranquilo, o capitão da Seleção, Daniel Alves, exagerando um pouco.

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Só nos minutos finais, que o Egito, de forma desorganizada e apenas na vontade, passou a atacar. Da maneira mais óbvia, levantando bolas para a área da Seleção. A zaga brasileira, que tem esse defeito nas bolas áreas, se mostrou firme.

É a oitava vez na história dos Jogos Olímpicos que o Brasil chega entre os quatro melhores.

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A vitória foi absolutamente justa.

E sem risco.

O goleiro Santos não teve de fazer uma única defesa importante.

O Brasil venceu por 1 a 0, gol de Matheus Cunha, aos 36 minutos do primeirto tempo. Claudinho descobriu Richarlison na esquerda, que serviu o ótimo atacante do Herta Berlim. E bateu consciente, longe do goleiro El Shenawy.

Richarlison, destaque da Seleção, foi sacrificado. Acabou deslocado para a esquerda, para que Matheus Cunha tivesse mais espaço pelo meio. Foi uma decisão correta e surpreendente. Acabou atraindo a marcação egípcia. 

Foi também uma partida de muita paciência. Porque o técnico egípcio Shawky Gharib tratou de montar sua equipe no 5-4-1. Com cinco zagueiros que não saíam da defesa de jeito algum e com meio-campistas de forte marcação e velocidade, o Egito queria tirar o espaço, o oxigênio do time brasileiro.

Matheus Cunha foi muito marcado, como todo o time brasileiro. Mostrou personalidade
Matheus Cunha foi muito marcado, como todo o time brasileiro. Mostrou personalidade Matheus Cunha foi muito marcado, como todo o time brasileiro. Mostrou personalidade

Mas André Jardine sabia o que aconteceria. E comprou a briga. Sabia que possuía jogadores muito mais técnicos. E o Brasil, desde os primeiros minutos aceitou a posse de bola, e foi tratando de imprensar os egípcios, brigando para finalizar. 

A grande preocupação era não se deixar dominar pela ansiedade. Se afobar, querendo marcar de qualquer maneira e abrindo espaço para os contragolpes. Por isso, Jardine segurou principalmente Arana. O explosivo lateral esquerdo ficou mais defendendo do que o normal. Para evitar surpresa e também deixar o corredor esquerdo aberto para Richarlison.

O melhor jogador da Seleção, flutuando no ataque, acabou sendo sacrificado como acontece na Seleção principal. Seu potencial foi diminuído, e muito, atuando só pela esquerda. Mas ele atraía El Eraki, Osama Galal e Akram Tawfik: lateral, zagueiro pela direita e volante egípcios, o que era excelente para Matheus Cunha, que teve mais espaço na retranca africana.

Richarlison foi o grande sacrificado no sistema de jogo montado por Jardine. Ponta esquerda
Richarlison foi o grande sacrificado no sistema de jogo montado por Jardine. Ponta esquerda Richarlison foi o grande sacrificado no sistema de jogo montado por Jardine. Ponta esquerda

Douglas Luiz e Bruno Guimarães ficaram com a missão de travar a intermediária brasileira, para os contragolpes. Mas, aos poucos, perceberam que o Egito não iria sair das suas últimas linhas. E passaram a ajudar o time a trocar passes em frente à area adversária. 

O cerebral Claudinho, no entanto, não conseguiu ser tão eficiente. Estava no setor mais congestionado, a intermediária egípcia. E faltou movimentação, buscar as laterais do campo.

Era um jogo que tanto egípcios como brasileiros sabiam. Se o time de Jardine saísse na frente no placar, estaria encaminhada a vitória.

E aos 38 minutos, Claudinho deu seu passe mais consciente. Richarlison foi ágil, veloz e generoso. Com um drible ele rasgou a defesa do Egito. E serviu Matheus Cunha que vinha de frente para o gol. Ele bateu com convicção, sem chance para El Shenawy. 

1 a 0. 

Nem perdendo o jogo, o Egito se abriu. Sabia do risco que corria. No segundo tempo, a equipe cansou, por tanta intensidade na marcação. E ofereceu chances ao Brasil. Mas El Shenawy mostrou porque é goleiro também da Seleção principal do Egito. Com saídas precisas e muito reflexo impediu outros gols brasileiros, saindo aos pés de Richarlison, Arana, Matheus Cunha, Paulinho.

A festa e a confiança. De um time que jamais disputou qualquer competição junto
A festa e a confiança. De um time que jamais disputou qualquer competição junto A festa e a confiança. De um time que jamais disputou qualquer competição junto

A preocupação com que o Brasil saiu do jogo foi a contusão muscular na coxa direita de Matheus Cunha. Ele já começou tratamento intensivo para tentar jogar a semifinal na terça-feira.

O time de Jardine ganhou não só o jogo hoje.

Mas uma dose importante de confiança.

Festa no vestiário. As vitórias fortalecem a amizade do time fora de campo
Festa no vestiário. As vitórias fortalecem a amizade do time fora de campo Festa no vestiário. As vitórias fortalecem a amizade do time fora de campo

A equipe está sendo montada durante a Olimpíada.

Jamais tinha atuado junta em uma competição.

O entrosamento chega na melhor hora...

Brasil supera retranca do Egito e vai às semifinais dos Jogos. Veja fotos

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