Como Abel Ferreira pediu. Palmeiras não vai abrir mão de Dudu. Jogador está ganhando o 'braço de ferro' e deverá ficar até 2026
Aos 30 anos, recém-casado, Dudu, mesmo com contrato até o final de 2023, insiste em renovação antecipada até 2026, com aumento. Leila resistiu, mas entendeu que o melhor para o Palmeiras é manter o atacante
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Doha, Catar
O melhor contrato da carreira.
Ou pedir para o Palmeiras vendê-lo.
Simples assim, sem nenhum rancor, briga ou motivo especial.
Aos 30 anos, recém-casado, o atacante sabe que tem mercado internacional e que seu contrato vai até o final de 2023.
Só que para ele é simples.
Deseja a valorização agora, recebendo o que ganharia de um outro clube grande que o contrataria. Só que ficando no próprio Palmeiras até 2025. Com a renovação automática até 2026, dependendo dos jogos em que atue como titular.
Quem conhece Dudu sabe como sua personalidade é forte.
Se o Palmeiras não quiser a antecipação de renovação, ele deixou claro à presidente Leila Pereira que vai embora, sem mágoa. O que ele quer é a valorização profissional. Na sua maneira de entender, a "hora é essa".
Dudu sabe, por tudo que vem ganhando no Palmeiras, nos últimos anos, está muito valorizado entre os empresários que negociam atletas para o Exterior.
Estados Unidos, Turquia e Mundo Árabe são opções importantes.
Até mesmo no Brasil, Flamengo e Atlético Mineiro gostariam de contar com o jogador.
São oito títulos no clube, recorde neste século.
Abel Ferreira considera o atleta fundamental no time que terá como meta vencer a Libertadores, de novo, no próximo ano.
Leila Pereira é executiva, presidente da Crefisa e da Faculdade das Américas.
Entende perfeitamente a situação sem saída em que se encontra.
Mesmo tendo o jogador por mais um ano de contrato, terá de ceder.
Pagar a ele o que receberia se o comprasse, mesmo já pertencendo ao Palmeiras.
Simples assim.
Porque descobriu que no futebol não é apenas o contrato assinado que pesa.
E sim a vontade do jogador ainda se mostra soberana.
Dudu está irredutível.
Há pelo menos três meses vem falando com o executivo Anderson Barros.
O desejo é ganhar, pelo menos, 500 mil dólares por mês.
São R$ 2,7 milhões.
Leila já entendeu que jogadores importantes recebem muito mais do que altos executivos de empresas brasileiras, que se contentam com R$ 200 mil.
A dirigente sabe da importância de Dudu.
Mesmo na festa de conquista do Brasileiro de 2022, os dois se cumprimentaram, festejaram. Mas o clima de tensão foi percebido por convidados.
Dudu não abre mão da renovação antecipada ou vai sair.
Leila tentou buscar soluções para evitar, mas não há o que que fazer.
Abel Ferreira não quer a negociação do jogador.
E Dudu foi direto.
Sabe que é ídolo no Palmeiras, mas procuraria outra equipe para seguir a carreira.
Tem plena noção de que seu último grande contrato é agora, com 30 anos.
Depois, a tendência é receber bem menos.
Raphael Veiga já antecipou a renovação do contrato que terminaria em 2024.
Passará a 2026.
Rony, a mesma coisa.
Situações que estimularam ainda mais Dudu.
Seu empresário, André Cury acredita que a semana deva ser decisiva.
O dinheiro está acertado.
O impasse é quanto à porcentagem de partidas que Dudu tem de disputar como titular em 2025 para renovar para 2026. O Palmeiras quer 50%, o empresário do jogador insistia em 15%. Já chegou a 30% dos jogos. Mas Leila quer uma porcentagem maior. A transação pode ser fechada em 40%.
Depois de muita negociação, a situação caminha para um desfecho.
E, se nada de excepcional acontecer, Dudu seguirá no Palmeiras.
Muito mais feliz.
Com o "último" grande contrato na carreira que tanto queria...
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