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Borja: armadilha de R$ 44 milhões. Cinco vezes mais caro que Valdivia

O jogador mais caro da história palmeirense, ficará R$ 11 milhões mais caro a partir de meia-noite de hoje. Borja foi uma precipitação cara demais

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

R$ 44 milhões. 13,5 milhões de dólares. Expectativa frustrada por Borja
R$ 44 milhões. 13,5 milhões de dólares. Expectativa frustrada por Borja R$ 44 milhões. 13,5 milhões de dólares. Expectativa frustrada por Borja

São Paulo, Brasil

A diretoria do Atletico Nacional se assanha quando recebe ligações de representantes do Palmeiras.

Depois de receber R$ 9,7 milhões pelo venezuelano Guerra, o clube fez a sua melhor transação desde a sua fundação, no dia 7 de março de 1947.

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A venda de Miguel Borja.

Dirigentes e jornalistas colombianos ficaram entusiasmados e surpresos com o desempenho fulminante do atacante nas fases decisivas da Libertadores da América de 2016.

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Ele igualou o recorde que era de Pelé na competição.

Marcou cinco gols seguidos. Quatro na semifinal e um na final, contra o Independiente del Valle.

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Mas foram os quatros gols da semifinal que mudaram sua vida.

Foram dois em Medellin e dois em pleno estádio do Morumbi. Contra o arquirival do Palmeiras, o São Paulo.

Mauricio Galiotte recebeu a notícia do executivo Alexandre Mattos que o Atlético Nacional queria fazer dinheiro com o jogador.

O presidente, a diretoria, patrocinadores, conselheiros e torcedores ficaram alucinados com a possibilidade de contratação.

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Empresários do atleta negociavam com o futebol chinês. De personalidade forte, Borja avisou que não queria ir. Seu sonho era voltar para a Europa, onde havia fracassado, depois de uma passagem relâmpago no Livorno, em 2013. Entrou em oito partidas e não marcou um gol sequer.

O Palmeiras é visto na Colômbia como um gigantesco trampolim para o Velho Continente. Não era segredo que, em 2016, ele chegou a São Paulo para ganhar experiência, confiança para jogar no Barcelona, em 2018.

O clube brasileiro já havia comprado Guerra, grande parceiro do atacante.

E Borja se convenceu que São Paulo seria o atalho para a Europa.

Virou, com gosto, as costas para a China.

Quatro gols contra o São Paulo que induziram a aposta caríssima
Quatro gols contra o São Paulo que induziram a aposta caríssima Quatro gols contra o São Paulo que induziram a aposta caríssima

Os dirigentes do Atlético Nacional perceberam o quanto os representantes palmeirenses salivavam de ansiedade pelo atleta.

E fizeram uma proposta indecente.

Pediram 10,5 milhões de dólares, cerca de R$ 33 milhões, em fevereiro de 2017. E deixaram claro. Se o clube brasileiro não vendesse o atleta até dois anos e meio depois, no dia 17 de agosto de 2019, teria direito a mais 3 milhões de dólares, R$ 11 milhões.

Seu preço final, 13,5 milhões de dólares.

Custo para o Palmeiras, R$ 44 milhões.

Galiotte e sua diretoria aceitaram sem pestanejar.

Tinham a certeza que, apesar de ter assinado contrato de cinco anos, ele deveria ser vendido logo após a Copa de 2018. Esse era o desejo, sonho, esperança.

Só que a adaptação de Borja foi péssima.

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Jogador muito fechado, tenso, irritadiço quando as coisas não dão certo. Para piorar, os treinadores palmeirenses, Eduardo Baptista, Roger, Cuca e Felipão, exigiram dele o que não sabe fazer, não foi preparado para desempenhar.

Trabalho de pivô, de movimentação pelos lados do campo, habilidade para tabelar, infiltrar.

Ou seja, o que o futebol moderno exige de um atacante moderno. Como aconteceu no pequeno Livorno.

Só que Borja é um jogador de definição, que sobrevive de sobras dentro da área. Artilheiro com as características dos anos 60. Que fica fixo nos últimos 30 metros do seu time, esperando um passe milimétrico dos meias, um cruzamento perfeito dos laterais. Sempre preparado para dividir a bola com os zagueiros.

Não tem refinamento, velocidade, talento com a bola dominada.

É um jogador do último toque, o homem que empurra a bola para as redes.

"Miguel é um ariete (uma arma de guerra da Idade Média). Ele rompe as defesas adversárias. Esse é o seu trabalho específico. E onde mais funciona", já ensinou o treinador Reinaldo Rueda, que conseguiu o melhor desempenho de Borja.

Borja, utilizado como 'ariete' foi o grande destaque na Libertadores de 2016
Borja, utilizado como 'ariete' foi o grande destaque na Libertadores de 2016 Borja, utilizado como 'ariete' foi o grande destaque na Libertadores de 2016

Algo que ficou distante no Palmeiras.

Ele tem contrato de cinco anos.

Ficará até 2022.

O trampolim que o levaria para a Europa travou. O atrapalhou, inclusive, na Seleção Colombiana. Reserva na Copa do Mundo da Rússia, lógico que não se valorizou. Encostado no Palmeiras, não foi chamado nem para os suplentes na Copa América.

Seu pífio desempenho fez o limitado Deyverson titular. E obrigou o clube a investir na busca de atacantes de área. Vieram Arthur Cabral, Henrique Dourado e Luiz Adriano.

A diretoria palmeirense tenta vender Borja há três janelas consecutivas. Mas não consegue. 

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Assim, o dinheiro já está separado.

Gastando R$ 33 milhões, o colombiano já era o mais caro contratado da história do Palmeiras.

A partir de amanhã, ele chegará à espantosa quantia de R$ 44 milhões.

Com o polêmico Valdivia, o clube gastou R$ 8 milhões para tirá-lo do Colo Colo. E depois mais R$ 16 milhões do Al Ain.

Total, R$ 24 milhões.

Só que o havia vendido por R$ 16 milhões ao próprio clube dos Emirados Árabes.

A multa rescisória de Borja é de 60 milhões de euros, cerca de R$ 268 milhões.

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O jogador recebe 85 mil dólares, cerca de R$ 342 mil mensais. Mais bônus por artilharia e títulos.

Agentes e empresários que negociam com Alexandre Mattos oferecem o atleta para clubes europeus, árabes e chineses. 

Mas não há interesse em um reserva que, eventualmente, tem começado alguns jogos na Libertadores.

Felipão tenta recuperar Borja. Mas quis Luiz Adriano e Dourado
Felipão tenta recuperar Borja. Mas quis Luiz Adriano e Dourado Felipão tenta recuperar Borja. Mas quis Luiz Adriano e Dourado

O Palmeiras mantém a esperança de negociá-lo.

R$ 25 milhões amenizaria o prejuízo.

Só que não acredita na venda.

Trabalha de forma realista.

Os R$ 11 milhões a mais já estão reservados.

Os cofres do Atlético Nacional serão reforçados...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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