Abel até 2027. Busca do Mundial, título que falta. R$ 300 milhões de patrocínio. Adeus Crefisa. Estrelas? Só da base. Leila reeleita no Palmeiras
Leila Pereira se impôs, com facilidade, para mais três anos como presidente. Venceu a eleição por 2.295 contra 858 votos de Savério Orlandi, que nunca teve chance. Ela domina politicamente o clube desde 2017, quando foi eleita conselheira. Os planos estão traçados
Cosme Rímoli|Do R7
Buscar o último título que falta: o Mundial de Clubes.
Esta é a principal meta, para entrar de vez na história do Palmeiras, como presidente.
Neste domingo, sem susto, Leila Pereira venceu a previsível reeleição.
Terá mais três anos como principal mandatária.
O conselheiro Savério Orlandi sabia que não teria chance.
Mas a oposição quis marcar presença, mostrar que o clube não está todo submetido à dirigente.
Foram 2.295 votos contra 858.
Leila reforçará o Palmeiras para 2025 com pelo menos quatro contratações, garante.
“Mas nenhuma delas será estrela. Nós formamos as estrelas, como o Endrick e o Estêvão.”
Sua última decepção foi com Gabigol que, no entender dela, estava usando o Palmeiras para se valorizar, fazer leilão dos seus direitos.
Daí a desistência.
Os reforços que chegarão são atletas de potencial reconhecido, mas não estrelas midiáticas.
Jogadores importantes do Palmeiras não serão negociados, jura a dirigente.
Pelo menos até o final de julho.
A prioridade absoluta do próximo ano será o Mundial de Clube.
Até o final de 2027, o único título inédito será perseguido.
A presidente tem certeza que conseguirá convencer Abel Ferreira a ficar até o fim de 2027, quando ela irá embora.
Ela não confia em mais ninguém comandando o futebol palmeirense.
O treinador não descarta essa possibilidade.
Muito pelo contrário.
De maneira discreta, foi cabo eleitoral de Leila.
Não cansando de falar bem da presidente.
Desde que ela e seu marido, o bilionário José Roberto Lamacchia, começaram a patrocinar o clube, em 2015, o Palmeiras venceu 14 títulos.
A marca Crefisa ganhou também enorme visibilidade constante, estampada no peito do time mais vencedor do país.
Ela é uma das dirigentes que mais conquistou títulos no Palestra Itália.
Venceu dois Brasileiros, 2022 e 2023. Tricampeonato paulista, 2022, 2023 e 2024, Recopa Sul-Americana (2022) e Supercopa do Brasil (2023).
No feminino, a Libertadores de 2022 e dois Paulistas, 2022 e 2024.
Na base foram 23 conquistas. Entre elas, o final do tabu, com o bicampeonato da Copa São Paulo de Futebol.
E ainda a equipe masculina lidera o Brasileiro.
“Eu consegui que o Palmeiras fosse gerido como uma empresa. Buscando ficar cada vez mais forte financeiramente. Mas sem esquecer que a prioridade é a parte esportiva, buscar os títulos. Além de se modernizar como clube.”
A projeção é que o balanço financeiro mostre arrecadação de mais de um bilhão de reais, recorde absoluto na história do clube.
A dirigente já havia avisado e um dos seus primeiros atos, depois da posse de mais três anos de mandato, será anunciar que a sua empresa, Crefisa, deixará de patrocinar o clube.
Leila acredita que, quando o Palmeiras precisou de apoio financeiro, sua empresa ajudou.
Por todo seu segundo mandato, sem direito à reeleição, ela quer outro patrocinador forte.
E já tem tudo adiantado com a casa de apostas Sportingbet.
As negociações estão fechadas.
Começando em 2025 e indo até dezembro de 2027.
Os valores são de R$ 100 milhões fixos anuais pelo patrocínio máster.
Mais bônus pela conquista de títulos, que podem chegar até mais R$ 50 milhões por ano.
Leila Pereira também vai dar mais atenção ao time feminino, que passará a jogar em Barueri.
A Crefisa adquiriu o controle do estádio até 2058.
A carioca de Cambuci sabe que já fez história no futebol brasileiro.
Mas garante querer muito mais.
Há dirigentes de clubes que a querem como presidente da CBF.
“Vivo o agora. E hoje, não me interessa. Penso apenas no Palmeiras.
“Mas não sei o que virá no futuro”, diz, enigmática.
Se pode esperar tudo de Leila Mejdalani Pereira...
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