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A 11 dias de completar 74 anos, Felipão dá o 'cala a boca' naqueles que ainda cobram o 7 a 1. Pronto para estragar a festa do Flamengo

O treinador brasileiro mais velho a chegar à decisão da Libertadores quer surpreender o favorito e bilionário elenco do Flamengo. Será a quarta final da Libertadores que disputa, pelo terceiro time. Algo inédito

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Felipão foi além do que todos imaginavam. Quarta final de Libertadores. Pronto para surpreender
Felipão foi além do que todos imaginavam. Quarta final de Libertadores. Pronto para surpreender Felipão foi além do que todos imaginavam. Quarta final de Libertadores. Pronto para surpreender

São Paulo, Brasil

Não é só o "mundo do futebol" que está chocado.

Jamais ele imaginou que, a 11 dias de completar 74 anos, estaria disputando a sua quarta final de Libertadores da América.

Luiz Felipe Scolari disfarça, mas está entusiasmado.

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O treinador ouve cada vez menos referência à maior derrota do futebol brasileiro em todos os tempos.

O 7 a 1 para a Alemanha, no Mineirão, na semifinal da Copa do Mundo.

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Só as pessoas próximas a ele sabem o quanto sofreu.

Além da humilhação, por ver seus familiares arrasados.

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Ele tinha 65 anos na época.

E jurou que daria a "volta por cima".

Afinal, foi como o personagem Felipão, treinador ortodoxo, comandante firme, vibrante, intransigente, que conseguiu fazer o Brasil vencedor da Copa do Mundo em 2002.

"Criando" a "família Scolari", baseada no princípio básico filosófico de "todos contra nós", principalmente a imprensa, que tanto fustigou o time nas Eliminatórias da Copa do Japão e da Coreia.

Não foi por acaso que Felipão chegou a dar um soco no rosto do jornalista Gilvan Ribeiro, quando comandava o Palmeiras. Gilvan ousou questionar aos gritos uma resposta do técnico, em relação a não deixar os torcedores acompanharem os treinos. O erro foi gritar cercado de jogadores. Scolari sentiu que perderia o comando do grupo se não reagisse. Daí o soco.

Eu acompanhei toda a deplorável cena, naquele 17 de abril de 1998. 

A vingança sempre moveu Felipão.

Depois do 7 a 1, passou pelo Grêmio, fracassou. Voltou ao Palmeiras, foi campeão brasileiro.

Título incrível, surpreendente.

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A formação tática palmeirense era básica, simples. De muita marcação, contragolpes velozes. E muita bola aérea. Parada ou cruzada.

A direção entendeu que o time não mudava a maneira de atuar e os adversários já sabiam como neutralizar o Palmeiras. E foi demitido em setembro de 2019.

Foi a peso de ouro para o Cruzeiro. O sonho era tirar o time da segunda divisão. Inteligente, Felipão avisou que estava assumindo para evitar a queda para a Série C. Não conseguiu o acesso. Não havia ainda os milhões de Ronaldo. Foi embora após matematicamente o Cruzeiro estar salvo. E seus salários passarem a atrasar.

Passou três meses no Grêmio, sendo demitido depois de 21 partidas, entre julho e outubro de 2021.

Em maio de 2022 assumiu o Athletico Paranaense. Era uma situação emergencial, já que o clube fracassava nas mãos de Fábio Carille.

Felipão aceitou ser treinador temporário, porque desejava assumir o cargo de coordenador de futebol.

Só que as vitórias foram se acumulando na Libertadores.

Ele sabe muito bem como montar equipes para mata-matas.

A força psicológica e a exigência física se impõem a esquemas tradicionais, que exigem muita vibração e intensidade dos times que comanda.

Felipão sabe como ler os pontos fortes dos adversários e travá-los.

Foi assim que surpreendeu em toda a Libertadores.

Principalmente na semifinal, ao despachar o favorito Palmeiras.

Felipão quer fazer história no sábado, na final da Libertadores.

Pode ser o seu penúltimo ato como treinador.

Se ganhar, comandaria o Athletico no Mundial de Clubes, título que perdeu com o Grêmio e com o Palmeiras.

Ele adora que o Flamengo seja o favorito no sábado.

"Não existe um favoritismo total. Se fosse em dois jogos, poderia ser diferente. Se soubermos nos comportar com qualidade e simplicidade, podemos complicar o jogo e sair com o título."

"Nós sabemos que o Flamengo tem capacidade e qualidade. Nós também temos desde que façamos aquilo que sempre fizemos na Libertadores. Vamos ver o que vamos fazer de mudanças e de estratégia de jogo para igualar. Na boa vontade e na simplicidade que a gente seja o vencedor."

A imprensa paranaense admite que jamais viu os jogadores athleticanos tão focados.

Felipão encontrou no veterano volante Fernandinho seu auxiliar técnico em campo. Ele é o grande responsável por dar o exemplo, estimular, cobrar, vibrar, orientar os companheiros nos jogos decisivos.

O técnico mais velho do futebol brasileiro a chegar a uma final de Libertadores está entusiasmado. Vibrante como nunca, provando que a alma não envelhece.

E quer uma resposta definitiva para quem insiste nos 7 a 1.

Desbancar o elenco bilionário do Flamengo e ficar com a Libertadores de 2022 seria uma façanha inesquecível.

Assim como foi a Libertadores conquistada pelo Grêmio sob seu comando. E a primeira do Palmeiras.

Felipão fez com que os jogadores se superassem.

E é o que pretende fazer daqui a dois dias.

Ganhar seu 28º título como treinador.

Calar a boca de vez de seus perseguidores.

Aos 73 anos e 11 meses, ele segue surpreendente.

Renascendo, indo além dos seus limites lógicos.

Este é Luiz Felipe Scolari.

Treinador finalista pela quarta vez da Libertadores da América.

Com o Club Athletico Paranaense...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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