O jogo entre Flamengo e Coritiba no Estádio Mané Garrincha, neste sábado (29), em Brasília, pela sexta rodada do campeonato nacional, será uma mostra de que o chamado "Padrão Fifa" não veio para ficar no futebol brasileiro. Torcedores têm enfrentado longas filas para comprar ingressos e, diferente do que acontece nos eventos da entidade máxima de futebol, não haverá lugares marcados na arena.
Palco da abertura da Copa das Confederações, em 15 de junho, o local teve ainda o gramado mais criticado do evento, tanto que deverá ser trocado para receber a Copa do Mundo de 2014.
O argumento de que as novas arenas iriam produzir uma mudança na forma de se frequentar os estádios esteve presente em diversas manifestações da Fifa e do governo brasileiro ao longo dos seis anos de preparação para o evento. A utilização de lugares marcados, como ocorre na Europa, foi apontada como uma das contribuições para melhorar o comportamento da torcida nos estádios, que agora não têm mais fossos, alambrados ou qualquer obstáculo para impedir invasões de campo.
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Assim como ocorreu na venda de ingressos para um dos eventos-teste do estádio antes da Copa das Confederações, longas filas se formaram nas bilheterias nesta quarta-feira para a compra de entradas para Flamengo x Coritiba, mesmo com a organização tendo dividido a venda em cinco pontos diferentes. Fila que deve aumentar porque os torcedores que compraram bilhetes pela internet só podem retirar a entrada a partir desta sexta.
O recorde alcançado em maio com a maior renda de um jogo de futebol entre clubes brasileiros - Flamengo e Santos, também pelo Brasileirão -, de R$ 6,9 milhões, não deverá se repetir dessa vez. Mandante da partida deste sábado, o clube carioca reduziu os preços à metade e ainda dará desconto cumulativo para quem for sócio-torcedor e usar a camisa do clube. Com isso, os preços vão de R$ 20,00 a R$ 200,00. Desta vez, o governo do Distrito Federal não ficará apenas com os R$ 4 mil de aluguel da arena - receberá 13% da arrecadação.
Atrair jogos de times de outros Estados é a estratégia do governo do Distrito Federal para evitar que o novo estádio de Brasília se transforme em um "elefante branco" - a região não tem nenhum clube nas duas primeiras divisões do campeonato nacional. A expectativa da administração é receber até 10 partidas do Brasileirão deste ano.