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Lição para o Brasil: Um ano após Eurocopa, Polônia se esforça para rentabilizar estádios

Dirigentes fazem o que podem para impedir o ônus de 'elefantes brancos' no país

Copa das Confederações 2013|

Estádios poloneses são alvo de dúvidas até no próprio país
Estádios poloneses são alvo de dúvidas até no próprio país Estádios poloneses são alvo de dúvidas até no próprio país

Enquanto no Brasil a população protesta, entre outros motivos, pelos gastos elevados com a organização da próxima Copa do Mundo, a Polônia se esforça para tentar tirar proveito dos quatro estádios construídos para a Eurocopa do ano passado, sem que nenhum deles seja rentável no momento.

O Estádio Nacional de Varsóvia representou um investimento de 1,6 bilhão de zloti (R$ 1,1 bilhão) e foi a sede mais cara da Euro-2012. Atualmente, o local é um bom exemplo de como as autoridades polonesas tiveram que usar a criatividade para que as instalações não sejam uma carga após o fim do torneio.

A manutenção do estádio tem um custo mensal de R$ 2,2 milhões, disse à Agência Efe a responsável de relações com a imprensa do espaço, Joanna Janowicz, que garante que o local vem se esforçando para ser útil, atrativo para a população e, claro, também rentável. Situação parecida vivem os estádios das outras três sedes polonesas da Euro: Gdansk, com um custo de perto de R$ 580 milhões, Wroclaw, mais de R$ 550 milhões e Poznan, que gastou R$ 535 apenas para reformar um estádio já existente.

Em janeiro deste ano, Varsóvia transferiu a gestão do Estádio Nacional à sociedade pública PL.2012+, com a finalidade de dar uma visão mais comercial às instalações. O plano de negócio, como acontece nas outras sedes da Eurocopa, se baseia em três pilares: transformar o estádio em sede de eventos esportivos, receber shows e eventos de massas e organizar visitas organizadas e atos sociais alugando camarotes. O objetivo é que o local seja ao final rentável e cubra custos para 2015, algo em que serão decisivas as conferências e eventos corporativos que forem atraídos a seus mais de 40 mil metros quadrados, ainda de acordo com Joanna.

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As visitas organizadas e guiadas são outro dos atrativos do Estádio Nacional. O espaço recebe 4.000 pessoas por dia que pagam ingressos que custam de R$ 3 a R$ 15 euros. As previsões da PL.2012+ indicam que o local fechará o ano com receitas de entre R$ 13 milhões e R$ 14 milhões. Para 2014, esse número, de acordo com Joanna, deve subir para R$ 24 milhões.

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Até agora, o mês mais rentável foi maio, graças, principalmente, a grandes eventos, como shows de Beyoncé e Paul McCartney, que em sua primeira apresentação na Polônia reuniu cerca de 30 mil espectadores. A mesma situação vivem as outras três sedes.

Os estádios de Gdansk e Wroclaw se viram como pode: o primeiro deles receberá um amistoso entre Barcelona e um time local no próximo dia 20, e o segundo passou a organizar visitas guiadas na última segunda-feira.

Todos estes estádios, inaugurados com atraso em relação à data prevista, são também exemplo da precipitação com que são finalizadas muitas das infraestruturas para a Eurocopa, pressa que em alguns casos provocou problemas posteriores, como os buracos surgidos no Estádio Municipal de Poznan após o torneio.

Também são vistos buracos em uma estrada aberta ao público um dia antes da abertura da Eurocopa, em Varsóvia. A via foi inaugurada sem estar pronta e até hoje não foi concluída.

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