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Silvio Lancellotti - Blogs

Valeu pelos 3 pontos, mas segue medíocre o futebol do 'Timão'

Mais de 70% de posse de bola, em casa, diante do frágil CSA de Alagoas, e no entanto um triunfo por 1 X 0 numa exibição de absoluta falta de criatividade

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Vagner Love, o gol da salvação, apenas aos 78' do cotejo
Vagner Love, o gol da salvação, apenas aos 78' do cotejo

Para o Corinthians, neste domingo, 14 de Julho, exatos 32 dias depois de a Copa América interferir no ritmo do Campeonato Brasileiro, não poderia haver um adversário mais conveniente, ou mais confortável, do que o Centro Sportivo Alagoano de Maceió, na intimidade o CSA. Na sua Arena ainda-sem-nome de Itaquera, com 12 pontos em 8 prélios, 3 vitórias e 3 derrotas, 7 tentos contra 5, ao “Mosqueteiro” bandeirante caberia hospedar um rival em situação precária, 9 jogos, 6 pontos, apenas um triunfo e 5 tombos, meros 3 gols registrados para 15 concedidos. Rival condenado a voltar à Série B.

Jorginho X Sócrates, triunfo do Corinthians, 2 X 1, em 1983
Jorginho X Sócrates, triunfo do Corinthians, 2 X 1, em 1983

Favoritismo absolutérrimo. Seria, afinal, a quinta peleja do “Timão” diante do “Azulão”. E, nas anteriores, tinha acumulado 4 sucessos, 15 tentos contra 4. Aliás, invicto integralmente diante de clubes das Alagoas. Em outros 8 duelos, todos contra o CRB, o Clube de Regatas Brasil, também de Maceió, ostentava 7 vitórias e uma igualdade, 17 gols a 5. Batesse o visitante deste domingo em Itaquera, o Corinthians subiria a 15 pontos com menos uma peleja a fazer. Uma peleja em seus domínios, diante do Goiás, curiosamente o único clube que o CSA superou no certame, e por 1 X 0. Ou, auspícios preciosos.

Onze dos estoicos fãs do CSA em Itaquera
Onze dos estoicos fãs do CSA em Itaquera

Diante de 34.238 espectadores, cerca de 400 os fãs do “Azulão”, numa Arena que já abrigou 46.090 (“Timão" 3 X 2 Palmeiras, Brasileiro, 5 de Novembro de 2017), o hospedeiro meramente cumpriu a sua obrigação, 1 X 0. Missão ingrata, aliás, a do “Mosqueteiro”, perfurar a muralha de atletas que Argel Fucks erigiu à frente da meta do elástico arqueiro Jordi do “Azulão”. Aos 41’, o alvinegro ainda não havia cometido uma infração sequer e já passavam dos 70% o seu predomínio e a sua posse de bola quando, cara-a-cara com Jordi, um tiro solitário de Júnior Urso, de 35 metros, se desviou num zagueiro e atingiu o poste direito do CSA. O placar da etapa inicial, um insosso 0 X 0.

A camisa Gil, o retornado, com o nome do pai
A camisa Gil, o retornado, com o nome do pai

Até acabarem os primeiros 45’ da porfia, de novidade, mesmo, o “Timão” só exibiu nas costas das suas camisas: ao invés dos nomes dos atletas, aqueles dos seus pais ou dos seus filhos. Na de número 26, por exemplo, Nelson, o progenitor do central Gil, que re-estreou no elenco depois de uma experiência na China. Então, na etapa derradeira, permaneceu triste, imutável, a mediocridade de ambas as equipes. Aos 60’, aflito, na sua lateral do gramado, Fábio Carille, o treinador do Corinthians, trocou o já cansado Ralf, um volante básico, por Régis, um meia mais ofensivo. E, aos 73’, substituiu o apagadíssimo Pedrinho pelo atacante argentino Mauro Boselli. Rumo ao bumba-meu-boi.


A celebração de Vágner Love, no Twitter do "Mosqueteiro"
A celebração de Vágner Love, no Twitter do "Mosqueteiro"

Funcionou, todavia, aos 78’. Depois de um irritante tiki-taka de toques laterais nas imediações da linha divisória do campo, a bola sobrou com Boselli que, numa canetada sutilíssima, por entre as pernas de Jean Cléber, enfiou a Vágner Love no flanco direito, já dentro da área do CSA. Love fulminou de destra, em diagonal, sem chance para o arqueiro, “Mosqueteiro” adiante, pela contagem mínima. De um salto, à oitava colocação na tabela e a um pulinho da quinta, só mais três pontos. Basta que sobrepuje o Goiás na sua partida adiada. Tudo bem, estatisticamente, fique claro. Porém, tudo ainda bastante horroroso na qualidade do futebol que o “Timão” hoje apresenta.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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