Uma visão infanto-juvenil da história dos Mundiais de Futebol
Obra do jornalista Wagner Ghizzoni Júnior, com ilustrações de Gabi Moraes, "O Almanaque Divertido das Copas", em 24 páginas recorda fatos, personagens, e ainda explica números e estatísticas
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
No comércio e na mídia, oportunidade não se desperdiça. Naturalíssimo, assim, que nas vésperas de uma Copa do Mundo proliferem as publicações e os “souvenirs” a seu respeito. Desafortunadamente, porém, em décadas que já acompanho, na profissão e na paixão, o super-evento do Futebol no universo, à exceção dos inexoráveis álbuns de figurinhas, não tinha deparado com uma obra destinada basicamente ao nicho singular do infanto-juvenil.
E eis que, de repente, recebo um envelope singelo, a mim enviado de Uberaba/MG, pelo jornal Replay, o qual, por favor me perdoem os seus responsáveis, sinceramente eu desconhecia. Singelo, explico, pelo volume, pelo aspecto, pois o conteúdo imediatamente me impactou: um livreto que o seu autor, Wagner Ghizzoni Júnior, intitulou de “O Almanaque Divertido das Copas do Mundo”. Um total de 24 páginas multicoloridas no formato horizontal de 20cm X 32cm, ilustrações de Gabi Moraes. Ele, um uberabense de 41 de idade, jornalista desde 2003, já responsável por três obras anteriores, assemelhadas. E ela, de Campos do Jordão/SP, 31 anos, uma especialista no nicho, já ganhadora de um Prêmio Jabuti por “Chove Chuva, Aprendendo com a Natureza: Sabedoria Popular".
Para os jejunos em Copas, o “Almanaque” de Wagner & Gabi desvenda todos os mistérios básicos da história da competição. Com textos curtos porém suficientes, relata desde episódios curiosos, como a briga por qual pelota se utilizar na primeira decisão, Uruguai 4 X 2 Argentina, em 1930, até a razão que obrigou o Brasil a se vestir de azul na final de 1958 diante do amarelo da Suécia. De forma direta, muito agradável pelo seu tom coloquial, espalha as informações essenciais sobre países-sede, participantes, as decisões, os seus vencedores, os artilheiros, os arqueiros menos vazados, os recordes, as curiosidades.
Ghizzoni coleciona dados desde a Copa da Alemanha de 2006, quando lançou a edição inicial do “Almanaque”. E, na parceria com Gabi, consumiu seis meses na elaboração desta versão atual. No trajeto, em conversas com gente da sua cidade, descobriu que Uberaba praticamente ignorava um episódio charmosíssimo: Álvaro Lopes Cançado, que lá nascera, apelidado Nariz, participou da Copa da França em 1938 como zagueiro e ainda como o doutor da seleção. Astro do Atlético/MG, do Fluminense e do Botafogo, ele ineditamente instalou, no clube da “Estrela Solitária”, um Departamento Médico. Orgulhoso, Ghizzoni clama, sem constrangimento: “Foi o Nariz o introdutor da Medicina Esportiva no Brasil”.
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