Todos os recordes da Juventus no Calcio da Velha Bota em 2018

Apesar da tarde/noite particularmente friorenta, apenas 5 graus de temperatura e 80% de umidade do ar, repleto o seu Allianz Stadium de 41.507 lugares, neste sábado, 22 de Dezembro, a Juventus de Turim suplantou a Roma por 1 X 0, consolidou a sua posição de liderança no Italiano de 2018/19, garantiu o título platônico de “Il Campione d’Inverno” e ainda abiscoitou uma série impressionante de recordes. Galopa celeremente a “Zebra” do Piemonte na busca do seu insólito oitavo “scudetto” consecutivo.

O triunfo, gol do croata Mario Mandzukic, numa equipe que ainda teve dois tentos anulados pelo VAR, foi o de número 16 em 17 partidas, um feito sem precedentes em 17 rodadas na história de um torneio que agora chega à sua edição 117, a 87ª em pelejas de todos contra todos e de turno e returno. Também, anteriormente, jamais uma agremiação havia subido ao patamar dos 49 pontos num total possível de 51. Curiosamente, o máximo pertencia à mesma “Velha Senhora” que, nas “stagioni” de 2005/06 e de 2013/2014, havia acumulado 46, três pontos menos que o absurdo de agora.

Mais uma circunstância igualmente estupenda: dentre as nações apelidadas de “Rainhas do Futebol da Europa”, a Juve se destaca com folga e tranquilidade. Na Inglaterra, o Liverpool ostenta 48 pontos – mas, em 18 rodadas. Na França, de campeonato basicamente sem adversários, em 17 porfias o PSG chegou aos 47. O Borussia Dortmund da Alemanha tem 42 pontos em 17 pugnas. Bem atrás, na Espanha, em 17 confrontos o Barcelona só acumulou, até agora, 34 pontos. Aliás, nesta mesma situação, no torneio de 2017/18, aquele do seu inédito hepta, a “Zebra” havia arrebanhado meros 41 pontos, um degrau atrás do Napoli, que dominava com 42.

Claro, na prática, não significa absolutamente nada esse galardão de “Campione d’Inverno” que iludiu o “Burro” da Terra da Pizza faz um ano, Simbolicamente, todavia, o laurel exerce um peso fascinante, meio místico. Desde a temporada de 2004/05, quando a Série A cresceu de 18 para 20 agremiações, em doze de catorze ocasiões o dono do título platônico acabaria por se consagrar, também, o detentor do “scudetto” respectivo. Doze de catorze. Bem infortunado o Napoli. Além da “stagione” mais recente, também tinha se dilacerado na temporada de 2015/2016, quando chegou a amealhar 41 pontos sobre 39 eno segundo turno sucumbiu pateticamente, 82 a 91.

Funcionarão tantas coincidências em favor da Juventus? Enquanto Mandzukic deixava a “Zebra” com 1 X 0 sobre a “Loba” da capital, graças ao gol do seu zagueiro Albiol o “Burro” replicava, 1 X 0 contra o SPAL. E se preservaram os 8 pontos que provinham desde a 13ª rodada, em 24/25 de Novembro. Uma folga que, na lógica, deverá crescer até o desfecho de fato do turno.

Nesta quarta, 26 de Dezembro, a “Senhora” visitará uma freguesa tradicional, a Atalanta de Bérgamo, 24 pontos. Em duelo que já foi direto pelo segundo posto, o Napoli irá até Milão, desafiar a perigosa Internazionale, terceira colocada, 33 pontos. Então, dia 29, na jornada derradeira, mesmo, deste “girone di andata”, a “Zebra” hospedará a Sampdoria enquanto o “Burro” abrigará o Bologna, um supercandidato ao rebaixamento à Série B. Possíveis os 6 pontos na conta da “Senhora”, só 4 no caixa do Napoli.

Felicíssima Juve que dispõe de um Cristiano Ronaldo em fase preciosa no campeonato, 11 tentos e 5 assistências, o correspondente a 47% do seu potencial ofensivo. E que, financeiramente, vive um momento peculiar. Estendeu o seu contrato com a Adidas, que lhe garantirá um tesouro, só de royalties por uso de marca, sem os merchandisings, os penduricalhos e os etceteras, um butim, até 2027, equivalente a R$ 230mi ao ano.

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