Os riscos da Série B continuam a rondar o Corinthians e o Vitória
Num jogo patético, que parecia terminado em 1 X 1, o "Timão" fez 2 X 1 nos acréscimos. Mas, logo em seguida, permitiu ao "Leão" obter a igualdade.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Neste domingo, dia 20 de Outubro, no Estádio Barradão de Salvador, Bahia, o Vitória e o Corinthians disputaram uma inusitada, patética primazia, na sua longa história de esquadrões de Futebol. O “Leão”, nascido em 1899. E o “Mosqueteiro”, em 1910. No cotejo, que valeu pela rodada de número 30 do Brasileiro de 2018, os dois clubes tentavam desempatar uma contenda inglória. Somavam 23 derrotas na temporada, recorde negativo dentre aqueles da Série A. Além de se livrarem do estigma, obviamente também desejavam se afastar de qualquer risco de rebaixamento à Série B.
Hoje com Paulo César Carpeggiani no posto de treinador, um dos medalhões que, em 2007, lutaram para evitar que o “Mosqueteiro” caísse à segunda divisão (os outros dois foram Emerson Leão e Nelsinho Baptista), o Vitória logo se demonstrou mais incisivo e, aos 8’, depois de Erick se desvencilhar de Fagner, absolutamente desmarcado, solto à frente do lento Danilo Avelar, das redondezas da meia-lua Rhayner bateu, no cantinho destro de Cássio, 1 X 0.
O “Timão”, porém, apesar da sua indigência ofensiva, só 28 gols nas 29 partidas anteriores, ainda dispõe de alguns talentos individuais. Assumiu o controle das ações e, aos 30’, o mesmo Danilo Avelar cruzou e, livre, entre a linha da área e a marca do pênalti, Jadson acertou um voleio de trivela, 1 X 1, uma celebração magnífica do seu cotejo de número 200 com a camisa do Corinthians. Ficaria para a etapa final, talvez, a decisão, ou não, da sobrevivência de um ganhador no duelo pifiamente antológico da Bahia.
Grotesca etapa final, aliás. Carpeggiani a mandar que os seus zagueiros, ao invés de sairem com a bola dominada, não evitassem os chutões de bico. Jair Ventura, sem uma alternativa mais decente na sua frente, obrigado a tirar o veterano Emerson Sheik, evidentemente exaurido pelos quase 40 e idade, e a colocar no campo Roger, um avante já repudiado pela Fiel Torcida.
E o tempo, um cúmplice involuntário da ruindade dos dois adversários, escorreu, pesado, até que, nos acréscimos, Roger, ele mesmo, desfrutou um passe de Aráos e fez 2 X 1. Finito? Não. Estava escrito que não haveria justiça além do empate. Em seguida, a enésima falha da defesa do Corinthians em cruzamentos, a pelota trafegou sobre a sua área sem que Cássio sequer sonhasse em cortar a sua viagem. E, no outro lado, Neilton fez 2 X 2, de sem-pulo. Os perigos continuam a rondar os destinos do “Timão” e do “Leão”.
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