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O VAR decide e retira o Grêmio da decisão da Libertadores de 2018

O "Mosqueteiro" de Porto Alegre vencia o prélio por 1 X 0, perdeu a chance de dobrar, sofreu o empate num lance estranho e enfim caiu num pênalti bobo

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

O momento do toque de mão de Bressan
O momento do toque de mão de Bressan O momento do toque de mão de Bressan

A caminho de um bi autêntico e do seu quarto título na preciosa história da competição, nesta terça-feira, 30 de Outubro, por uma das semifinais decisivas da 59ª edição da Copa Libertadores, o Grêmio Porto-Alegrense hospedou, na sua Arena da capital gaúcha, o River Plate da Argentina, também em busca do seu laurel de número 4. Favorecia o “Mosqueteiro” sulino o fato de, no prélio do dia 23, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, ter suplantado o “Galo” platino por 1 X 0, gol de Michel, de testada, e assim atuar por um mero empate diante da sua torcida. Por menos de dez minutos, não conseguiu.

O gol de Michel, em Buenos Aires
O gol de Michel, em Buenos Aires O gol de Michel, em Buenos Aires

Com 53.571 presentes em um espaço capaz de abrigar 55.662 pessoas, a chamada “Avalanche” abriu o placar, teve a chance de dobrar na etapa derradeira, aos 67’, com Éverton, diante da meta praticamente escancarada, mas sucumbiu, 1 X 2. Desde a sua porfia inaugural, em 16 de Abril de 1971, na falecida Taça do Atlântico, o Grêmio 2 X 0 no seu antigo Estádio Olímpico, foi o 19º duelo entre os clubes. O placar histórico agora aponta uma vantagem de 10 X 7 sucessos a favor da equipe gaúcha, 31 tentos a 25.

Renato Gaúcho, contra o Hamburgo, na Interclubes de 1983
Renato Gaúcho, contra o Hamburgo, na Interclubes de 1983 Renato Gaúcho, contra o Hamburgo, na Interclubes de 1983

Um interessante desafio paralelo deveria se desenrolar na Arena. De um lado, Renato Portaluppi, 56, treinador que assumiu o “Mosqueteiro” em 2016, que levantou a Copa em 2017 e que, como atleta, havia acumulado os lauréis da Libertadores e do Intercontinental de Clubes de 1983, então um atacante, o autor dos tentos do Grêmio nos 2 X 1 sobre o Hamburgo da Alemanha.

Do outro lado poderia estar Marcelo Gallardo, 42, comandante do River desde 2014, os títulos da Libertadores de 1996, como atleta, e de 2015, como treinador. Por invasão de campo no cotejo do dia 23, acabou suspenso. E foi substituído no banco pelo seu assistente, o ex-central Matías Biscay. Renato, claro, com o time programado para atuar na contraofensiva. E Biscay, lógico, compulsoriamente obrigado a exercer bastante, o máximo de pressão.

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Gallardo e Biscay, no cotejo de Buenos Aires
Gallardo e Biscay, no cotejo de Buenos Aires Gallardo e Biscay, no cotejo de Buenos Aires

Sem o construtor Arthur, craque de 2017, transferido ao Barcelona, e sem os velozes Luan e André, lesionados, o elenco de Renato demorou 35’ até encaixar um lance de fato de perigo ao arqueiro Armani. Paralelamente, em particular através do seu flanco destro, descidas armadas por Montiel e Quintero, os pupilos de Biscay & Gallardo assustavam Marcelo Grohe. Então, depois de um corner pessimamente cobrado por Alisson, a bola sobrou junto à área do “Galo”. Na sua terceira porfia nesta competição, Leonardo Gomes, 22 de idade, bateu de direita, a pelota resvalou em Pratto, 1 X 0 Grêmio.

Grêmio 1 X 0, a celebração de Leonardo Gomes
Grêmio 1 X 0, a celebração de Leonardo Gomes Grêmio 1 X 0, a celebração de Leonardo Gomes

Como Michel em Buenos Aires, um herói improvável o garoto de Araguaína, no Tocantins. E o River precisaria, daí, de dois gols. No intervalo, na tentativa de reacender os ânimos do seu time, Gallardo não hesitou em burlar a sua punição e, camuflado, tentou acessar os vestiários. O delegado da Conmebol o impediu. Mas não evitou que ele abusasse do celular na sua cabina blindada. Renato, por sua vez, literalmente trancou o seu “Tricolor” adiante da sua intermediária. E passou a se defrontar com o pior dos inimigos, o cronômetro. Que se provaria impiedoso. Com o auxílio insólito do Árbitro de Vídeo.

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Gallardo, comunicação proibida na cabina blindada
Gallardo, comunicação proibida na cabina blindada Gallardo, comunicação proibida na cabina blindada

O relógio sofreu um tranco aos 82’, um levantamento de Martínez e o desvio de Borré, de cotovelo. O VAR? Que nada, o VAR não viu, 1 X 1 River. O VAR, contudo, decidiria que houve um pênalti, contra o Grêmio, aos 88’, o toque de mão, a expulsão de Bressan, o gol de Martínez, 2 X 1 River. Desfecho inclemente, dramático. Na Libertadores vale o critério do tento qualificado. E com os seus dois em Porto Alegre o “Galo” platino vai à finalíssima.

Felipão, o campeão da Libertadores em 1999
Felipão, o campeão da Libertadores em 1999 Felipão, o campeão da Libertadores em 1999

Nesta quarta-feira, dia 31 de Outubro, acontece a outra das semis da competição, também uma contenda Brasil versus Argentina. No seu Allianz Park da capital paulista, 43.713 lugares, o Palmeiras hospeda o Boca Juniors com uma dificílima missão: resgatar o resultado de 0 X 2 que sofreu na Bombonera de Buenos Aires. Desde o primeiro prélio, em 3 de Fevereiro de 1935, 1 X 1 no velho Parque Antarctica, até o cotejo da semana anterior, já ocorreram 23 confrontos, larga vantagem do “Verdão” nas vitórias, 8 X 3, e nos gols, 37 X 26. Na antologia da Libertadores, porém, o Boca já somou 6 títulos contra um único troféu do “Periquito/Porto”, coincidentemente o de 1999, quando o mesmo Felipão de agora era o seu treinador.

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