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O "Timão" bate o Fluminense e se embala para a Copa Libertadores 

Placar de 2 X 1, tentos de Rodriguinho, com direito à volta olímpica atrasada do Paulista e a esperanças de uma boa visita, quarta, ao Independiente

Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti

Antes do jogo, Marcelinho Carioca e a taça do Brasileiro
Antes do jogo, Marcelinho Carioca e a taça do Brasileiro Antes do jogo, Marcelinho Carioca e a taça do Brasileiro

Na história dos superclássicos do Futebol do País, neste dia 15 de Abril de 2018, pela 106ª vez se defrontaram o Corinthians e o Fluminense. Com o resultado de 2 X 1, diante da taça de 2017, conduzida ao campo nos braços de Marcelinho Carioca, um dos grandes ídolos da torcida do “Timão”, o detentor do laurel cristalizou a sua leve folga estatística, de 39 triunfos a 37, nos tentos 141 a 137. Um desfecho saboroso. E talvez um bom presságio para um clube que fantasia o seu bi. Nada mal, também, para um duelo com ao menos três partidas de significados dignos de inscrição nas antologias.

Memórias da "Invasão do Maracanã", em 1976
Memórias da "Invasão do Maracanã", em 1976 Memórias da "Invasão do Maracanã", em 1976

Caso daquela peleja realizada em 5 de Dezembro de 1976, e da sua definição como a “Invasão do Maracanã”, numa das semifinais do Brasileiro de então. Diante de uma platéia de 146.043 pessoas, a metade proveniente de São Paulo, numa verdadeira procissão ao longo da Via Dutra, depois do empate de 1 X 1, e de cravar 4 X 1 nos penais, o elenco “Mosqueteiro” eliminou o “Pó-de-Arroz” e se classificou para desafiar o Internacional/RS na decisão. Caiu de 0 X 2 mas ficou com uma vaga na Libertadores de 1978.

Rivellino, em 1975, na sua estreia no Flu
Rivellino, em 1975, na sua estreia no Flu Rivellino, em 1975, na sua estreia no Flu

Para o “Tricolor” carioca o jogo inesquecível acontecera meses antes, 8 de Fevereiro de 1975, também no “Maior Estádio do Mundo” na época. Praticamente escorraçado do Corinthians que havia desperdiçado a chance do título estadual diante do rivalérrimo Palmeiras, o astro Roberto Rivellino estreou no Fluminense em um amistoso contra o “Timão”. Um massacre, “Pó-de-Arroz” 4 X 1, com três gols do Riva e um “Olé” nos momentos derradeiros.

A comemoração do título do Brasileiro de 2017
A comemoração do título do Brasileiro de 2017 A comemoração do título do Brasileiro de 2017

Completou a tripleta enciclopédica a porfia derradeira da coleção, datada de 15 de Novembro de 2017, na Arena ainda-sem-nome de Itaquera, o público quase recorde de 46.189 espectadores, Corinthians 3 X 1 e a antecipação da conquista do seu sétimo título nacional. Exatamente por isso, embora com quatro partidas já terminadas, para os efeitos protocolares, travou-se na casa do detentor do troféu, neste domingo, a abertura supostamente festiva do certame de 2018, inclusive com um patético showzinho de danças da Rússia. em homenagem à próxima Copa do Mundo, mais a dupla de cantores Marcos & Belutti e duas dezenas de moçoilas com os uniformes da Série A.

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A festa patética da CBF para a abertura oficial do campeonato
A festa patética da CBF para a abertura oficial do campeonato A festa patética da CBF para a abertura oficial do campeonato

Afortunadamente, apesar do público rarefeito, só os 28.777 pagantes que enfrentaram a primeira tarde garoenta e fria deste 2018, transcorreu um pouquinho mais animada a porfia no gramado da Arena, o “Mosqueteiro” a buscar o ataque pelos flancos e o “Pó-de-Arroz” bem compacto na proteção da sua área. O principal problema do Abelão, o Abel Braga, treinador do Flu: ele próprio, com dores nas costas, incomodado na sua lateral. Foi estéril, porém, o domínio territorial do “Timão”, limitado aos chutes de longe e acima da meta de Júlio César. Até que, aos 45’, Romero levantou da direita e Rodriguinho, ele outra vez, de cocuruto, inacreditavelmente inaugurou o placar.

A diminuta mas aguerrida torcida do Flu
A diminuta mas aguerrida torcida do Flu A diminuta mas aguerrida torcida do Flu

Durou meramente o tempo do intervalo, porém, o alívio da torcida do alvinegro. Logo aos 48’, Ayrton bateu um arremesso da esquerda, Gum desviou de cabeça a Pedro que tocou a Richard, belo voleio, 1 X 1, enquanto toda a retaguarda do Corinthians, indolente, observava. Caberia a Fábio Carille mexer nos seus titulares e na sua postura. Colocou Emerson Sheik, de fôlego limitado para os 90’, no lugar de Mateus Vital. E colocou Maycon, negociado com o Shakhtar da Ucrânia, no lugar do esfalfado Renê Junior.

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Rodriguinho, de novo Rodriguinho
Rodriguinho, de novo Rodriguinho Rodriguinho, de novo Rodriguinho

Só modificar os onze não bastaria. O Fluminense paulatinamente havia assumido o controle das ações. Um ponto tático do Abelão contra Carille. Que arriscou o seu último trunfo, Pedrinho, 20 anos completados no dia 13, no lugar de Romero. De fato o “Mosqueteiro” recuperou o seu domínio. E transformou em sufoco o encerramento. Pena que, em relação à marcação do Flu, lhe faltasse um ajuste no passe derradeiro. Até os 86’, quando Maycon lançou Emerson Sheik na canhota, da linha de fundo o veterano cruzou e Rodriguinho, outra vez em posição crucial, volteou de esquerda, 2 X 1.

Depois do jogo, a comemoração atrasada do título do Paulista
Depois do jogo, a comemoração atrasada do título do Paulista Depois do jogo, a comemoração atrasada do título do Paulista

Além de celebrar a vitoria na estreia, o elenco de Carrile enfim comemorou, atrasado uma semana, numa volta olimpica, o seu título paulista, arrebatado no Allianz do Palmeiras, onde qualquer festa seria inviável. E acumulou uma energia excelente para a sua visita ao Independiente da Argentina na próxima quarta-feira, dia 18, pela Copa Libertadores desta temporada.

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