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Silvio Lancellotti - Blogs

O São Paulo segue tranquilo, mas o Corinthians padece nos penais

Um triunfo por 1 X 0, contra o Ituano, coloca o "Tricolor" diante do Santos. O "Timão", de novo, necessita de Cássio para sobrepujar a Ferroviária.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Cássio, agora, 18 defesas nas cobranças de penais
Cássio, agora, 18 defesas nas cobranças de penais

Com a sua classificação, na noite desta quarta-feira, 27 de Março, o São Paulo e o Corinthians se incorporaram aos outros dois chamados grandes do Estado, o Palmeiras e o Santos, na disputa das semifinais do Campeonato Paulista de 2019. No terça, o “Peixe” havia consolidado a sua vaga ao eliminar o Red Bull Brasil de Campinas. E o “Verdão”, ao esmigalhar o Novorizontino. Agora, coube ao “Tricolor” despachar o Ituano. E ao “Timão”, bater a Ferroviária, no sufoco dos sufocos, o bingo terrível, maluco, dos penais.

São Paulo, domingo, no Morumbi, 2 X 1 no Ituano
São Paulo, domingo, no Morumbi, 2 X 1 no Ituano

Porque superou o “Galo”, domingo, no Morumbi, 2 a 1, na peleja de ida, o São Paulo só precisava de um empate para sobreviver. Todavia, mesmo no Estádio Municipal José Novelli Jr., diante de 9.028 pessoas, safou-se com o resultado de 1 X 0. Embora um interino, apenas à espera da posse do titular Alexi Cuca Stival, em convalescença de uma intervenção cardíaca, Vagner Mancini, eufórico com a atuação do seu trio de garotos, Reinaldo, Antony e Igor Gomes, voltou a apostar nas investidas em velocidade. A Vinícius Bergantin, seu rival, sobrou a alternativa de uma marcação praticamente homem-a-homem.

Nos vestiários, as camisas dos garotos de Mancini
Nos vestiários, as camisas dos garotos de Mancini

Um vento forte soprava contra a meta do Ituano. E, por isso, ao invés das jogadas pelo chão, se multiplicaram os chutões caóticos dos pupilos de Mancini, inclusive das imediações do grande círculo. Na etapa derradeira, com a mudança de lado, o “Galo” ampliou a pressão. Todavia, faltou-lhe paciência na organização das descidas sobre a meta de Tiago Volpi. Ao contrário, aos 71’, o “Tricolor” costurou uma belíssima jogada coletiva, Antony a Pablo, o tiro, a rebatida murcha de Baralhas e o arremate feliz de Liziero, 1 X 0. Missão praticamente impossível a do Ituano: revolucionar o placar, anotar 2 X 1 e especular na busca do bingo dos penais. O placar fatal: São Paulo 1 X 0.

Liziero, Ituano 0 X 1 São Paulo
Liziero, Ituano 0 X 1 São Paulo

Mesmo na sua Arena ainda-sem-nome de Itaquera, com 34.488 presentes, o Corinthians se esfalfou para buscar a vitória no tempo regulamentar. Na ida em Araraquara, também no domingo, havia arrancado a igualdade, 1 X 1, gol do recém-entrado Gustagol, quase nos estertores do combate. Outro empate significaria o tudo-ou-nada da loteria dos penais. Porém, com o seu time cada vez mais entrosado e o artilheiro em campo desde o começo, Fabio Carille não permitiu que Vinícius Munhoz, treinador da “Locomotiva”, repetisse o seu estilo de lances rápidos. No primeiro tempo o “Timão” mandou no jogo.


Gustagol, às vésperas dos seus 25 anos de idade
Gustagol, às vésperas dos seus 25 anos de idade

Nas vésperas de completar os seus 25 de idade no dia 29 de Março, Gustavo Henrique Sousa, o Gustagol, teve um tento corretamente invalidado pelo VAR, impedimento, aos 30’, testada de “peixinho” depois do levantamento de Jadson. Logo aos 33’, contudo, Clayson cruzou do outro lado e Júnior Urso aparou com categoria, 1 X 0. O placar mínimo já serviria à promoção do Corinthians às semis. Exigente, no entanto, Carille queria mais.

Não lhe importava a circunstância de que, até os 59’, Cássio ainda não havia atravessado um só instante de perigo. Acontece que, para a irritação de Carille, ao invés de obedecer e reapertar, o “Timão” recuou cedo demais. E, aos 60’, o castigo. Despretensiosamente, Diogo Mateus chutou de longe, o zagueiro Manuel se atrasou e Thiago desviou, quase ao alcance do arqueiro. A “Locomotiva” 1 X 1, festa dos seus raros fãs na Arena, menos de 100.


Júnior Urso, o autor do gol do Corinthians
Júnior Urso, o autor do gol do Corinthians

Afortunadamente Carille dispõe de um banco de reservas com boa profundidade. Saíram Ralf e Jadson e entraram Pedrinho e Sornoza. Cresceu no desafio o arqueiro Tadeu da “Locomotiva”. Só que, inacreditavelmente, o futebol do Corinthians se transformou em um tosco bumba-meu-boi. Desnecessária tensão para quem poderia ter decidido o resultado ainda no primeiro tempo. E que se obrigou ao desespero dos penais.

Graças a um erro absurdo de Tony, um chutão digno do Futebol Americano, graças à frieza de Cássio na sua acrobacia de número 18, apesar do erro de Danilo Avelar que propiciou a defesa de Tadeu, com acertos do Gustagol, de Clayson, de Boselli e de Pedrinho o “Mosqueteiro” fez 4 X 3 e se garantiu como o adversário do “Peixe”. O “Tricolor” terá como o seu rival o “Verdão”.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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