O Palmeiras sofre, perde do Santos, mas Jaílson salva a casa nos penais
Resultado de 2 X 1 no tempo regulamentar, um susto dos meninos da Vila no clube do patrocinador milionário... Então, outra vez, o arqueiro fulgurou...
Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti

Num comentário sobre o cotejo de ida, no sábado, 24 de Março, entre Santos e Palmeiras, por uma das semifinais do Paulista de 2018, vitória do “Verdão, 1 X 0, observei que em quatro mata-matas de pré-decisão, neste formato atual do torneio, o “Peixe” havia se sobressaído em todos, três precisamente contra o “Periquito/Porco”. Mas, ainda lembrei que, na antologia do desafio, era risonha e franca a folga do Palmeiras. Desde o amistoso de estreia da sua série, Santos 7 X 0 em 3 de Outubro de 1915, até a peleja mais recente, em 321 jogos o Palmeiras acumulava 135 triunfos a 103 e registrava 548 tentos a 464. Prevaleceria o tabu dos mata-matas ou a vantagem da antologia?
Moralmente deu empate. O “Verdão” perdeu o jogo, 1 X 2. O seu patrocinador bilionário, contudo, se livrou da humilhação de um fracasso na loteria dos penais, 5 X 3, de novo Jaílson o seu herói. Fica o Palmeiras à espera do seu adversário, ou o São Paulo ou o Corinthians, em plena Páscoa,

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Por causa de um show da Depeche Mode, banda inglesa de rock e de música eletrônica, o “Verdão” não mandou o confronto desta noite, 27 de Março, no Allianz Parque. Optou pelo mesmo Pacaembu do sábado – só que, agora, a torcida única a seu favor. Num estádio oficialmente de 40.199 lugares, abrigou 36.591 fãs, com 34.000 ingressos vendidos por antecipação. Ironia, havia apenas 16.916 na derrota do “Peixe”, que tinha desprezado a Vila Belmiro na expectativa do dobro de público. Aliás, um temporal impertinente tornou única, também no visual, a torcida do Palmeiras – que encheu de grana os camelôs da praça pela aquisição às pamparras de capinhas de plástico.

Graças à indolência da retaguarda do “Periquito/Porco”, que falhou desde os flancos até o miolo da sua área, o Santos fez 1 X 0 aos 12’, cruzamento de Daniel Guedes e testada de Eduardo Sasha, libérrimo à frente de Jaílson. Logo aos 15’, no entanto, a defesa do “Peixe” devolveu a gentileza quando Tché Tché cobrou um arremesso lateral, Alison rebateu de maneira ginasiana e, na sobra, de 25m, Bruno Henrique desferiu um petardo rasteirinho no canto esquerdo de Vanderlei. E o Palmeiras não soube como aproveitar o lógico embalo que adquiriu tão rapidamente. Na verdade, foi o Santos que se estimulou e, aos 39’, numa confusão patética, é, uma outra, da retaguarda de Roger Machado, o garoto Rodrygo, o xodozinho de Jair Ventura Filho, se locupletou e, desconjuntado, praticamente de bico, rolou, 2 X 1.

Na Champions League, na Libertadores de América e até na Copa do Brasil, o placar de 2 X 1 garantiria o “Peixe” na batalha direta pelo título. O regulamento do Paulista, contudo, não prevê o critério do gol qualificado, aquele que, no caso da igualdade em pontos, conta em dobro os tentos anotados no campo do inimigo. Não importava quantos perpetrasse, empurraria a pugna ao drama da disputa de penais. De certa maneira, logicamente, Jair se acomodou. Roger, porém, queria, no mínimo, chegar aos 2 X 2. E, como lhe convinha, lançou o seu time à frente. Inútil esforço. Afortunadamente, todavia, se safaria nos penais. Para o alívio de quem montou o seu elenco nababesco e invejável.
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