O Milan e a Inter perdem e a Juve, de Chiesa, salva o "Nazionale"
Apesar da jornada apagadíssima de Cristiano Ronaldo, mas graças a uma partida preciosa do ex-Fiorentina, a "Senhora", em viagem, suplantou o Milan, 3 X 1, e retornou à briga pelo eneacampeonato
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Definida com enorme antecedência em programa de computador, a tabela de jogos do Campeonato Italiano de 2020/2021 curiosamente determinou que, na sua jornada 16, acontecida nesta quarta-feira, dia 6 de Janeiro, ocorreria por último, no San Siro da capital da Lombardia, o duelo entre o líder Milan e a Juventus de Turim, proveniente de uma série inusitada de nove títulos consecutivos. De fato, seria mesmo um cotejo crucial. Porque a Internazionale, sua vice-líder, cinco horas antes, surpreendentemente, em Gênova, fôra derrotada pela Sampdoria, 1 X 2, e em consequência tinha empacado no patamar dos 36 pontos, o Milan, caso batesse a Juve, escalaria os 40, uma bela folga tão cedo no certame. Ao contrário, no caso de um triunfo da Juve, a “Senhora” de Turim subiria aos 30, com uma peleja menos - ainda precisará recuperar um combate que não houve contra o Napoli. Pois sucedeu exatamente um triunfo da Juve, pelo justo bem do equilíbrio do certame.

Por causa da Covid-19, que atacou exatamente seus dois alas-apoiadores, o colombiano Cuadrado e o brasileiro Alex-Sandro, Andrea Pirlo, o treinador da “bianconera”, necessitou reformular o seu sistema e colocar, nos flancos, Frabotta e Bentancur. De novo sem o seu super-artilheiro Ibrahimovic, também desfalcado do suspenso Tonali e dos infectados Krunic e Rebic, Stefano Pioli, o treinador do “rossonero”, ao menos pôde contar com o retornado Theo Hernández. A “Senhora”, de todo modo, principiou bem melhor a porfia e, aos 18’, inaugurou o placar com um tento maravilhoso, toque de Federico Chiesa a Paulo Dybala que lhe devolveu de calcanhar, e o arremate de Chiesa sem qualquer chance para Donnarumma. Detalhe: no seu prélio anterior, no dia 7 de Julho, a Juve havia feito 1 X 0, dobrado o marcador, e no fim das contas o Milan reagiu e lhe pespegou 4 X 2.

Desta vez, o “Diavolo” rubro-negro não esperou ficar em 0 X 2 até virar. E já aos 41’ obteve a igualdade, descida de Rafael Leão pela esquerda, cruzamento a meia-altura, distração de Frabotta e arremate de Calàbria, 1 X 1. Sabe-se lá por quê Pirlo reclamou do impecável mediador Max Irrati. Depois do intervalo, o Milan cresceu na pugna. E o arqueiro Szczesny salvou sua a “Senhora” em duas situações dramáticas de área pequena. Era, porém, a quarta-feira de Dybala e de Chiesa. Aos 62’, o argentino colocou o colega em excelente condição de arremate, na entrada da área milanista, o tiro seco, de esquerda, 2 X 1. E o CR7, o Cristiano Ronaldo, artilheiro do Campeonato, onde estaria? Sumidíssimo, ele sequer se envolveria num lance de Kulusevski que, aos 76, cederia a bola a McKennie, livre, diante de Donnarrumma, 3 X 1. Uma vitória majestosa para a Juventus – e para o “Nazionale”.

Todos os jogos da 16ª rodada:
CAGLIARI (14 pts/15º lugar) 1X 2 BENEVENTO (21/10)
ATALANTA (28/7) 3 X 0 PARMA (12/18)
BOLOGNA (17/12) 2 X 2 UDINESE (16/13)
CROTONE (9/20) 1 X 3 ROMA (36/3)
LAZIO (25/8) 2 X 1 FIORENTINA (15/14)
SAMPDORIA (20/11) 2 X 1 INTERNAZIONALE (36/2)
SASSUOLO (29/5) 2 X 1 GENOA (11/19)
TORINO (12/17) 1 X 1 VERONA (24/9)
NAPOLI (28/6) 1 X 2 SPEZIA (14/16)
MILAN (37/1) X JUVENTUS (30/4)
(Napoli, Juventus, Atalanta e Verona, um prélio menos)
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