No Sul, o Grêmio e o Corinthians terminam como iniciaram, 0 X 0
Apesar do placar nulo e apesar do incômodo da chuva, porém, um bom jogo aconteceu na Arena do "Tricolor" gaúcho. E o "Timão" permanece no G4.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Viveram semanas diferentes o Grêmio e o Corinthians, adversários deste sábado, 5 de Outubro, em Porto Alegre, pela rodada 23 do Campeonato Brasileiro de 2019. Sete dias atrás, no 29 de Setembro, pela jornada 22, em seus domínios o “Mosqueteiro Bandeirante” superou o Vasco da Gama por 1 X 0. No domingo, 30, o “Mosqueteiro do Sul” viajou ao Rio e perdeu do Fluminense, 1 X 2. Daí, na mesma quarta-feira, enquanto o “Tricolor” gaúcho, na fase semifinal da Libertadores, apenas empatava, dentro de casa, 1 X 1, com o Flamengo, o “Alvinegro” paulista, em cotejo atrasado do Nacional, visitava a Chapecoense, debaixo de um temporal bravio, e vencia por 1 X 0.
Chegaria mais embalado, ao duelo da Arena do Grêmio, infelizmente meros 16.542 espectadores em um total de 55.337 lugares, o “Timão” do treinador Fábio Carille? Não necessariamente. Ao menos, na estatística histórica, era bem vasta a primazia do “Tricolor”. Desde o combate inaugural, 11 de Dezembro de 1947, seu triunfo por 1 X 0 na sua cidade, até o recente, 11 de Maio, num empate sem gols na Arena ainda-sem-nome-de Itaquera, em 90 cotejos o “Mosqueteiro do Sul” tinha uma vantagem de 35 sucessos a 32, de 116 tentos a 96. Mas, 0 X 0, nada mudou na antologia do duelo.
De novo debaixo de uma chuva irritante, porém em um gramado infinitamente melhor do que o de Chapecó, até os 30’ o elenco de Fábio Carille não se intimidou com o estigma das estatísticas. Foi, inclusive, inesperadamente superior ao dos pupilos de Renato Portaluppi, o Gaúcho. Então, em meia dúzia de lances sucessivos o ataque do Grêmio se locupletou da lentidão do zagueiro Manoel e assustou o arqueiro Cássio e a melhor defesa do torneio. Feliz do Coringão que saiu do primeiro tempo com 0 X 0 no placar. Aliás, um detalhe paralelo mas crucial: parece inacreditável que, mesmo com a sua camisa contaminada por tanta publicidade, à maneira de um macacão da F1, o “Timão” deva grana até a um fornecedor de marmitas.
Valesse o tempo de posse de bola, 68% a 32%, o Grêmio desceria aos vestiários com 2 X 1 no marcador. Prometia um sufocaço a etapa derradeira. Curiosamente, todavia, a pressão se afrouxou. E, mais curiosamente ainda, coube a Carille ousar, aos 63’, com a troca do inútil Clayson pelo argentino Boselli, um avante de estilo mais impetuoso. E logo aos 65’, numa testada, depois de um cruzamento de Pedrinho, o platino exigiu a intervenção mais acrobática de Paulo Victor na contenda. Psicologamente, cresceu a temperatura na noite fria de PoA, em torno dos 17 graus. Os 5’ de acréscimos, determinados pelo mediador Bruno Arleu de Araújo, do Rio de Janeiro, apenas serviram para definir o beque Gil, do “Timão”, como o craque do jogo.
Neste mesmo sábado, no Morumbi, o São Paulo ganhou do Fortaleza por 2 X 1 e subiu ao degrau dos 39 pontos. E, no Rio, o Santos ganhou do Vasco por 1 X 0, graças ao estreante Taílson, de 20 anos, e atingiu o patamar dos 44. O Corinthians alcançou os 42. O Grêmio, os 35. Agora, domingo, duas partidas certamente movimentarão o topo da tabela de classificação. O líder Flamengo, com 49 pontos, visita a lanterninha Chapecoense, apenas 15. E o vice Palmeiras, com 46, hospeda o Atlético Mineiro, 30, desejosíssimo de melhorar a sua situação. Qualquer escorregão, do “Galo” ou do “Verdão”, será fatal.
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