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Silvio Lancellotti - Blogs

No sufoco brutal o Napoli empata com a Inter e pega a Juve na final

Copa Itália, 1 X 1 de virada, depois de um goi olímpico de Eriksen, frangaço de Ospina. Mertens levou à classificação, com direito ao recorde de 122 tentos.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Mertens, a classificação com direito a um recorde
Mertens, a classificação com direito a um recorde

Depois do seu penta no “Campionato Nazionale”, entre 2006 e 2010, depois do seu bi na Copa Itália, a segunda competição em importância na Velha Bota, 2010 e 2011, a Internazionale de Milão mergulhou num limbo e nunca mais conquistou um troféu. Menos habituado aos pódios, sem um “Scudetto” do campeonato desde 1990, sem uma “Cocarda” da Copa desde 2014, o Napoli também padece com o predomínio da Juventus de Turim que, sexta-feira, 12 de Junho, já tinha garantido vaga na decisão da edição de número 73 da Copa, a se realizar no Estádio Olímpico de Roma, na noite peninsular da próxima quarta, dia 17. Para desafiar a Juventus, ao Napoli, que havia superado a Inter na ida, 1 X 0, bastaria a igualdade. Conseguiu, 1 X 1, mas no sufoco brutal.

O apoio da torcida no caminho do San Paolo
O apoio da torcida no caminho do San Paolo

Ocorreu neste sábado, dia 13, quando faltou ao Napoli, no seu San Paolo, diante da Internazionale, na outra das semis da contenda, a presença sempre esfuziante dos seus “tifosi”. Por causa da Covid-19, os cotejos do Calcio, em seu começo de ressurreição, acontecem sem platéia. A torcida do “Burro” da Terra da Pizza, todavia, cuidou de engalanar com bandeiras e souvenirs os bairros de Rione Lauro e Fuorigrotta, nos arredores do estádio, por onde os atletas, concentrados no Hotel Britanique, a cerca de 2km de distância, obrigatoriamente passariam antes do combate. A Mídia ainda enfatizou que as TVs exibiriam o prélio em mais de duzentas nações, do Afeganistão ao Burundi. E Vicenzo de Luca, governador da Campânia, escoltou Aurelio De Laurentiis, dono do clube, numa visita aos rapazes de Gennaro Gattuso.

De Luca, De Laurentiis e Gattuso, antes do cotejo
De Luca, De Laurentiis e Gattuso, antes do cotejo

À parte o resultado da “andata”, a história e as estatísticas favoreciam a Inter. Sob a orientação de Antonio Conte, a “Biscione”, a serpente mitológica da Lombardia, desceu do Norte ao Sul da Bota com uma folga de 74 vitórias a 51, num total de 164 cotejos, 245 tentos a 181. Nenhum placar pró-“Burro” modificaria esse panorama. Mas, nem De Laurentiis, nem Gattuso, nem os jogadores de camisa celeste, pisou o gramado do San Paolo com a tradição na cabeça. Fantasiavam resgatar os idos de Diego Maradona & Antonio Careca. Foi a Inter, porém, quem inaugurou o placar, e logo aos 3’, num escanteio à moda olímpica de Eriksen e num frangaço de Ospina. Pasmo. O seu time nem havia atravessado o limite divisório do gramado e Gattuso já se compelia a reestruturar integralmente todos os seus objetivos estratégicos.

O flagrante do frangaço de Ospina
O flagrante do frangaço de Ospina

Aos 22’, ao aparar ridiculamente mal uma bola recuada, Handanovic, o arqueiro da “Biscione”, quase devolveu o regalo. De joelho, ao invés de enfiar na meta, Politano bateu para trás e Mertens não desfrutou a sobra. O duelo, sequência de passes errados e de chutes disparatados, se desenrolou, horrível, até que, aos 41’, num contra-ataque letal, tiro de meta de Ospina até Insigne, na esquerda e o toque lateral a Mertens, saiu o 1 X 1. Gol 122 do belga, novo recorde na antologia do “Burro”, um além do eslovaco Hamsik. Maradona e Careca, respectivamente, somaram os 115 e os 95. Momento crucial da partida, pouco antes dos papos de intervalo, um alívio para o aflito Gattuso. O empate, claro, conduziria o seu clube à grande “finale”.


Mertens e Insigne, na celebração do 1 X 1
Mertens e Insigne, na celebração do 1 X 1

Melhorou o desafio na etapa derradeira. Principalmente porque o Napoli desistiu de centralizar a sua ofensiva e optou por explorar os flancos. Na sua lateral do campo, o sempre impetuoso Conte multiplicou os seus gestos e os seus brados de orientação. Em torno dos 65’ principiou o ciclo das alterações – as regras de emergência, por causa da pandemia, agora admitem cinco de cada lado. Drama nos últimos minutos. Aos 82, Ospina se regenerou com um milagre no petardo de Eriksen. Aos 84, de cabeça, o artilheiro Lukaku, da Inter, desviou por cima. Acuado, o Napoli, diante da sua área. O mediador Gianluca Rocchi estendeu a partida e o sufoco até os 95’. Bravamente, no entanto, o “Burro” resistiu à “Biscione”. Agora, que venha a “Zebra” de Turim.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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