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No resgate do treinador Tuchel, o Chelsea é o campeão da Europa

Derrotado na final anterior, quando dirigia o PSG da França e perdeu do Bayern. ele conseguiu desnortear Pep Guardiola, fez 1 X 0, Havertz, num contra-ataque, e daí segurou a sua vantagem

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

O Chelsea, ganhador da "Champions" pela segunda vez
O Chelsea, ganhador da "Champions" pela segunda vez O Chelsea, ganhador da "Champions" pela segunda vez

No fim das contas, foi bem melhor para todos, os atletas, os integrantes das suas duas comissões técnicas, os dirigentes, os torcedores e até os periodistas de plantão, a mudança de Istambul, na Turquia, ao Porto, em Portugal, da sede da decisão da edição 66 da Liga dos Campeões da UEFA, a “Champions League” de 2020/2021. Houve dois clubes da Inglaterra na batalha pelo troféu, o Manchester City e o Chelsea de Londres. Ao invés de uma viagem de mais de 3.000 quilômetros, um percurso de meramente 2.000. Ou, dois terços do total.

O cumprimento de Guardiola e Tuchel, antes do jogo
O cumprimento de Guardiola e Tuchel, antes do jogo O cumprimento de Guardiola e Tuchel, antes do jogo

Neste sábado, dia 29 de Maio, no Estádio do Dragão, de capacidade para 50.033 torcedores mas somente 16.650 ingressos à disposição, quase todos vendidos na terça-feira, os “Blues” superaram os “Citizens”, placar de 1 X 0, e arrebataram o título pela segunda vez na sua história. O primeiro datava da temporada de 2011/2102, quando se igualaram ao Bayern de Munique, de Alemanha, com um empate, 1 X 1 nos 90’ regulares e nos 30’ suplementares, e daí fizeram 4 X 3 na loteria dos penais. O seu treinador Thomas Tuchel vingou a decisão de 2019/2020, quando orientava o PSG da França, superado pelo mesmo Bayern, 0 X 1.

O Estádio do Dragão, pouco antes da partida
O Estádio do Dragão, pouco antes da partida O Estádio do Dragão, pouco antes da partida

O duelo do Dragão também representou a oitava decisão entre times de mesmo país, a terceira entre britânicos. As anteriores: Real Madrid 3 X 0 Valencia em 2000; Milan 3 X 2 Juventus nos penais em 2003; Manchester United 7 X 6 Chelsea nos penais em 2008; Bayern 2 X 1 Borussia Dortmund em 2013; Real Madrid 4 X 1 Atlético de Madrid em 2014 e daí, em 2016, 1 X 1 no jogo e 6 X 4 depois dos penais; Liverpool 2 X 0 Tottenham em 2019.

Eis a ficha básica e a uma pequena análise do transcorrer do cotejo de 2021:

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MANCHESTER CITY 0 X 1 CHELSEA

Istambul, Turquia, Ataturk Olympic Stadium

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Público: 14.110 pessoas

Árbitro: Antonio Mateu Lahoz, Espanha

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Gol: Havertz

Total de duelos: 168jog = 58Man/40emp/70Che – 216 X 233

Na UEFA: 3jog = 0Man/0emp/3Che – 0 X 3

Lesão muscular, o desalento de Thiago Silva
Lesão muscular, o desalento de Thiago Silva Lesão muscular, o desalento de Thiago Silva

Desde o apito inicial do mediador Lahoz ficou ostensivo que os dois elencos se portariam precisamente de acordo com o estilo de cada treinador. Os “Bleus” de Tuchel na cautela da retaguarda e na especulação da ofensiva pelos contra-ataques na velocidade. Os “Citizens” de Guardiola na pressão em seu meio-campo e, rccuperada a pelota, na sucessão de toques de bola capazes de abrir a muralha do seu adversário. De fato, Kevin De Bruyne e Phil Foden se demonstraram bem mais perigosos do que Mason Mount e Timo Werner. Infortúnio de Tuchel: aos 39’ o zagueiro Thiago Silva acusou uma lesão muscular, pediu a substituição e, para manter a sua tradição, saiu do gramado sem segurar as lágrimas.

O momento do gol de Havertz, livre, diante da meta escancarada
O momento do gol de Havertz, livre, diante da meta escancarada O momento do gol de Havertz, livre, diante da meta escancarada

Logo, porém, funcionaria admiravelmente o padrão de Tuchel. Quase da linha divisória do campo Mason Mount brilhantemente lançou Kai Havertz por entre os beques de Guardiola. O garoto tedesco, apenas 21 anos, investiu a galope contra a saída de Ederson, que até resvalou na bola mas não impediu a sua progressão fatal. Sozinho, diante da meta escancarada, Havertz cravou Chelsea 1 X 0 Manchester City. Seria nervoso o intervalo no vestiário dos “Citizens”. Caberia a Guardiola, um especialista em desenhar lances ensaiados, encontrar a solução adequada diante da retranca que Tuchel certamente construiria. Por isso logo colocou dois avantes de prontidão, Gabriel Jesus e o espanhol Ferrán Torres.

Mount e Havertz, os heróis do gol do triunfo
Mount e Havertz, os heróis do gol do triunfo Mount e Havertz, os heróis do gol do triunfo

O Pep, no entanto, sofreria um baque terrível aos 56’. O impetuoso Rudiger, mesmo de mascara ortopédica no rosto, conseqüência de uma trombada sofrida ainda na fase das quartas, no dia 14 de Abril, Chelsea 1 X 0 Porto, não hesitou em atropelar De Bruyne. Pior para o capitão belga do City, que caiu de cara no gramado, tanto que um hematoma enorme quase cobriu o seu olho esquerdo. Um candidato ao prêmio de “Craque do Ano” caso o seu time se tornasse o ganhador da “Champions”, não pôde seguir na pugna. E Gabriel Jesus entrou em seu lugar. Mais uma possibilidade dentro da área. De todo modo, fariam falta, e bastante falta, o talento e a inteligência de De Bruyne na armação.

Mendy, incólume em nove das treze pelejas dos "Blues"
Mendy, incólume em nove das treze pelejas dos "Blues" Mendy, incólume em nove das treze pelejas dos "Blues"

Paulatina e pacientemente o Chelsea tomou conta da partida. Nas escassas chances que, sem De Bruyne, o City conseguiu perpetrar, se destacou airosamente o arqueiro Edouard Mendy, um francês nascido no Senegal, que já havia preservado incólume a sua meta em oito das porfias do clube na competição. Corretamente, por causa de diversas interrupções no tempo de jogo, Lahoz concedeu sete minutos de acréscimos. Na ausência de Thiago Silva, o volante N’Golo Kanté, um francês de pais malineses, se transformou no baluarte dos “Blues”. E Tuchel, o primeiro na história da “Champions” a conduzir duas agremiações diferentes a duas finais em sequência, de fato se resgatou da tristeza de 2019/2020.

FGim de combate, a justa celebração do Chelsea
FGim de combate, a justa celebração do Chelsea FGim de combate, a justa celebração do Chelsea

Originalmente batizada de Copa dos Campeões na época da sua criação, em 1955, bem depois, em 1992, com a queda da União Soviética, com a dissolução da Iugoslávia e com o nascimento de duas dezenas de novos países, a UEFA se obrigou a ampliar a competição e a modificar o seu nome para Liga dos Campeões, ou “Champions League". Agora na sua 29ª edição pós-mudança, esta Liga se inaugurou em 8 de Agosto de 2020 com 79 equipes de 54 das 55 afiliadas da UEFA. A exceção: Liechtenstein, cujos clubes participam dos torneios da Suíça. Curiosidade: as Ilhas Far Oer e Gibraltar, que integram a Dinamarca e a Inglaterra, já dispõem de suas próprias federações e por isso incluiram agremiações entre os 79.

Os onze "Blues" que comçaram a decisão
Os onze "Blues" que comçaram a decisão Os onze "Blues" que comçaram a decisão

Com a decisão do Dragão, esta “Champions” apresentou 175 prélios. Além da final, ocorreram 51 mata-matas de eliminatórias, os 96 combates do Grupo A até o H, as 16 contendas das oitavas de final, as oito das quartas e mais as quatro das semifinais. No total se registraram 510 gols, a média de 2,91. Público? Aqui e ali a pandemia permitiu ousadias e 180.049 espectadores testemunharam os jogos nos estádios, a média insignificante de 1.440 fanáticos. O norueguês Erling Braut Haaland, do Borussia Dortmund, se sagrou o artilheiro máximo, isolado, de toda a competição com 10 tentos em 10 confrontos.

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Chelsea vence o Manchester City e conquista a Champions. Veja as fotos

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