Depois de 121 minutos de um jogo tenso, eventualmente insosso, em que teve treze chances de marcar e a sua rival apenas duas, a Internazionale de Milão bateu a Juventus de Turim por 2 X 1, nos chamados estertores do combate, e abiscoitou pela sexta vez a Supercoppa da Itália. A Juve tentava a sua conquista de número dez. O chileno Alexis Sánchez, que tinha substituído um outro sul-americano, o argentino Lautaro Martínez, aos 75’ do tempo regular, se incumbiu do tento que redundou no troféu. Ironia: até então, na porfia, o platino era o melhor jogador da “Biscione”, a serpente mitológica da Lombardia. Obviamente, e bem ao seu estilo, não gostou nada quando seu treinador, Simone Inzaghi, perpetrou a tal alteração, de fato estapafúrdia. Afortunadamente, deu certo.
Com um elenco muito superior, nenhum desfalque dentre os seus titulares e os seus reservas, Inzaghi penou para se ombrear à desfalcadíssima “Senhora” de Max Allegri. E a Inter apenas realizou o seu gol inaugural no prélio depois de a Juve perpetrar o 1 X 0. O tento da “Senhora” surgira aos 25’, quando a “Biscione” já tinha protestado contra o árbitro Daniele Doveri por dois pênaltis não apontados ao seu favor, ambos em situações normais, choques na área. O 1 X 0 aconteceu na primeira ocasião em que a Juve se achegou à meta de Handanovic. Álvaro Morata levantou a bola no flanco esquerdo, a zaga da Inter hesitou, Handanovic não se esforçou para cortar e Weston McKennie escorou de cabeça.
Era superior a “nerazzurra”, porém. E o tento do empate, num penal que de fato houve, trombada de DeSciglio em Dzeko, ocorreu aos 35’, cobrança impecável de Lautaro, a bola num canto e o arqueiro Mattia Perín no outro. Daí, o cotejo se caracterizou mais pelas infrações, por chutões sem destino, do que pela tática ou pela técnica. Pouco ou nada importa, todavia, a beleza de uma peleja quando se arrebata um troféu. Para a Inter, melhor ainda, contra sua principal adversária no Calcio, tanto que o confronto ganhou o apelido de “Derby d’Italia” e valeu pela 35ª edição da Supercoppa, que antepôs a campeã do “Nazionale/21” e a vencedora da Copa da Bota da mesma temporada. Valeu, também porque, em todas as anteriores, apenas uma vez, em 2005, se digladiaram a “Biscione” e a “Senhora”, 1 X 0 em favor da Inter – e igualmente na prorrogação. Naquela situação, igualmente, um outro gol sul-americano, do argentino Juán Sebastián Verón.
Gostou? Clique num dos ícones do topo para “Compartilhar”, ou “Twittar”, ou deixe a sua opinião no meu “FaceBook”. Caso saia de casa, seja cauteloso e seja solidário, use máscara, por favor. E fique com o abraço virtual do Sílvio Lancellotti! Obrigadíssimo!