Bem atrás do Santos na tabela geral de classificação do Campeonato Paulista de 2019, 14 pontos contra 22 em 27 disponíveis, até o seu confronto deste domingo, dia 10 de Março, o Corinthians ostentava, sobre o seu adversário da Baixada, uma vantagem bastante curiosa: havia derrotado o São Paulo e o Palmeiras, respectivamente, por 2 X 1 e 1 X 0, enquanto que o “Peixe” havia superado o “Tricolor” por 2 X 0 e empatado por 0 X 0 com o “Verdão”. Diante dos grandes rivais, um aproveitamento de 43% a 18% dos seus pontos.
O “Mosqueteiro” também prevalecia nas estatísticas do chamado “Clássico Alvinegro”, o mais antigo do Futebol do Estado. Desde o seu primeiro cotejo, 6 X 3 em favor do Santos, no Parque Antarctica, certame regional, em 22 de Junho de 1913, até um amistoso, 1 X 1, no último dia 13 de Janeiro, na sua Arena ainda-sem-nome de Itaquera, o “Timão”” predominava por 130 a 106 em 331 jogos, e por 583 a 506 nos tentos registrados. O Corinthians, bi em 2017 e 2018, Fábio Carille como seu treinador, soma 29 títulos. O Santos, hoje sob o platino Jorge Sampaoli, tem 22, e foi o conquistador da taça em 2016.
Uma decisão imbecilóide da diretoria do “Mosqueteiro”, aquela mesma que já faz cinco anos não consegue vender os “naming rights” da Arena, decidiu encantar o início do combate com uma rebrilhante chuvarada de pedacinhos de papel laminado. Ridículo, grotesco, não imaginou que poderia atrapalhar, claro, os movimentos dos seus próprios atletas.
Até o arqueiro Cássio protestou. Sem saída, o mediador Douglas Marques das Flores, 29 de idade, FPF, exigiu a limpeza inevitável. O Corinthians, porém, não dispõe de equipamentos para tal procedimento. E enviou ao campo meia-dúzia de garis abnegados, com meras vassourinhas e correlatos primitivos, destinados a liberar, ao menos, as linhas de demarcação. Vem multa aí...
Atrasou-se em cerca de dez minutos o combate, diante de 41.737 espectadores, com torcida única, essa lastimável condição do torneio bandeirante por determinação da PM e do Ministério Público. Todavia, depressa se percebeu que Carille decidiu ressuscitar uma estratégia que fora bem sucedida nas suas gestões anteriores. Um chutão à frente de Cássio, o domínio de bola por Clayson ou por Pedrinho através dos flancos e um cruzamento sobre a marca penal. Só que, no passado, o treinador tinha Jô, como o seu pivô de plantão. O substituto de Jô, o Gustagol, lesionado, estava nas tribunas. E o primeiro tempo empacou num acirrado mas tosco 0 X 0.
Coube ao Santos, apenas aos 55’, o lance de maior perigo até então, virada de Jean Mota, artilheiro do certame com 7 tentos, que Cassio desviou. Do outro lado, no “Timão”, o equatoriano Sornoza, o seu melhor na temporada junto ao Gustagol, tricotava em demasia à frente da grande área do “Peixe”. Aos 64’, com um ombro dolorido, Pedrinho pediu a substituição. Entrou Vágner Love e, subitamente, o “Mosqueteiro” se inflamou, oportunidades sucessivas que o arqueiro Vanderlei, como de hábito, neutralizou muito bem.
Contrariamente, em duas pelotas atrasadas Cássio falhou rotundamente e por pouco não propiciou o gol a Derlis González e a Cueva. Menos mal que, acrobaticamente, quase aos 90’, o arqueiro de Veranópolis/RS impediu o 1 X 0 de González. Resultado definitivo: 0 X 0. O Santos, no Grupo A, classificadíssimo à fase das oitavas-de-final, contra o Red Bull Brasil de Campinas. E o Corinthians, praticamente, no Grupo C, necessitado de mais um só ponto para desafiar ou Ferroviária de Araraquara ou Bragantino.
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