Nas semis da Copa América/2019, a zebra será uma lhama, a do Peru
Já classificados o Brasil, a Argentina e o Chile, neste sábado, 29 de Julho, "La Inca" surpreende, no bingo dos penais, a super-favorita "Celeste" do Uruguai
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Definido. Dia 2 de Julho, terça-feira, no Mineirão de Belo Horizonte, capacidade para 61.846 espectadores, se confrontarão o Brasil e a Argentina. E dia 3, quarta, na Arena do Grêmio Porto-alegrense, 55.662 lugares, se digladiarão o Chile e o Peru. Dois clássicos do continente. Duelos de vizinhos. De um lado, a fronteira dos Pampas. E, do outro, a cordilheira dos Andes.
Depois de 22 combates, com 48 gols registrados, média de 2,18 por jogo, um público total de 697.700 pessoas, média de 31.713, se classificaram à fase das semifinais da Copa América de 2019, agora a edição de número 46 da competição, duas das principais vencedoras: a “Albiceleste” da Argentina, 14 títulos, na busca de se igualar aos 15 do Uruguai, e a “Canarinho” do Brasil, 8. A essas se agregaram duas rivais cada qual com dois troféus: “La Roja” do Chile, uma bi autêntica, ganhadora dos mais recentes, 2015 e 2016; e “La Inca” do Peru, que somente subiu aos pináculos do pódio em 1939 e em 1935.
O Brasil e o Chile padeceram bastante até a sua qualificação. Mesmo com a vantagem de um homem, expulso o becão Balbuena aos 53’, a “Canarinho” de Adenor Tite Bacchi empacou no 0 X 0 diante do Paraguai e apenas superou o Paraguai, 4 X 3, na disputa de penais, graças a Alisson, o seu arqueiro, que espalmou a primeira cobrança. Diante da Colômbia, que provinha de três sucessos e ainda não havia sofrido um único tento, “La Roja” também ficou no 0 X 0 e também necessitou da impiedade do bingo dos penais, 5 X 4.
Contra a Venezuela, a “Albiceleste” tranquilamente fez 2 X 0, o gol inicial, da pré-garantia, marcado por Lautaro Martínez logo aos 9’. Enfim, contra “La Inca” do Peru e de Paulo Guerrero, a “Celeste” cisplatina, do Uruguai e de Édinson Cavani, mandou nas ações de meio-campo e de transição, desperdiçou inúmeras chances nas imediações da meta de Pedro Gallese, sofreu com as investidas raras mas instigantes da inimiga, teve três gols corretamente anulados, inclusive depois do VAR, e desembarcou na loteria das onze jardas.
Em dez tentativas, apenas fracassou Luisito Suárez, do Barcelona, o maior artilheiro da história do Uruguai, o chute na barriga de Gallese, logo na cobrança inaugural. Ninguém mais se equivocou e o Peru, inesperadamente, passou às semis. Nas arquibancadas, com imitações da lhama, a ruminante característica do país, os torcedores deliravam por transformá-la numa zebra inesperada. No dia 22 de Junho, na Arena do Corinthians, o Peru havia levado uma surra do Brasil, 0 X 5. Conseguiu seguir às quartas-de-final como o melhor dos terceiros colocados, 4 pontos em 9, à frente dos 2 de Japão e Paraguai. E de repente, quem diria, pode até chegar á super-decisão.
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