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Na NBA os Warriors sonham em virar a Dinastia das Dinastias

Na história do Basquete profissional da América do Norte, os Celtics, os Bulls e os Lakers já mantiveram por longo tempo uma geração de supervencedores

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

GSW/2019: Green, Thompson, Cousins, Durant e Curry
GSW/2019: Green, Thompson, Cousins, Durant e Curry GSW/2019: Green, Thompson, Cousins, Durant e Curry

Desde a temporada de 2014/15 os Golden State Warriors abiscoitaram todos os galardões da Conferência Oeste da NBA, a National Basketball Association, a entidade que organiza o Basquete da América do Norte, no Canadá e nos Estados Unidos. E ainda conquistaram o título principal da modalidade em três das últimas quatro competições. Eis uma pequena antologia dessa sua performance de números absolutamente brilhantes:

2014/15

Regular Season: 67 vitórias e 15 derrotas

Playoffs: 4 X 0 nos New Orleans Pelicans, 4 X 2 nos Memphis Grizzlies, 4 X 1 nos Houston Rockets

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Finais: 4 X 2 nos Cleveland Cavaliers

2015/16

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Regular Season: 73 vitórias e 9 derrotas

Playoffs: 4 X 1 nos Houston Rockets, 4 X 1 nos Portland Trail Blazers, 4 X 3 no Oklahoma City Thunder

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Finais: 3 X 4 em favor dos Cavaliers

Steve Kerr e o elenco dos recordes em 2015/16
Steve Kerr e o elenco dos recordes em 2015/16 Steve Kerr e o elenco dos recordes em 2015/16

2016/17

Regular Season: 67 vitórias e 15 derrotas

Playoffs: 4 X 0 nos Portland Trail Blazers, 4 X 0 no Utah Jazz, 4 X 3 no Oklahoma City Thunder

Finais: 4 X 1 nos Cavaliers

2017/18

Regular Season: 58 vitórias e 24 derrotas

Playoffs: 4 X 1 nos San Antonio Spurs, 4 X 1 nos New Orleans Pelicans e 4 X 3 nos Houston Rockets

Finais: 4 X 0 nos Cavaliers

Os Celtics, 16 triunfos em 31 temporadas
Os Celtics, 16 triunfos em 31 temporadas Os Celtics, 16 triunfos em 31 temporadas

Nos esportes dos EUA se batiza de Dinasty, ou Dinastia, a geração dos atletas que acumulam lauréis praticamente em sequência na sua modalidade. Por exemplo, na NBA, criaram uma Dinastia os Boston Celtics (de Bill Russell e de Larry Bird, 16 triunfos e 3 vices em 31 temporadas, de 1957 a 1987); os Chicago Bulls (de Michael Jordan e de, entre outros, Steve Kerr, o atual treinador dos Warriors, 6 sucessos em 8 certames, de 1991 a 1998); e os Los Angeles Lakers (de Kobe Bryant, 5 ouros e 2 pratas em 11 anos, de 2000 a 2010). Elencos que, claro, se eternizaram. Os Bulls de Michael Jordan, Scottie Pippen, Toni Kucok e Dennis Rodman, além de Steve Kerr, detinham um espetacular recorde de vitorias na NBA, 72-10, desde os idos de 1995.

Heróis de 1975, Rick Barry, Clifford Ray e Jamaal Wilkes
Heróis de 1975, Rick Barry, Clifford Ray e Jamaal Wilkes Heróis de 1975, Rick Barry, Clifford Ray e Jamaal Wilkes

Na verdade, a história dos Golden State Warriors, ou os Guerreiros do Estado Dourado da Califórnia, se iniciou em Philadelphia, na Pennsylvania, em 1946. Depois, em 1962 a franquia se transferiu a San Francisco e enfim, em 1971, precisamente no outro lado de uma baía do seu mesmo nome, à cidade de Oakland. A associação já havia arrebatado dois galardões, em Philadelphia, 1947 e 1956, quando amealhou o seu primeiro título em Oakland, 1975. Daí, necessitaria de uma conjunção de fatores para desembarcar no conceito de Dinastia, uma conjunção inaugurada em 14 de Maio de 2014, quando o seu General Manager, o audacioso Bob Myers, então nos 39 de idade, se arriscou a contratar Steve Kerr como o seu treinador. Uma aposta afortunada.

Michael Jordan e Steve Kerr, em 1995
Michael Jordan e Steve Kerr, em 1995 Michael Jordan e Steve Kerr, em 1995

Os Warriors de 2014/15 já dispunham de quatro craques incluídos entre os vinte melhores da NBA: além de Steve Curry, o MVP, Draymond Green, Klay Thompson e mais o australiano Andrew Bogut. Em 2015/16 enriqueceram o seu elenco Andre Iguodala, um campeão olímpico em Londres/2012, e o brasileiro Leandro Barbosa, a quem a crítica escolheu como o “Melhor Sexto Homem da Liga”. Daí, em 4 de Julho de 2016, dispostos a não repetirem o infortúnio das Finais em que abriram 3 X 1 e permitiram aquela reviravolta aos Cavaliers, toparam investir quase R$ 180 milhões em um contrato de dois anos com Kevin Durant, o MVP de 2014 pelos Thunders. Valeu. O recém-adicionado se tornaria o MVP das Finais de 2016/17.

Kevin Durant e Steve Kerr, em 2018
Kevin Durant e Steve Kerr, em 2018 Kevin Durant e Steve Kerr, em 2018

E Myers não sossegou. Sonhava em construir um elenco de “All Stars” absolutos. Assim, em 6 de Julho de 2018, anunciou a chegada aos Warriors de DeMarcus Cousins, um pivô explosivo e dominante, de 2m11 e 122kg, pela bagatela de R$ 20 milhões, um ano de contrato. Parece pouco, ao menos em relação a Durant. Acontece que, em Janeiro de 2017, o apelidado “Boogie” havia sofrido uma dramática lesão de tendão-de-aquiles. Byers, Kerr & Cia. apostaram na sua recuperação. Quase doze meses depois, efetivamente, Cousins ressuscitou nas quadras e na noite deste 24 de Janeiro, na Capital One Arena dos Wizards de Washington/DC, participou da sua terceira peleja com o time do Golden State. Havia acumulado, antes, a marca de 22 pontos, 8 assistências e 15 rebotes em 36’ de jogo. Digamos, razoável...

Bob Myers e DeMarcus Cousins
Bob Myers e DeMarcus Cousins Bob Myers e DeMarcus Cousins

Pelo placar de 126 X 118 os Warriors mantiveram a sua liderança absoluta na Conferência Oeste, agora com 34 triunfos e 14 derrotas, aproveitamento de 70,8%, à frente dos Denver Nuggets, que têm 31-15 e 67,4%. Foi o seu oitavo sucesso em seguida, o décimo em 11 combates. E Cousins, cujo tempo de utilização o treinador aprimora, calmamente, paulatinamente, a cada nova pugna, atuou em 24’21”, um terço além da sua média, e registrou 17 pontos, 3 assistências e 6 rebotes. Os outros craques cruciais do elenco variaram os seus desempenhos: 38 pontos para Curry, 21 para Durant, 11 para Iguodala, 9 para Thompson, 7 para Green – que, de todo modo, pontificou nos rebotes, 15 em 50. Quando Cousins atingir a sua plena forma talvez os Warriors possam, até, pensar na fantasia de criar uma Dinastia das Dinastias.

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