Mesmo com três desfalques, por 4 X 0 os Warriors despedem os Blazers
Depois de dois triunfos em casa, dois em viagem, sem Cousins, Durant e Iguodala, mas graças a reservas como Alfonzo McKinnie e Kevon Looney
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Privilegiados com um dos mais alentados elencos de toda a história do Basquete profissional, seis “All Stars” e seis integrantes dignos de uma seleção norte-americana para os Jogos Olímpicos ou para um Mundial, os Golden State Warriors de Oakland, na Califórnia, desembarcaram nos atuais “playoffs” da Conferência Oeste da NBA como os favoritos absolutos ao seu quinto título em seguida. Uma façanha que não ocorria desde a super-dinastia criada por Red Auerbach (1917-2006), nos Boston Celtics, entre 1950 e 1966.
Por ordem alfabética, que outro time conseguiu acumular talentos como os de Andre Iguodala, DeMarcus Cousins, Draymond Green, Kevin Durant, Klay Thompson e ainda Stephen Curry? De fato, admirável. Mas, em 15 de Abril, na segunda peleja dos mata-matas em que os Warriors se desfariam dos Los Angeles Clippers por 4 X 2, uma lesão no quadríceps, músculo posterior da coxa esquerda, tirou Cousins da série e, talvez, do restante desta temporada.
Daí, no dia 8 de Maio, na quarta partida da série na qual os Warriors sobrepujariam os Houston Rockets também por 4 X 2, um estiramento na panturrilha direita colocou Durant na fisioterapia por tempo indeterminado. Então, no dia 18, na terceira peleja da série em que abriram uma folga de 3 X 0 contra os Portland Trail Blazers, coube a Iguodala acusar uma contratura da panturrilha esquerda e procurar um tratamento imediato no vestiário do time.
Irritadíssimo com o fato de os Warriors, naquele instante, estarem bem atrás no placar, 60 X 73, Iguodala empinou um dedo pouco gentil ao câmera de TV que o seguiu. De todo modo, mesmo na casa dos rivais, sem Cousins, sem Durant e sem ele, os Warriors encetariam uma virada de antologia, sucesso de 110 X 99. Detalhe: jamais, antes, na história da NBA, um time se recuperou depois de 0 X 3 no resultado geral de uma série de “playoffs”. Caberia aos “Blazers”, nesta noite de 20 de Maio de 2019, no seu Moda Center de Portland com 19.980 fãs esperançosos, tentar o passo inicial da mágica reviravolta.
Não aconteceu o milagre. Na prorrogação, os Warriors desenhariam um sucesso emocionante por 119 X 117. O treinador dos Blazers, Terry Stotts, amargou a sua derrota de número 12 em 13 combates contra Steve Kerr, o seu correlato na liderança de Golden State. E mais: o elenco de Oakland preservou um tabu absurdo: agora, em todos os 136 desafios de “playoffs” nos quais alcançou os 3 X 0, o time absoluto continuou adiante, na NBA. No caso dos Warriors, além do precioso penta na sua Conferência Oeste, abiscoitaram dez dias de descanso antes de desafiarem o ganhador da Leste: os Milwaukee Bucks ou os Toronto Raptors. Tempo além de suficiente para a recuperação de Iguodala e, provavelmente, o retorno de Kevin Durant.
Veementes, os Blazers assustaram os Warriors até restarem somente 3’25” no quarto derradeiro. Isso, graças à presença impactante do então quase anônimo Meyers Leonard, 27 anos, 2m16 de altura, o responsável pela bagatela de 25 dos 69 pontos com que Toronto atingiu o intervalo com uma folga de 4 sobre Golden State. Steph Curry também anotou 25. Em Curry, porém, tal volume de cestas é mera trivialidade e, no caso de Leonard, uma anormalidade positiva. Antes, ele nunca havia perpetrado tantos pontos sequer em um jogo completo desde seus idos de atleta de Universidade.
Pobre Leonard, se transformaria em asterisco nos anais do confronto. Apesar dos seus 15 “turnovers”, as bolas dominadas que se entregam grotescamente ao inimigo, os Warriors de Steve Kerr saudavelmente se locupletaram dos desempenhos, somados, dos seus menos famosos. O astro maior Steph Curry terminou o jogo com 37 pontos, 13 rebotes e 11 assistências. Green, com 18-14-11. Klay Thompson, mesmo em noite menos feliz, com 17-6-2. Todavia, houve Kevin Looney com 12 pontos-4 rebotes, e houve Alfonzo McKinnie com 12-2. Leonard partiria triste pela queda, porém com um tesouro de 30 pontos.
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