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Silvio Lancellotti - Blogs

Marcelo Lomba, o arqueiro do Inter, é o "Meu Personagem da Noite"

Na quarta-feira das quatro partidas da fase semifinal da Copa do Brasil, além do "Colorado" sobrevivem o Grêmio, o Athletico/PR e o Cruzeiro

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Marcelo Lomba, o herói do "Colorado"
Marcelo Lomba, o herói do "Colorado"

Quando Odair Hellmann nasceu, em 1977, Luiz Felipe Scolari, aos 29 de idade, já havia completado seis anos como atleta profissional. Hellmann é de Salete, na região do Entre Rios de Santa Catarina, e o Felipão é de Passo Fundo, bem ao Norte do Rio Grande do Sul. Neste dia 17 de Julho, quarta-feira, os dois se confrontaram, em Porto Alegre, por uma vaga na semifinal da Copa do Brasil.

Odair Hellmann e Felipão, no jogo da ida, em São Paulo
Odair Hellmann e Felipão, no jogo da ida, em São Paulo

Na ida, com o seu Palmeiras, no Allianz Parque de São Paulo, por 1 X 0 o Felipão havia sobrepujado Hellmann e o seu Internacional. Originalmente um meio-campista de razoável habilidade, revelado pelo “Colorado” em 1997 e com passagens pela Suécia e pelo Japão, Hellmann ocupa o posto de seu treinador desde Novembro de 2017. Um ex-zagueiro no estilo demolidor, desde Julho de 2018 na sua terceira gestão no Palmeiras, o Felipão acumulou a sua fama exatamente como treinador do Grêmio, o maior rival do Inter. Claro, mais temperos bem apimentados no debate desta quarta.

Grêmio, a classificação com uma vitória por 1 X 0 em Salvador
Grêmio, a classificação com uma vitória por 1 X 0 em Salvador

Aconteceram mais três prélios na rodada. Em Salvador, o Bahia necessitava de um resultado mínimo para eliminar o Grêmio, com quem havia empatado em Porto Alegre, 1 X 1. Mas perdeu, 0 X 1, e o “Mosqueteiro do Sul” levou a vaga. Em Belo Horizonte, o Atlético Mineiro batalharia pelo milagre de superar o co-irmão/inimigo Cruzeiro, de quem levara uma surra, 0 X 3, no cotejo de ida. Ganhou. Apenas por 2 X 0, porém. E a “Raposa” levou a vaga. Enfim, no

Rio, o Flamengo também necessitava de uma vitória para bater o Athletico Paranaense, com quem havia empatado, 1 X 1, em Curitiba. Quase conseguiu. De novo 1 X 1 e à loteria dos penais. Fracasso do “Urubu”. Furacão 3 X 1.


Athletico/PR, a classificação nos penais, dentro do Maracanã
Athletico/PR, a classificação nos penais, dentro do Maracanã

Foi do combate do Beira-Rio, todavia, que brotou o meu personagem da noite, exatamente pela intensidade pouco comum do desafio Hellmann X Felipão. Nas estatísticas e na História, o “Colorado” levava uma vantagem razoável. Em 91 combates, 37 sucessos a 31, nos tentos 115 X 95. O “Verdão”, no entanto, se orgulhava de seu desempenho absurdamente superior no Campeonato Brasileiro. Líder com 26 pontos em 30 disponíveis, 8 vitórias e 2 empates, 19 gols a 3. Bem atrás, ainda que na 5ª colocação, nos mesmos 10 jogos, com 5 vitórias e 4 derrotas, 13 tentos a 9, o Inter soma somente 16 pontos.

Hellmann, da humildade pré-partida à euforia do triunfo
Hellmann, da humildade pré-partida à euforia do triunfo

Nas inevitáveis entrevistas de pré-partida, Hellmann se exibiu de forma particularmente humilde. Assumiu que Felipão dispunha de um material de qualidade superior, que lhe caberia meramente praticar um futebol contido, cauteloso, eventualmente de contra-ataques. Lembrou que, com os acréscimos de plantão, a pugna atingiria até os 98 minutos. E que esperaria para, talvez, já na etapa derradeira, optar por uma pressão eventual. Nada disso. Bem ao contrário o “Colorado” acuou o “Verdão” e só demorou a recuperar o placar da ida porque o arqueiro Weverton fulgurou em momentos de fato cruciais. Não seria injusta uma folga, digamos, de 2 X 0.


Weverton, várias intervenções cruciais
Weverton, várias intervenções cruciais

Um petardo delicioso de Patrick, aos 40’, demoliu um tabu que Luan Garcia e Gustavo Gómez, os centrais da bequeira de Felipão, já desfrutavam por 1121 minutos: nem um único tento sofrido. Hellmann e o seu Inter ao menos asseguravam presença na loteria dos penais. E o Felipão? Erra o seu adversário quando fala em material de “qualidade superior”. Na realidade, o Palmeiras, com a dinheirama que investem os seus patrocinadores, possui um material muito, mas muito superior. Digamos que o Felipão tem três times bem equivalentes em seu enorme e riquíssimo plantel. Cadê, contudo, o seu sistema tático? E cadê o respeito pela experiência do treinador/papai?

Patrick, um petardo delicioso, Internacional 1 X 0
Patrick, um petardo delicioso, Internacional 1 X 0

Impressiona que ocorram reações intempestivas sempre que o treinador perpetra uma alteração durante a porfia. O inútil Lucas Lima saiu no intervalo, para a entrada de Moisés, e por isso foi impossível medir a sua rebeldia. Aos 58’, contudo, o treinador trocou o estático Zé Rafael por Willian e o substituído proporcionou um showzinho de má educação ao se aboletar no banco de reservas. Aliás, o Felipão ainda colocou Carlos Eduardo no lugar de Deyverson. Mas, nenhuma mudança evitaria que a noite terminasse nos penais.


A celebração no Twitter do Inter
A celebração no Twitter do Inter

Aliás, serviriam isto sim, para que eu modificasse a escolha do meu personagem da noite. Claro, nada de Felipão ou de Hellmann. No bingo deu Inter 5 X 4. E assim levanta o simbólico troféu o arqueiro Marcelo Lomba, do “Colorado”. Lomba pegou uma cobrança com a perna esticada. Levou azar em outra que bateu no travessão e resvalou nas suas costas antes de entrar. E então testemunhou um outro tiro acertar o travessão e se despedir. A fase semifinal: Grêmio X Athletico e Cruzeiro X Inter, em 7 e 14 de Agosto.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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